quinta-feira, 14 de julho de 2016

FAB apresenta ações para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos


Por: Redação OD

A Força Aérea Brasileira (FAB) apresentou, na manhã desta quinta-feira (14/07), o planejamento para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, em entrevista coletiva realizada no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), no Rio de Janeiro. Foram detalhadas as ações de gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo, defesa aérea e missões em terra, como a recepção aos chefes de Estado, abordagem a aeronaves que realizaram pouso obrigatório e, também, defesa biológica, química, radiológica e nuclear. Mais de 15 mil militares da FAB e 80 aeronaves estão envolvidos nessas atividades.


O Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino destacou a importância do papel da sociedade na consecução dos objetivos ligados à segurança e defesa. “É fundamental colocarmos para a sociedade o nosso planejamento. Devemos ter em mente que não são só as Forças Armadas bem equipadas e bem treinadas que provêm a segurança, mas precisamos também de uma sociedade bem informada a respeito do que fazemos”, afirmou o Tenente-Brigadeiro Aquino.


espaço aéreo terá regras especiais durante o período dos jogos, com restrições para sobrevoo na cidade do Rio de Janeiro. Serão ativadas três áreas de restrição: áreas branca, vermelha e amarela, com diferentes proibições de voo. Voos de ultraleves, saltos de paraquedas, voos de parapente e de aeronaves remotamente pilotadas (RPA), por exemplo, são algumas das categorias que serão afetadas pelas medidas de restrição durante os jogos. Nas cinco áreas vermelhas, cada uma com 7,4 quilômetros de raio, estabelecidas sobre os complexos esportivos, só poderão voar aeronaves que possuam autorização expressa do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMBADRA). 


As medidas de restrição no espaço aéreo estão disponíveis no Guia Prático de Consulta sobre as Alterações do Espaço Aéreo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, e foram divulgados à comunidade aeronáutica em documento técnico publicado em 15 de dezembro de 2015. Segundo o Comandante do COMDABRA, Major-Brigadeiro do Ar Mário Luis da Silva Jordão, as proibições ocorrem em função da necessidade de prover segurança. “É importante ressaltar que todo procedimento de segurança gera regras, e essas regras podem gerar algum tipo de desconforto e restrição. Não há dúvidas de que temos que dar toda a atenção à segurança. Essas áreas foram delimitadas em reuniões exaustivas, de modo que a aviação geral e regular tivesse condições de operar durante os jogos”, esclareceu o Major-Brigadeiro Jordão.


Mesmo com as restrições na circulação aérea e o aumento do tráfego aéreo decorrente do fluxo de delegações, autoridades e Chefes de Estado, turistas e profissionais da imprensa do mundo todo, as ações da Força Aérea foram planejadas para causar mínimo impacto às ações da aviação civil e à rotina do passageiro. A expectativa é que ocorram 270 mil embarques e desembarques na cidade do Rio de Janeiro durante quatro dias de pico, no início das Olimpíadas. Somente para o dia 22 de agosto, um dia após o final dos Jogos Olímpicos, são estimados 405 mil passageiros nos dez aeroportos envolvidos no esquema especial para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.


Para garantir a fluidez do tráfego aéreo e solucionar rapidamente qualquer situação que possa afetar a regularidade das operações aéreas como, por exemplo, problemas meteorológicos, será ativada, no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro, a Sala Master de Comando e Controle. A Sala Master reúne, em um ambiente voltado à coordenação de ações e tomada conjunta de decisões, 24 horas por dia, representantes de ministérios, secretarias, agências governamentais, empresas aéreas e todas as demais organizações envolvidas direta ou indiretamente na estrutura do transporte aéreo do Brasil. 


A Sala Master funcionará de 20 de julho a 24 de setembro. Segundo o chefe do CGNA, Coronel Aviador Luiz Roberto Barbosa Medeiros, a Sala Master contará com o Sistema de Gerenciamento de Voos Olímpicos e Paralímpicos (SVOP), um software desenvolvido especialmente para as Olimpíadas. Dentre as ações de preparação, o Programa de Simulação de Movimentos Aéreos (PROSIMA) teve uma edição especial para o treinamento dos controladores de tráfego aéreo para o treinamento dos controladores de tráfego aéreo para os Jogos Olímpicos, com ênfase na fraseologia em língua inglesa e na simulação de aumento do tráfego aéreo e de ameaças.



Em terra, militares da Infantaria da Aeronáutica estão prontos para manter a segurança das bases aéreas e demais instalações da FAB e, ainda, atuar como batedores em comboios de autoridades. No caso de aeronaves que tenham sido interceptadas pela defesa aérea e forçadas a pousar, grupos com treinamento especial farão a abordagem em solo na Base Aérea de Santa Cruz (BASC). As ações de segurança em solo são coordenadas pelo Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR). “Realizaremos na Base Aérea do Galeão todos os serviços que acontecem em um voo internacional ao chegar em um aeroporto no Brasil. Temos a capacidade de receber três chefes de Estado a cada 20 minutos”, explicou o Comandante do III COMAR, Major-Brigadeiro do Ar José Euclides da Silva Gonçalves. Assista, no vídeo abaixo, aos principais momentos da coletiva:


FONTE: CECOMSAER

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