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domingo, 28 de junho de 2020

Guerras Brasílicas do Século XXI

Militares realizam operação na Rocinha após guerra entre traficantes pelo controle da área, 22 Set 2017. (Foto de Fernando Frasão/Agência Brasil; Wikimedia Commons, CC BY 2.5)

Por: Maj Henrique de Oliveira Mendonça, Exército Brasileiro.

Na formação normal […] levava-se em conta o terreno livre, de amplos espaços para o desenvolvimento dos combates e da evolução das brigadas, pois tinham como base a formação de duas linhas […]. No entanto, nas guerras brasílicas, essa formação tinha pouca valia, face às características bem próprias da guerra de emboscadas […]. Os conhecimentos táticos e estratégicos cederam lugar à malícia e ao elemento surpresa […], e pela improvisação dos brasílicos.

—Soraya Geronazzo Araujo

Soluções Táticas nas Pequenas Frações

Embora o relato inicial descreva uma passagem conflituosa do período colonial brasileiro, são significativas suas semelhanças com a realidade vivenciada por tropas federais nas recentes operações para Garantia da Lei e da Ordem no Rio de Janeiro. A adaptabilidade da Força Terrestre frente aos atos hostis de facções criminosas se alinha à astúcia e à agilidade com que indígenas e brasílicos desenvolviam táticas contra os invasores holandeses ainda na primeira metade do século XVII1.

As especificidades na forma de guerrear, que foram capazes de se contrapor às doutrinas militares de grandes potências europeias há quatro séculos, demonstram as raízes histórico-culturais da flexibilidade e da capacidade de inovação do soldado brasileiro. De acordo com o historiador John Keegan, a guerra é uma expressão da cultura2. Dessa forma, a miscigenação ímpar da sociedade brasileira repercute também no modus operandi das tropas.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Atuação das Forças Armadas na Intervenção Federal do Rio de Janeiro e as correntes contrárias a elas


EDITORIAL ORBIS DEFENSE
Por: Anderson Gabino
Muito tem-se dito sobre a ação dos militares na intervenção federal da segurança pública do Rio de Janeiro. A “grande” mídia, vive cobrando resultados e números, para fazer sensacionalismo as custas destes. Mas, o que de fato ocorre é que esta intervenção é algo de caráter "POLÍTICO" (infelizmente). As Forças Armadas que são instituições, onde reza como lema principal “Defender a soberania nacional, seja ela de inimigos externos ou internos” viu-se diante de uma dilema, pois as mesmas tem como doutrina se fazer presente onde fora requisitada pelo seu Comandante-chefe, no caso o Presidente da República.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Fuzileiros Navais começam a patrulhar a orla do Rio nesta segunda-feira para recompor efetivo do 14º BPM


Por: Redação OD

Fuzileiros Navais serão engajados a partir da tarde desta segunda-feira aos patrulhamentos urbanos dentro da intervenção federal, que teve início em fevereiro. A inserção da Marinha nas operações visam a suprir a redução do efetivo de policiais militares do 14º BPM (Bangu) que começam nesta segunda-feira um curso de reciclagem em que irão aperfeiçoar, por exemplo, técnicas de abordagem e tiros. Os fuzileiros farão patrulhamento da área do 1º Distrito Naval, na Praça Mauá, até o Mirante do Leblon.Os militares da Marinha atuarão em conjunto com o Exército, Polícia Militar e Guarda Municipal.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Objetivo das ações de intervenção é 'trazer todo o Estado para dentro da comunidade' , revelou General Braga Netto


Por: Redação OD
O General de Exército Braga Netto, responsável pela intervenção da Segurança do Rio, afirmou que o objetivo das ações da Exército nas comunidades não é apenas garantir a segurança e combater criminosos, mas levar os serviços do estado para os moradores: Nós estamos na comunidade de Vila Kennedy, Vila Aliança e Coreia, exatamente trabalhando como a primeira ação de intervenção em que nós vamos trazer todo o estado para dentro da comunidade. E quando eu falo em estado, não é apenas a parte policial, mas o restante dos serviços que o estado e o município tem que prestar - afirmou em entrevista. Ainda de acordo com o general, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio vão continuar funcionando, mas elas serão reestruturadas:

quinta-feira, 1 de março de 2018

A intervenção no Rio deve mirar-se no exemplo do Haiti e não pode ser inibida por gigolôs dos direitos humanos


Por: Augusto Nunes
Admita-se que a intervenção federal no Rio de Janeiro foi decidida às pressas, para tornar menos anêmica a taxa de popularidade do presidente Michel Temer. Admita-se, também, que uma ação desse porte deveria ser planejada mais cuidadosamente. Admita-se, ainda, que as limitações impostas à atuação do Exército ameaçam reduzir a defensiva contra o crime a uma intervenção meia-boca. Feitas essas ressalvas, é preciso admitir que os pedidos de socorro dos cariocas não podiam deixar de ser ouvidos.É preciso, sobretudo, reconhecer que uma ofensiva do gênero só terá êxito se conduzida pelo Exército.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

General Braga Netto descarta a ocupação permanente de favelas do Rio de janeiro durante a intervenção federal


Por: Redação OD

O Exército brasileiro, encarregado da Intervenção Federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, descartou a ocupação permanente de favelas, explicou nesta última terça-feira (27) o General de Exército Walter Souza Braga Netto (...) "Não existe planejamento de ações permanentes para as comunidades", afirmou o general durante a coletiva de imprensa, na qual onde ele, não entrou em maiores detalhes sobre as medidas que poderão vir a serem tomadas para conter a onda de violência no Rio. Nas favelas moram mais de 1,5 milhão de pessoas, cerca de 25% da população, e algumas já estiveram ocupadas pelo Exército, como o complexo da Maré, uma das mais violentas, ocupadas entre abril de 2014 e maio de 2015. 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Intervenção federal: Uma providência embasada no dever constitucional? Ou, apenas, um artifício político.


Por: Sérgio Pinto Monteiro

Desde a assinatura do decreto presidencial que determina a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro, proliferam na mídia e nas redes sociais os mais variados comentários e artigos. Alguns merecedores de atenção, outros contaminados ideologicamente, muitos deles irreais, fantasiosos e até ridículos. Sempre que o tema é segurança pública, voltam à TV os especialistas, vários deles sérios e competentes, outros nem tanto. Questiona-se o real objetivo da medida. Teria sido uma providência embasada no dever constitucional do Estado de prover a segurança dos cidadãos? Ou, apenas, um artifício político para desviar as atenções do fracasso do governo federal no tema da reforma previdenciária? Ou, quem sabe, uma jogada meramente eleitoreira visando à melhoria da baixa popularidade do Presidente da República?