Por Redação OD
O Estágio de Salto Livre visa habilitar oficiais, subtenentes
e sargentos, pára-quedistas da ativa, ao desempenho dos cargos e funções de
saltador livre operacional, capacitando-os a aplicar técnicas de utilização de
instrumentos e equipamentos de salto livre, técnicas de execução de salto livre
(SL), e de Salto Livre Operacional (SLOp), a pequena ou grande altitude
e,ainda, equipados com mochila e armado, visando seu emprego em operações
militares.
O estágio é baseado nas normas internacionais de acordo com o
curso tipo ASL ("Acelerated Static Line"), sendo complementado com
instruções na piscina de posição em queda, "looping" e saída da
aeronave. São ministradas instruções, também, de: falso avião, equipamento
suspenso, navegação, técnicas e procedimentos de emergência, procedimentos de
bordo e, ainda, é realizado um teste na Câmara Hipobárica do NUIFISAL (Núcleo
do Instituto de Fisiologia Aeroespacial), com a finalidade de testar as reações
em grandes altitudes, e os sintomas da falta de oxigênio (Hipóxia).
Após a fase teórica, é realizado um salto do tipo
"static line" a 4.500 Ft de altura, com a finalidade de adaptar o
aluno ao pára-quedas tipo asa e à navegação. Vencida essa etapa, o aluno inicia
a sua progressão em queda livre realizando saltos de 5.000 Ft à 12.000 Ft, onde
são realizados outros trabalhos além da queda estabilizada. O aluno é aprovado
se conseguir realizar uma queda estável, curva para ambos os lados,
"track" e "looping", demonstrando domínio dos três eixos de
vôo.
Após a aprovação, o aluno
realiza um salto com pára-quedas operacional e um salto armado e equipado,
totalizando 20 saltos no curso. A observação dos alunos é feita de bordo até os
6.000 Ft e, a partir dessa altura, é realizada a observação em queda, onde um
instrutor salta junto ao aluno observando-o, detalhadamente, desde a saída da
aeronave até o seu comandamento. Em solo, na retificação da aprendizagem, o
aluno é corrigido em todos os detalhes, se for o caso.
Os alunos que apresentam mais
dificuldades são filmados mais vezes que os demais, permitindo ao pára-quedista
observar seu salto e melhorar a sua posição em queda. Outra maneira de
recuperar o aluno é a realização do salto do tipo AFF (Acelerated Free Fall), onde
o aluno é levado à 12.000 Ft e salta junto a dois instrutores que executam as
correções necessárias em queda, por meio de gestos combinados antes do salto.
FONTE & FOTOS: Brigada de Infantaria Paraquedista
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