Por: Redação OD
A um mês e meio do início dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e a 15 dias da data estabelecida pelo COI para
que toda a estrutura de segurança do evento esteja pronta e possa começar a funcionar, o Ministério da Defesa foi
avisado de que precisará mobilizar pelo menos 5 mil homens das Forças Armadas a mais do que o previsto para
executar outras missões que, inicialmente, não seriam sua atribuição.
Entre as novas tarefas das Forças Armadas estão dar segurança às instalações esportivas e à Vila Olímpica, onde
os atletas ficarão hospedados, além de executar atividades que seriam da iniciativa privada, como vigilância nos
campos.
As atribuições estavam a cargo da Secretaria Especial de Grandes Eventos, do Ministério da Justiça, que, por
meio do aviso ministerial 662, ao qual o Estado teve acesso, encaminhou, na semana passada, à Defesa, comunicado
informando sobre "atividades a serem feitas pelo Exército".
O aviso irritou profundamente os comandos das Forças Armadas que estão "correndo contra o tempo" para
corrigir o que está sendo chamado de "esqueletos de planejamento" que começam a surgir nas vésperas dos Jogos.
O Exército já preparou 18 mil homens para atuar nos Jogos do Rio e agora terá de convocar mais 5 mil.
A Força
considera o tempo escasso para este tipo de treinamento, sem falar na falta de recursos.
Este novo pedido nada tem a ver com um outro, encaminhado também na semana passada pelo governador do
Rio ao Palácio do Planalto, por conta de decretação do estado de calamidade pública, que envolverá outro contingente.
Neste caso, o pedido foi para patrulhar vias como a TransOlímpica, a TransOeste, 13 estações ferroviárias, as
imediações do aeroporto Tom Jobim, além de avenida Brasil, entre outras.
O Exército deverá recusar algumas das missões que lhe estão sendo atribuídas, como segurança dentro dos
locais de competição.
O secretário de Grandes Eventos, Andrei Rodrigues, rechaçou as afirmações dos militares de que haja um
"esqueleto de planejamento" e que haja qualquer atraso. "Não há nenhum atraso no seu planejamento" e "a Secretaria
vai executar 100% de sua missão". Para Rodrigues, as Forças Armadas têm "reserva de contingente" para essas
ocasiões.
FONTE: O Estado de São Paulo
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