Com intuito de relembrar os feitos do Almirante
Barroso onde a sua celebre frase “O Brasil espera que cada um
cumpra o seu dever!", à qual ecoa e se faz mais forte do que nunca nos dias atuais, foi realizada no dia 09 de junho cerimônia
em comemoração ao 152º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo, Data Magna da
Marinha do Brasil, e de entrega de medalhas da Ordem do Mérito Naval, o evento fora presidido pelo Comandante de Operações Navais, o Almirante de Esquadra Sergio Roberto Fernandes
dos Santos, e contou com a presença de ilustres convidados Civis e Militares.
A
Batalha Naval do Riachuelo, é sem dúvida a maior e o mais importante conflito da
Marinha imperial brasileira durante a Guerra do Paraguai (1864-1870). A vitória
travada mudou o destino da guerra e, em consequência, o destino do Brasil, na busca
da hegemonia militar e política do Brasil Imperial no cone sul. A Marinha
imperial brasileira, na época, era oceânica e não muito própria para navegar nos
rios estreitos do cone sul, nossa armada possuía muitos navios de grande porte.
Já o Paraguai possuía navios de pequeno porte, apropriados para os meios
fluviais, levando vantagem de mobilidade sobre os navios da Marinha Imperial
Brasileira.
O
controle dos rios, na época era fundamental pois daria a possibilidade de
invasão do Paraguai. Aos 11 de junho de 1865 o Brasil estava com alguns de seus
melhores navios como a Fragata Amazonas, a Corveta Parnaíba e as Canhoneiras
Mearim, Araguari e Iguatemi entre outros navios grandes em um rio estreito, com
bancos de areia e calha de navegação pouco profunda. O Paraguai atacou com
poucos navios e algumas chatas, todos bem pequenos em relação aos navios
Imperiais, e com vantagem conseguiu tomar navios brasileiros nas primeiras
horas. Por serem grandes os nossos não atingem com eficácia o alvo.
Os
tiros dos canhões passavam por cima das pequenas embarcações oponentes,
enquanto que os tiros paraguaios acertavam com facilidade os grandes alvos
brasileiros. A batalha chega a uma fase crítica e indecisa. Almirante Barroso
determina aos navios brasileiros para jogarem a proa contra o casco dos navios
e as chatas paraguaias, no intuito de abaloar e tentar sair daquela zona de
desconforto. A fragata Amazonas vendo que os navios paraguaios não tiveram
reação, repetiu a operação conseguindo afundar outros navios e a manobra se
mostrou eficaz. A esquadra paraguaia que até então estava em vantagem, ver o
jogo virar contra e perde 4 embarcações e 4 chatas.
O
restante da esquadra paraguaia é surpreendida pela manobra e começa a bater em
retirada rio acima, fustigada pelos canhões e elas se distanciam. A batalha
está terminada, com vitória da esquadra comandada pelo Almirante Barroso. Os
paraguaios perdem seus melhores navios, e a flotilha brasileira continua
atuante por ter apenas sofrido algumas poucas avarias. Com a “retomada” dos
rios, os brasileiros passam a controlar o transporte de tropas, o abastecimento
de mantimentos e armamento, como também alcançaram outros pontos do Paraguai
por vias fluviais.
A
vitória foi decisiva para a Tríplice Aliança que passou a controlar, a partir
de então, os rios da bacia platina até a fronteira com o Paraguai, garantindo
todo o apoio logístico às forças de terra e bloqueando qualquer ajuda ou
contato de López com o exterior. A partir daí foram construídos no Arsenal de
Marinha do Rio de Janeiro, navios menores, mais apropriados para aquelas águas,
resultando na derrota total do Paraguai na guerra. Ficaram famosas na História
Militar Brasileira as mensagens transmitidas às embarcações brasileiras pelo
Almirante Barroso, através da sinalização de bandeiras:
Referência bibliografia: Revista Eletrônica do Clube Naval (Issn 0102-0382 • ano 123 • Nº 374 • ABR/MAI/JUN • 2015)
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