Por: Anderson Gabino
O surgimento da guerra
como choque de vontades determinou aos homens incansável busca por lutar com
superioridade. Os guerreiros de outrora perceberam, enfim, a importância da
situação em que se devia combater: criaram-se plataformas móveis e foram feitas
associações aos animais de maior porte, obtendo-se, desse modo, decisiva
vantagem em mobilidade e poder de choque. Tal avanço, em sânscrito, foi
denominado “akva”, origem da palavra “cavalaria”. O Cavalo ou Caballus em
latim, foi o animal que melhor encarnou essa forma de combater. Inicialmente
empregado em carros de guerra ou bigas no Egito, Suméria e Roma, somente com
sua montaria, em simbiose única na Natureza, gerou-se o mais formidável
conjunto da História, sob o comando do Cavaleiro, monarca dos horizontes largos
e desconhecidos.A velocidade dos corcéis
transformou a percepção humana do tempo e do espaço, expandiu consciências e,
sob a égide equestre, uma plêiade de chefes militares fez impérios florescerem
e ruírem: Alexandre Magno, Aníbal, Júlio César, Átila, Gengis Khan, Carlos
Magno, Frederico II e Napoleão, estes últimos dois de modo especial, empregaram
magistralmente a Cavalaria, modulando suas missões clássicas de “reconhecer,
cobrir, retardar, envolver e perseguir” consolidando-a, assim, como a Arma da
Decisão.