quinta-feira, 8 de março de 2018

Objetivo das ações de intervenção é 'trazer todo o Estado para dentro da comunidade' , revelou General Braga Netto


Por: Redação OD
O General de Exército Braga Netto, responsável pela intervenção da Segurança do Rio, afirmou que o objetivo das ações da Exército nas comunidades não é apenas garantir a segurança e combater criminosos, mas levar os serviços do estado para os moradores: Nós estamos na comunidade de Vila Kennedy, Vila Aliança e Coreia, exatamente trabalhando como a primeira ação de intervenção em que nós vamos trazer todo o estado para dentro da comunidade. E quando eu falo em estado, não é apenas a parte policial, mas o restante dos serviços que o estado e o município tem que prestar - afirmou em entrevista. Ainda de acordo com o general, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio vão continuar funcionando, mas elas serão reestruturadas:

O secretário de Segurança vai analisar o estudo que estava sendo feito na gestão Roberto Sá. As UPPs que não estiverem apresentando rendimento serão retiradas, outras serão fortalecidas. Mas vai depender do estudo que foi feito. Ele voltou a afirmar que a intervenção é federal, e não militar, e que o papel das Forças Armadas é de colaborador. Ela não é militar, ela é federal. Se nomeou militar por uma decisão de Brasília, para fazer a intervenção cooperativa e gerencial, palavras do próprio presidente. A Segurança Pública do Rio nunca deixou de cumprir o papel que tinha que cumprir, mas ela estava com dificuldades. 

Nós viemos com a nossa expertise, nosso conhecimento e nosso efetivo e equipamento essa estrutura de Segurança Pública do Rio de Janeiro. O general disse ainda que parte dos cerca de três mil policiais cedidos devem retormar suas funções, mas não especificou quantos. E afirmou que não há previsão de contratação de novos policiais. Até meados de abril, segundo ele, 200 novas viaturas de um total de mil previstas para o estado devem chegar ao Rio. Eu não posso gerar dívidas que o governador não possa pagar, porque quem paga o pessoal é o governo do estado.
BALACLAVA
O general falou ainda sobre o uso de balaclava por militares durante as ações em comunidades do Rio. Segundo ele, apenas aqueles que moram nas comunidades ou que estão atuando numa comunidade onde o comando do tráfico é inimigo da área onde ele mora usam o traje como forma de esconder sua identidade. Ele, no entanto, afirma que isso não impede que a população possa solicitar a identificação deles em caso de irregularidades. Eles são funcionários públicos. 

Em caso de qualquer irregularidade, nada impede que a população peça ao comandante da operação que o soldado seja identificado. Durante uma operação na Favela Kelson's, em fevereiro, soldados foram vistos usando balaclavas com desenhos de caveira, o que provocou polêmica. Na ocasião, o porta-voz do CML, coronel Roberto Itamar, afirmou que o traje é permitido, desde que sem desenhos. Além disso, os soldados que fossem flagrados usando a vestimenta com desenhos poderiam ser punidos pelo Código Penal Militar.

*Com Informações da Agência Globo de Notícias

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