Depois das demonstrações na Feira Internacional do Ar e Espaço (FIDAE), em Santiago, no Chile, a Esquadrilha da Fumaça segue agora para Córdoba, Argentina, sua última parada do circuito internacional. Desta vez, para uma demonstração na Escola de Aviação Militar da Argentina prevista para esta terça-feira (05/04). A chegada no país vizinho depende, no entanto, da travessia da maior cadeia de montanhas do mundo: a Cordilheira dos Andes, que já havia recebido as aeronaves A-29 Super Tucano da Esquadrilha na viagem de ida para a capital chilena. Nesse retorno, porém, a Fumaça posicionou fotógrafos e cinegrafistas na aeronave de apoio, do Esquadrão Cascavel, para aproveitar o cenário e registrar as melhores imagens da Esquadrilha em ação.
Segundo o Suboficial Maurício dos Passos Toledo, engenheiro de voo do Cascavel, os procedimentos devem ser feitos com muita precisão para garantir a segurança de todos. “Os cinegrafistas e fotógrafos vão bem posicionados e amarrados, checamos se a condição climática e dos ventos estão favoráveis para o procedimento e espalhamos máscaras de oxigênio por toda a aeronave, já que nessa altitude de 14.500 pés (cerca de cinco mil metros) e em voo despressurizado é comum o organismo reagir”, explica.
O médico da Esquadrilha da Fumaça, Tenente Igor do Nascimento Sotana, complementa: “Tudo que realizamos no Esquadrão é de olho, acima de tudo, na segurança. Não há meio termo. A grande possibilidade é que nada aconteça e torcemos por isso, mas temos que trabalhar preparados para todas as eventualidades”. A Cordilheira dos Andes tem cerca de oito mil quilômetros com picos de mais de seis mil metros de altura. Um dos pontos de destaque na travessia é o visual do Pico do Aconcágua, que atinge 6.962 metros de altitude e está coberto com camadas de neve.
FONTE: CECOMSAER