Por: Redação OD
O ano de 2018 é emblemático para a Aviação de Transporte na Força Aérea Brasileira (FAB): a aeronave C-95 Bandeirante completa 50 anos de seu primeiro voo e a primeira unidade do avião KC-390 deve ser entregue no segundo semestre. Ambas as aeronaves são marcos da indústria aeronáutica brasileira, desenvolvidas pela empresa Embraer. Desde
o início, esta história teve as duas instituições caminhando lado
a lado. O fundador da Embraer, Ozires Silva, destaca a importância
da fundação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em
1950, para alavancar a indústria aeronáutica no país. “Em 1965,
uma pequena equipe de apenas quatro engenheiros formados pelo ITA,
através de estatísticas internacionais e nacionais, encontrou uma
oportunidade para criar um avião diferente, não fabricado pelas
concorrentes internacionais”, conta.
Este
avião – projetado para atender uma área até então deixada de
lado pelos fabricantes internacionais, ou seja, voos regionais e
pistas de menor porte – seria o EMB 110, na FAB batizado como C-95
Bandeirante. A iniciativa, segundo Ozires, foi apoiada pela Força
Aérea Brasileira e, em 22 de outubro de 1968, foi realizado o
primeiro voo do protótipo. Diante
do sucesso do projeto, surgiu a base nos mercados nacional e mundial
para a criação da Empresa Brasileira de Aeronáutica – Embraer –
em 1969. Em
1973, o Ministério da Aeronáutica recebeu os primeiros Bandeirantes
e, desde então, as aeronaves fazem parte dos esquadrões de
transporte da FAB cumprindo as mais variadas missões. A
eles foram somados outros projetos da Embraer também utilizados pela
FAB, como o VU-9 Xingu e o C-97 Brasília, além de aviões de
fabricantes internacionais, como o C-98 Caravan, o C-105 Amazonas e o
C-130 Hércules.
O desenvolvimento – pela Embraer – de diversos projetos, aliado à utilização ao longo de décadas – pela FAB – de diferentes aeronaves, fez com que os brasileiros obtivessem a experiência necessária para alçar um novo e importante voo: a fabricação do cargueiro multimissão KC-390.
A aeronave, que tem previsão de entrega à FAB ainda em 2018, será
a nova espinha dorsal da Aviação de Transporte militar no Brasil. “Da
Amazônia à Antártica, a frota de 28 aeronaves terá um papel
fundamental para os mais diversos projetos do Estado brasileiro, da
pesquisa científica à manutenção da soberania", ressaltou o
Comandante da FAB, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, em
fevereiro de 2015, após o primeiro voo do protótipo do KC-390. As
duas primeiras unidades estão confirmadas para serem entregues à
Ala 2, em Anápolis (GO). Ao todo, 28 aeronaves adquiridas pelo
governo brasileiro irão compor a frota da Força Aérea Brasileira.
Fonte: CECOMSAER
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