Por: Redação OD
Kim Jong-un, ameaça desferir um ataque com mísseis balísticos contra instalações militares dos EUA, caso o Pentágono continue ampliando sua presença militar na Coreia do Sul. Sendo assim, especula-se muito sobre se, o líder norte-coreano irá de fato se atrever à atacar uma base ou um aliado norte-americano e qual será a resposta americana, caso tais ameaças tornem-se reais. Notícias vindas de Pyongyang, afirmam que os preparativos para um ataque de mísseis contra as bases americanas, estão terminados e acertados, tal afirmativa fora feita no início da semana por, Zin Jeong Hep, representante interino para assuntos de Negócios Internacionais.
O
alvo escolhido para um ataque potencial é a
ilha de Guam, onde abriga-se uma das mais potentes e equipadas bases dos Estados
Unidos fora
do território americano
e, caso - em uma situação hipotética – ela seja
destruída,
o equilíbrio de forças na região pode se modificar drasticamente. Porém,
existe
uma
longa
lista
de
instalações militares americanas com grande
importância
estratégica, onde iremos exemplificar algumas:
Guam
São duas importantes instalações militares na Ilha de Guam: a Base Aérea de Andersen e a Base Naval de Apra Harbour. As duas têm uma localização estratégica, sendo assim pode-se dizer que são seus principais "músculos" no Pacífico. A primeira, está em poder dos EUA desde o final da década de 70 e concentra os bombardeiros de longo alcance, capazes de carregar armas nucleares.
A base abrigar aviões de vários modelos, desde os bombardeiros estratégicos B-52, B-1 Lancer e indo até os B-2 Spirit, assim como caças, aviões de alerta antecipado, entre outros tipos. A
partir da Base Aérea de Andersen a USAF pode realizar ataques de
mísseis e bombardeios contra os alvos localizados na costa do Pacífico. Hoje, o principal alvo potencial dos
"estrategistas" é a Coreia do Norte. Contudo,
estas bases podem representar uma ameaça potencial para outras
nações na região, como a Russia e a China.
Já a Base
Naval
de Apra Harbour, situada na parte oeste da ilha, é a segunda maior,
perde
somente para
Pearl Harbour, sendo uma das duas maiores instalações da US
Navy
no Oceano Pacífico. Possui
uma
doca flutuante para reparar
grandes embarcações de superfície, inclusive os navios de assalto
multifuncionais da classe Tarawa. Além disso, está previsto o envio
futuro de cerca de 20 mil fuzileiros navais de Okinawa. Não há
dados exatos sobre os navios estacionados em Apra, mas segundo a
mídia, é sabido que em 2016 o submarino estratégico nuclear
Pennsylvania aportou em Guam. Ademais, a base conta com cerca de
quatro submarinos multifuncionais da classe Los Angeles, que
patrulham regularmente o Pacífico.
Base
Aérea
de Ramstein
Na
Alemanha é a sede da USAFE
(Força
Aérea dos EUA na Europa)
e a maior instalação militar americana na União Europeia, sendo
também o Centro do Comando da Defesa Antiaérea dos países da OTAN.
Cerca de 40 mil homens (35
mil militares e cinco mil especialistas civis)
trabalham
aqui. A
Base
Aérea
de
Ramstein é o principal ponto de passagem para o transporte de cargas
e de efetivos dos EUA na Europa. 16 esquadrilhas de aviões de
transporte militar do 86º grupo aéreo, são
sediadas na base.
E
daqui
que
tropas
e materiais
utilizados, ultimamente
nas
manobras
militares no Leste da Europa e nos países Bálticos, em conjunto com
seus aliados da OTAN, tem
sido despachados.
Base
Aérea de Al Udeid
Desde 2001, Al Udeid, localizada ao sul de Doha, capital do Qatar, tem sido a principal base americana no Oriente Médio. Aqui encontra-se
o
posto avançado do Comando Central das Forças Armadas dos EUA
(CENTCOM), bem como o Estado-Maior de toda a aviação de combate
junto ao CENTCOM. Nos idos
dos anos
2000 foram mobilizados nesta
base, 300
CC’s
Abrams, 400 veículos de combate de infantaria Bradley, vários
sistemas de mísseis Patriot, para
a Operação Tempestade do Deserto II.
Suas
pistas de pouso, com um comprimento de mais de 4 Km,
podem receber
todo o tipo de aeronave, desde
transportes pesados até os caças.
A
base teve um papel
crucial durante as campanhas no Iraque e no Afeganistão. De
momento há cerca de 10 mil militares
efetivos
americanos, e
ela é
a mais importante das 35 instalações dos EUA na região, pois
através
dela que estão sendo coordenadas as operações da coalizão
antiterrorista liderada pelos EUA na Síria e no Iraque.
Bases
no Japão
No
total, no território japonês
existem mais de 90 instalações militares dos EUA, que integram o
comando regional United States Forces Japan (USFJ), com sede na base
aérea de Yokota, a leste de Tóquio, onde
mais
de 14 mil militares e especialistas civis trabalham.
A base serve como ponto de passagem importante para os contingentes
americanos que vêm para fazer serviço no Japão em regime rotativo.
Além
disso devem ser mencionadas as 11 infraestruturas do Corpo de
Fuzileiros Navais dos EUA na ilha de Okinawa.
Essas instalações
compreendem campos, complexos de treinamento, aeródromos, centros de
logística, arsenais, entre outros. No
aeródromo de Kadena, está destacado o 18º grupo aéreo – um dos
maiores da Força Aérea dos EUA. Ademais,
merece especial destaque a base aérea de Misawa, ao norte de Tóquio.
Esse é um dos poucos aeródromos situados fora do território dos
EUA para onde os americanos enviaram os caças de 5ª geração F-22
Raptor. Levando em conta o número e a composição das bases
militares americanas no Japão, se pode deduzir que o Pentágono
considera esse país como o cabeça-de-ponte para fazer frente à
China, Russia e Coreia do Norte.
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