Por: Redação OD
As Forças Armadas vão atuar de forma integrada
dentro do esforço do governo brasileiro em combater o crime organizado no País.
A informação foi transmitida pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, hoje (5),
em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Segundo Jungmann, somente com
integração e inteligência será possível desarticular as quadrilhas instaladas
no território nacional. Numa outra frente, o ministro informou que propôs
ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e aos integrantes
da bancada parlamentar federal do estado do Rio a aprovação de um projeto de
lei por objetivo mais rigor e controle das comunicações de criminosos com
familiares e advogados. “É preciso acabar com a home office destas quadrilhas”,
assegurou.
Plano de segurança
Raul Jungmann participou de duas reuniões no Palácio do Planalto
para tratar das diretrizes visando o plano piloto de segurança a ser colocado
em prática no Rio de Janeiro. Pela manhã, Jungmann esteve com os ministros
Sergio Etchegoyen (Gabinete da Segurança Institucional); Torquato Jardim
(Justiça e Cidadania) e Eliseu Padilha (Casa Civil), além do governador do Rio,
Luiz Fernando Pezão, o vice-governador Francisco Dornelles; e o prefeito do
Rio, Marcelo Crivela. À tarde, o encontro foi ampliado e
teve a liderança do presidente Michel Temer. Após os encontros, os ministros
Jungmann, Etchegoyen e Torquato Jardim concederam entrevista à imprensa.
Foto: Divulgação/EBC - Agência Brasil |
Segundo o chefe do GSI, nas conversas mantidas nos últimos meses vem sendo
preparado o plano focado em três objetivos: o combate aos homicídios,
feminicídios; a modernização do sistema carcerário e o combate ao crime
organizado transnacional. “Hoje aqui tratamos do combate ao
crime organizado”, antecipou-se o ministro Etchegoyen. Os ministros contaram que o governo
vem atuando em diversas frentes e que não haverá solução de pirotecnia para o
combate as quadrilhas de criminosos. Segundo afirmou, o trabalho se dará no
âmbito da segurança pública e desenvolvimento social.
O importante é que a
União colocará à disposição do governo fluminense o que for necessário para
atacar o problema de segurança. Jungmann explicou que para isso é
possível a realização de ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), por
exemplo, para desarticular determinada facção ou articulação de criminosos em
determinadas áreas da capital fluminense. Além disso, as Forças Armadas irão
dar segmento a Operação Ágata sempre pautada pelo fator surpresa.
Segundo contou, as aeronaves que
entrarem no espaço aéreo brasileiro fora da rota estabelecida poderão ser
obrigadas a pouso ou se houver a desobediência, chegar ao abate.Numa outra
frente, segundo o ministro, a Força Aérea Brasileira (FAB) esta realizando a
Operação Ostium, com o objetivo de reforçar a vigilância do espaço aéreo na
região fronteiriça do Brasil com a Bolívia e o Paraguai. O objetivo é coibir
voos irregulares que possam estar ligados a crimes como o narcotráfico.
Devem participar da Operação
aeronaves de caça A-29 Super Tucano, helicópteros H-60 Black Hawk e AH-2,
aviões-radar E-99, aeronaves de reconhecimento R-35A e RA-1 e Aeronaves
Remotamente Pilotadas (ARP) RQ-450. As operações devem prosseguir até o
fim do ano e envolvem a instalação temporária de radares móveis em cidades
próximas às fronteiras, como Chapecó (SC) e Corumbá (MS); reforço das
atividades aéreas nas bases da Força Aérea Brasileira; e deslocamento de
aeronaves militares para cidades como Cascavel (PR), Foz do Iguaçu (PR) e
Dourados (MS). Em todas essas cidades, haverá tropas para promover a segurança
de equipamentos e aeronaves.
Países vizinhos
Os ministros também contaram que o governo brasileiro se articula
com os países vizinhos no sentido de terem a participação no combate aos grupos
criminosos. Conforme relatos, autoridades do Brasil e da Colômbia se reuniram
duas vezes – uma em Manaus e outra em Bogotá – para tratarem de questões
relacionadas à segurança. O mesmo deve ocorrer com os
governos do Peru e da Bolívia dentro das próximas semanas. Jungmann e
Etchegoyen relataram que no ano passado, em Brasília, se deu a reunião com
autoridades dos países do Cone Sul, bem como a mobilização nacional dos
presidentes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário na elaboração de um
plano nacional de segurança pública.
FONTE: Assessoria de Comunicação Social (Ascom)/Ministério da
Defesa
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