Por: Anderson Gabino
Foi
realizado nos dia 21 e 22 de outubro, o tradicional evento do Museu Aeroespacial agora nomeado MUSAL AIRSHOW, em alusão ao Dia do aviador, evento este realizado pelo MUSAL desde 1987 quando o evento era conhecido
como “Encontro da Águias”, e contava com dois dias no calendário
de festas da Força Aérea Brasileira e este ano teve a presença de pelo menos 50.000 pessoas. E quem
deu uma esticada ate o MUSAL para ver de como estava os preparativos
para o domingo, foi premiado com aeronaves em exposição estática do lado externo do Musal (C-130, Xavante, H-34 Super Puma, SH-3 Sea King, C-115 Bufallo,
CBA-123, P-47 Thunderbolt, Mirage III….) além de poder ver “In Loco”
o salto de paraquedistas ( da Brigada de Infantaria Pára-quedista) do
Exército Brasileiro que realizavam exercício de lançamento a
partir de um C-130 M Hércules na ZL (zona de lançamento) dos
Afonsos.
Além
das atrações já citadas, o sábado também outras que vale aqui o
registro: A chegada de aeronaves para o evento, como o T-6 Texan da
Helisul, o Boeing Stearman, um RV-8 e um RV-7, de Ultraleves do Clube
Ninho das Águias além da apresentação de aeromodelismo da
Associação Carioca de Aeromodelismo, fora o show de uma banda que
tocava MPB, para entreter aos que lá estavam. Enfim o sábado foi
cheio de emoções e atrações variadas. Mas
não tem jeito, o dia mais aguardado era o domingo, com uma previsão meteorológica que insinuava a possibilidade de chuva,
o evento começou com nuvens escuras que davam um ar nostálgico. A festa começou com a apresentação do Boeing Stearman, com o Cmte Berg (Berguinho) em seu comando fazia evoluções e passagens baixas na
linha da pista dos Afonsos. Na sequencia tivemos o T-6 da Helisul,
que sobre o comando do renomado Cmte Carlos EDO, fez os telespectadores
respirarem fundo com suas acrobacias à la “Cel Braga”.
O
primeiro salto da Equipe Falcões da FAB, teve de ser adiado, por
conta do vento forte que abateu sobre a localidade (lembrar que a
previsão era de chuva), mas isso não foi problema aos idealizadores e organizadores do MUSAL AIRSHOW, pois com muito trabalho e
profissionalismo a grade de apresentação era remanejada conforme a
natureza ditava suas ordens. Neste intervalo o Esquadrão Puma, agora
fazendo uso do H-36 CARACAL começou a apresentação de infiltração
e extração de uma equipe de resgate presa por cabos onde as quais
vão dependurada na aeronave. Quando
de repente um ronco diferente de motor surge e as atenções se volta
para o céu nublado, e eis que surge uma silhueta já conhecida e bem
aguardada pelo público, um A-29 da Esquadrilha da Fumaça. Sim era o precursor do EDA, aquele que chega para dar as condições do local
ao restante da equipe, e de modo indireto dizer ao público presente:
“Ei, calma...já estamos chegando!!”. Na esteira desta chegada
tivemos o doce prazer de vermos a Esquadrilha CÉU chegar e fazer um
brilhante apresentação. Sobre a batuta do Cmte Albrecht, os
fumaceiros começaram a evoluir sobre os Afonsos.
Eis
que ao longe surge um C-97 Brasília, era a dica que todos esperavam
(pois o EDA usa um C-97 nas viagens curtas como aeronave de apoio de
material e pessoal) e os espectadores estavam certo, logo na
sequencia surgiram as sete aeronaves do EDA, que antes de aterrizarem fizeram questão de cumprimentar o publico presente, com algumas
passagens baixas em formação. Já em solo, os pilotos foram
saudados pelo publico, e deu-se a continuidade do evento. Depois
de não conseguirem realizar seu salto na parte da manhã, a equipe
de salto FALCÕES partiu para sua apresentação, a bordo de um C-95
Bandeirante do 3º ETA, a equipe alcançou os céus e ao chegarem em
seu teto previsto para o lançamento de 2.500 pés (+/- 760 mts) a
equipe saltou para delírio do publico. Uma nova rodada de
apresentações do Esquadrão Puma, do T-6 e do Stearman, ajudaram a
aquecer o publico para os dois pontos altos o evento.
E
lá foi a Esquadrilha CÉU para mais uma apresentação, com seus
RV-7/RV-7A e RV-8, os Cmtes Albrecht, Salvatore, Gonzaga, Faleiros e
Lebeis (este último aos mais desavisados é o Brig do Ar Lebeis,
atual Diretor do Musal) fizeram as pessoas em solo prender a
respiração a cada looping e a cada passagem. Na sequencia deles,
ainda com a adrenalina implantada por eles no publico ainda fazendo
efeito, começam os preparativos para a presentação da Esquadrilha
da Fumaça. Com
seu rito tradicional, em que os pilotos e seus anjos da guarda
desfilam juntos em direção as suas aeronaves, foi dado o start que
todos ali aguardavam. Como falei no inicio, a meteorologia previa
chuva, e na hora que os motores foram acionados, eis que pingos
isolados de chuva começam a cair sobre os Afonsos. Mas não passou
de um susto grande, São Pedro fora camarada e soprou as nuvens
carregadas que ameaçavam vir para o outro lado, permitindo assim que
a apresentação fosse realizada a conforme o esperado,
com todo garbo e brilhantismo possível, o qual a Esquadrilha da
Fumaça consegue realizar.
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