quinta-feira, 28 de abril de 2016

Caças Mirage 2000 da Força Aérea Brasileira estão à venda por US$ 2,5 milhões cada


Caças franceses foram fabricados no início da década de 1980 | Crédito: Divulgação / FAB
Por redação OD

Por um preço próximo ao de superesportivos como Bugatti, Koenigsegg e Pagani, é possível levar para casa - se ela tiver uma pista de pouso, claro - uma máquina bem mais potente, rápida e emocionante (apesar de antiga): um jato francês Mirage 2000. Oito unidades do caça foram colocadas à venda pela Força Aérea Brasileira três anos após sua aposentadoria do serviço ativo, em 2013. O valor inicial é de US$ 2,5 milhões para cada exemplar. Produzido pela Dassault no início da década de 1980, um lote de doze Mirage 2000 (dez monopostos e dois bipostos) foram comprados usados da Armé De l'Air (Força Aérea Francesa) em 2006 por 80 milhões de euros para servirem como substitutos provisórios dos ainda mais antigos Mirage I..II. 



A sonda em frente ao cockpit é para o reabastecimento em voo | Crédito: Divulgação / FAB

Com a designação F-2000, eles operaram na base aérea de Anápolis (GO), próxima ao Distrito Federal, e foram desativados em 2013 devido aos custos operacionais e proximidade do fim da vida útil - que poderia ser alongada com uma reforma orçada em dezenas de milhões de euros que o Governo considerou inviável financeiramente. Impulsionado por um motor Snecma M53-5 com 8.998 kg de empuxo, o Mirage 2000 é um interceptador capaz de ultrapassar Mach 2,0 (duas vezes a velocidade do som, ou mais de 2.400 km/h) a 16.500 metros de altitute, e tem alcance de até 3.000 km quando equipado com três tanques de combustível auxiliares nas asas. 

Em missões de interceptação, o Mirage 2000 pode ser equipado com mísseis ar-ar de médio e curto alcance | Crédito: Divulgação / FAB

Ele também possui sonda de reabastecimento em voo. Quando em serviço, era equipado com radar multifunção, mísseis ar-ar de médio e curto alcance, além de dois canhões de 30 mm. Sob as asas, podem ser carregados mais de 5 toneladas de bombas e mísseis diversos. Segundo o edital da FAB (Clique e leia na integra), os caças (e suas peças sobressalentes) podem ser comprados não apenas por outras Forças Aéreas, mas também por qualquer pessoa física ou jurídica, como colecionadores e museus - desde que os sistemas de combate sejam desativados. A venda também precisa ser aprovada pelo governo francês, que detém as patentes das tecnologias utilizadas no avião. 

FONTE: Revista Quatro Rodas

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