Por: Redação OD
O
Comando Militar do Norte realizará
uma solenidade militar no 2º Batalhão de Infantaria de Selva, no
dia 31 de outubro, às 9h30, que
marcar o encerramento da participação brasileira na Missão das
Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH). Após treze
anos, chegou ao fim nesse mês a nobre missão de paz dos militares
do Exército Brasileiro, concluindo, também, a participação das
Forças Armadas nesse capítulo da história daquele país. Entre
2004 e 2017, militares brasileiros desempenham missões voltadas para
a criação e a manutenção de um ambiente seguro e estável no
Haiti, ao longo dos quais foram conquistados significativos avanços
para a população haitiana, para o reconhecimento internacional do
Brasil e para o aprimoramento da capacidade técnico-profissional das
Forças Armadas.
Cerca
de 37.500 militares das Forças Armadas brasileiras, sendo mais de
1.000 de tropas paraenses, integraram as tropas da MINUSTAH no
decorrer desse período. Além disso, a liderança do componente
militar da missão sempre esteve sob a responsabilidade de um general
do Exército Brasileiro. A partir da extinção da MINUSTAH e do retraimento das forças de paz, será estabelecida uma nova missão
da ONU, com o objetivo de fortalecer instituições do Estado
haitiano. O
Contingente Brasileiro no Haiti foi formado, durante a maior parte do
tempo, por um Batalhão de Infantaria de Força de Paz (BRABAT) e por
uma Companhia de Engenharia de Força de Paz (BRAENGCOY). Na
segurança, os militares brasileiros conseguiram pacificar a capital,
Porto Príncipe, dominada, anteriormente, por gangues fortemente
armadas.
Cotidianamente,
as tropas brasileiras realizavam intensivo patrulhamento nas áreas
que estavam sob sua responsabilidade, participaram de operações com
as demais tropas das Nações Unidas e com a Polícia Nacional do
Haiti, escoltaram autoridades e proveram segurança para as ações
humanitárias e as eleições. Esse esforço propiciou as condições
necessárias de estabilidade para a promoção do desenvolvimento
social, econômico e político do país. Os
militares do Brasil estiveram presentes em momentos de grandes
catástrofes naturais no Haiti, como o terremoto de 2010 e, mais
recentemente, a passagem do Furacão Matthew.
A BRAENGCOY foi
empregada pelas Nações Unidas em obras como construção,
asfaltamento e reparação de vias, perfuração de poços, limpeza
de valas, distribuição de água e destruição de explosivos. A
capacitação profissional, o bom comportamento e o relacionamento
dos soldados brasileiros com a população haitiana foram elementos
essenciais para os resultados alcançados, que projetaram o Brasil no
cenário internacional e trouxeram ganho em experiência para as
Forças Armadas brasileiras. Os resultados positivos da participação
brasileira na MINUSTAH credenciam o Brasil a uma nova missão das
Nações Unidas no futuro.
*Com Informações da Seção de Comunicação Social do CMN
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