sábado, 10 de setembro de 2016

Marinha interrompe buscas por piloto e caça desaparecidos após acidente

Por: Redação OD
A Marinha informou nesta sexta-feira (9) que interrompeu as buscas pelo piloto do caça que caiu no mar no litoral de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio, durante um treinamento de ataque a alvos de superfície no dia 26 de julho. A Marinha não revelou quando ocorreu a interrupção do trabalho, nem o motivo, mas acrescentou que as equipes vão retomar as buscas na segunda-feira (12).

As embarcações que atuavam nas buscas pelo piloto e por destroços do caça A-4 (AF-1) Skyhawk não são mais vistas nas imagens do aplicativo MarineTraffic, que são feitas por satélite. O aplicativo mostra o trajeto de navios na costa e dava informações sobre a atuação dos navios de Socorro Submarino Felinto Perry e o de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira, os mais bem equipados da Marinha, quando estes atuavam na tentativa de localização do militar. A operação também utilizava aeronaves, lanchas e viaturas por terra.

Ainda de acordo o órgão, nenhuma outra peça da aeronave, além dos dois pneus do trem de pouso que já tinham sido localizados em Arraial do Cabo e Cabo Frio, foi encontrada. Os objetos foram os únicos sinais do acidente encontrados no mar após a queda. Na segunda-feira (5), a parte de uma perna humana foi encontrada na Praia Negra, em Maricá, limite com Saquarema. A Marinha aguarda o resultado de exames do Instituto Médico Legal para saber se há relação entre o material e o acidente aéreo.
"A perícia analisa se há algum sinal de identificação (cicatriz, marca ou tatuagem) em condições de ser comparada ao registro médico do militar desaparecido. A 82ª Delegacia de Polícia está responsável pela investigação do caso da perna achada por pescadores", disse a Marinha em nota enviada nesta sexta-feira (9).
Capitão da Marinha fala do acidente pela primeira vez

Capitão de Mar e Guerra da Marinha Fonseca
Júnior (Foto: Rebeca Nascimento/G1)
Em entrevista ao G1 no dia 9 de agosto, o Capitão de Mar e Guerra FonsecaJúnior, Chefe de Estado Maior do Comando da Força Aeronaval, falou sobre a dificuldade em conseguir sucesso nas buscas."São as características do mar, as condições de ressaca que por determinados momentos dificultam um pouco as ações de buscas", disse Fonseca Júnior.

Caças se chocaram no ar
O acidente aconteceu durante um treinamento padrão de ataque a alvos de superfície no dia 26 de julho. Dois modelos idênticos do caça, que é modernizado, se chocaram no ar. O outro caça conseguiu voltar para a base, em São Pedro da Aldeia. Segundo a Marinha, o piloto deste caça conseguiu ver o outro "cair de barriga" na água.


O órgão informou ainda que o caça não possuía equipamento GPS (Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global), mas tinha dois equipamentos Personal Locator Beacon (PLB), espécie de localizador para o piloto. Os equipamentos estavam instalados no colete, com acionamento manual; e no assento ejetável, com acionamento automático durante a ejeção do assento.
Investigações
A corporação abriu um Inquérito Policial Militar, que tem prazo para a apresentação de um parecer em até 60 dias depois da abertura do processo, no dia 27, um dia após a aeronave desaparecer no mar. Uma comissão também investiga o caso.

FONTE: G1

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