Por: Augusto Nunes
Admita-se
que a intervenção federal no Rio de Janeiro foi decidida às
pressas, para tornar menos anêmica a taxa de popularidade do
presidente Michel Temer. Admita-se, também, que uma ação desse
porte deveria ser planejada mais cuidadosamente. Admita-se, ainda,
que as limitações impostas à atuação do Exército ameaçam
reduzir a defensiva contra o crime a uma intervenção meia-boca.
Feitas essas ressalvas, é preciso admitir que os pedidos de socorro
dos cariocas não podiam deixar de ser ouvidos.É
preciso, sobretudo, reconhecer que uma ofensiva do gênero só terá
êxito se conduzida pelo Exército.