Por: Redação OD
O Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV) recebeu dois helicópteros H225M de versão operacional para as Forças Armadas, no mês de maio. Para a conclusão do recebimento, três voos foram realizados na fábrica da Helibrás (Airbus Group), em Itajubá (MG), em uma tripulação mista do IPEV e da empresa Airbus Helicopter. Como novidade, a versão operacional da aeronave H225M possui dois sistemas que auxiliarão o trabalho operacional: o sistema de contramedidas eletrônicas o EWS (Eletronic Warfare System) e o sensor eletro-óptico FLIR (Forward Looking Infra-Red).
De matrícula FAB 8520, a aeronave da Força Aérea Brasileira, popularmente conhecida como H-36 Caracal, será operada pelo 3º/8º Grupo de Aviação, sediado em Santa Cruz (RJ). Já o do Exército, matrícula EB 5009, o HM-4 Jaguar, será operado pelo 1º Batalhão de Aviação do Exército, de Taubaté (SP).A equipe de ensaios do IPEV utilizou a experiência adquirida em ensaiosanteriores para atualizar o cartão de recebimento da aeronave na FAB, incorporando testes necessários aos novos sistemas embarcados.
“O objetivo é garantir que os equipamentos entregues às Forças Armadas estejam operando corretamente conforme previsto em contrato e manual da aeronave”, informou o Engenheiro de Prova, Tenente Luís Gustavo Leandro de Paula.A aeronave H-36 Caracal proporcionará maior proteção contra ameaças, além de possibilitar a “leitura térmica” de objetos observados nas missões operacionais. Conforme afirmou o piloto de prova, Major Aviador Alexandre Cantaluppi Silvestre de Freitas, “o conhecimento da equipe do IPEV acerca de novos sistemas garantirá uma operação conjunta, de forma que o operador possa utilizar a aeronave em sua plena operacionalidade, no treinamento de suas equipagens”, explicou. Na próxima semana o IPEV fará o recebimento de um helicóptero para a Marinha do Brasil.
Saiba mais sobre os novos sistemas da aeronave H225M
O EWS é um sistema que utiliza a energia direcionada de um espectro eletromagnético para detectar e identificar sinais advindos de ameaças. Com isso, nega ao oponente a vantagem no combate, despistando-o com as contramedidas. Já o FLIR usa a energia térmica emitida para formar, com a ajuda de um processador digital, imagens tridimensionais dos objetos observados, criando uma espécie de "retrato térmico" dos mesmos em tempo real, podendo ser usados para ajudar a detectar objetos providos de calor contra um fundo frio, quando é impossível a percepção visual dos mesmos, como em noites completamente escuras ou locais cobertos pela fumaça, possuindo aplicações militares.
FONTE: CECOMSAER
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