quarta-feira, 6 de abril de 2016

RPA, VANT ou Drone, Conheça a diferença entre estes tipos de aeronaves



Você já deve ter percebido o quanto os “drones” estão famosos por aí, né? Além disso, eles têm tido inúmeras utilizações... Drone que entrega pizza, drones na agricultura e na pecuária, drone nos casamentos, drone no combate ao Aedes Aegypti, no carnaval, monitorando queimadas, até drone abatido por moto aquática... ONIPRESENTE, arroz de festa, tá em todo lugar e virou febre! Na Força Aérea Brasileira, esses robozinhos voadores são conhecidos pela sigla RPA (a tradução significa Aeronave Remotamente Pilotada). Quer saber como ele é aplicado por aqui? E a legislação, já conhece? Então vem com a gente! 

Imagine que você é o Comandante das Forças Armadas do seu país. Tipo no jogo WAR, só que de verdade. Como adentrar o território inimigo e mapear as características geográficas, instalações, tropas, aeronaves e carros de combate? Tudo isso é informação que você precisa saber para não colocar em risco soldados e recursos, além de aplicá-los estratégica e corretamente. (WAR conseguiria ser melhor ainda se tivesse essa jogada, né?
Então, atualmente, essa missão vem sendo cada vez mais desenvolvida pelas RPA (Remotely-Piloted Aircraft), pois, além de eliminar o risco da perda de vidas humanas, permite um mapeamento muito mais completo, com tecnologias e sistemas de última geração. Mas primeiro vamos entender essas "terminologias"! 


Você sabe a diferença entre uma RPA, um VANT ou drone?

Drone é apenas um apelido em inglês, um termo genérico, sem amparo técnico. Em português, drone significa zangão, zumbido. A terminologia oficial no Brasil é Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), tradução do acrônimo consagrado pelas organizações reguladoras do transporte aéreo internacional, o UAV (Unmanned Aerial Vehicle).
Segundo a legislação atual, caracteriza-se como VANT toda aeronave projetada para operar sem piloto a bordo, possuindo carga útil embarcada, como uma câmera de filmagem, por exemplo. Alguns drones utilizados como hobby, sem qualquer tipo de carga útil, enquadram-se na legislação referente aos aeromodelos e não a de um VANT.
Já entre os VANT, há dois tipos diferentes. O primeiro, mais conhecido, é a RPA. Nesse tipo, o piloto não está a bordo, mas controla a aeronave remotamente de uma interface qualquer (computador, celular, controle remoto, etc). Já a outra subcategoria de VANT é a chamada “Aeronave Autônoma”, cujo voo é programado por computadores, sem participação de um piloto remoto. No Brasil, e em muitos outros países, Aeronaves Autônomas ainda são proibidas.
A RPA, enfim, é a terminologia correta quando nos referimos a aeronaves remotamente pilotadas de caráter não recreativo. Em outras palavras, RPA é o que queremos dizer, na maioria das vezes, quando nos referimos a drones. A designação de uma RPA independe de sua forma, tamanho ou peso.


Legislação é coisa séria!

O documento que regulamenta os voos das RPAs e os procedimentos e responsabilidades necessários para o acesso seguro ao Espaço Aéreo Brasileiro é a ICA 100-40 - SISTEMAS DE AERONAVES REMOTAMENTE PILOTADAS E O ACESSO AO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Para conseguir autorização para voar, é necessário enviar uma solicitação ao órgão responsável pela área de jurisdição a ser voada. 

“À espreita, Hórus!”
As Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) foram incorporadas na Força Aérea Brasileira a partir de 2010, com o recebimento do primeiro Hermes 450, da empresa israelense Elbit. Atualmente, são quatro RQ-450 (designação da FAB para o Hermes 450) e um RQ-900 (Hermes 900), todos baseados no Esquadrão Hórus, em Santa Maria (RS). Essas aeronaves incorporam: câmeras diurnas e de infravermelho, sistemas de comunicações aperfeiçoados e um radar que permite fazer imagens mesmo através das nuvens. 

Na FAB, essas aeronaves são comandadas do solo por aviadores com experiência em aviões e helicópteros de combate, além de conhecimentos gerais em missões militares e regras de controle do espaço aéreo. Desde sua criação, o mais novo integrante da FAB acostumou-se a participar das mais variadas missões operacionais, como as Operações Ágata, Missões conjuntas com a Polícia Federal, e também de grandes eventos, como a Visita do Papa Francisco ao Brasil, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa das Confederações, que reuniram centenas de milhares de pessoas nas maiores capitais do nosso País! E os Jogos Olímpicos estão logo aí...



FONTE: Força Aérea Blog