Por: Redação OD
Os
exaustivos ensaios não diminuem a ansiedade que envolve a
infiltração aeromóvel. O peso e o desconforto do equipamento e das
proteções individuais, o barulho do motor, o mecânico de voo e a
corda de "Fast Rope" por onde deslizaremos até o
solo, tudo faz a tensão aumentar. De repente, as cordas são
expulsas para fora do helicóptero por ambos os lados, e o mecânico
de voo aponta na nossa direção, chegou a nossa vez e parece que
nosso coração vai sair pela boca. Quase que por instinto,
abandonamos a aeronave, tocamos o solo, pesados, buscamos por um
abrigo.
Pouco
tempo depois, “o silêncio, e você dá de cara com a realidade”:
a adrenalina mais forte ainda está por vir. O contato com o inimigo
é iminente, seu pelotão está longe e tem a missão de conquistar a
localidade. Há pessoas inocentes por lá. Elas não quiseram
abandonar suas casas. A
partir daí, progredir em área edificada, sustentando o fuzil no
pronto três, pulando muros, selecionando os alvos, incitando
rendições, correndo em perseguição, subindo escadas, tomando
todas as posições de tiro possíveis, controlando a força,
diminuindo a respiração ofegante. Os desafios que este tipo
peculiar de combate exige são imensos.
Na
semana de 11 a 15 de setembro, os cadetes da Companhia Treme-Terra
puderam atestar tudo isso, ao realizarem o Estágio de Combate em
Ambiente Urbano. As instruções proporcionaram um excelente ambiente
de aprendizado, que aproximou os infantes da realidade complexa do
combate em áreas humanizadas. É
necessário ser verdadeiramente vocacionado, para lançar-se na
direção do perigo, dominar as emoções, ignorar a exaustão, na
busca do objetivo de cumprir a missão, respeitando as regras de
engajamento. Assim os discípulos de Sampaio da Academia Militar das
Agulhas Negras se preparam para, em breve, estar à frente das ações
decisivas no amplo espectro dos conflitos.
FONTE: Academia Militar das Agulhas Negras
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