quinta-feira, 1 de junho de 2017

Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro apreende carga de 60 fuzis vindos de Miami no Aeroporto Internacional do Galeão


Por: Redação OD

Com uma grande atuação de inteligência, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro apreendeu na tarde desta quinta-feira (01) uma carga com pelo menos 60 fuzis no setor de cargas da Receita Federal do Aeroporto Tom Jobim. As armas foram encontradas por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) dentro de filtros de piscinas. Quatro pessoas foram presas na operação, uma delas um empresário de São Gonçalo, que seria o fornecedor do armamento para o tráfico.

Segundo o secretário de Segurança, Roberto Sá, esta é a maior apreensão de armas no estado nos últimos dez anos, pelo menos.Os policiais também apreenderam no aeroporto sete caixas com munição 762, usada nos fuzis AR-10, num total de 140 projéteis. No Rio, um dos presos é o empresário identificado como João Vitor Rosa da Silva. Ele seria o fornecedor de armas de guerra para traficantes do estado. O empresário foi preso em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, numa academia de ginástica.


O cabeça do esquema, um brasileiro que mora em Miami, nos Estados Unidos, está sendo procurado pela polícia. O homem é dono de uma empresa de importação e exportação. Os fuzis, modelos AK-47, G3 e AR-10, vinham de Miami dentro de contêineres junto com uma carga de aquecedores para piscinas. Segundo a polícia, as armas custavam de R$ 40 mil a R$ 45 mil e eram vendidas para todas as facções do tráfico.

Resultado da operação 

Durante a operação, realizada nesta quinta, quatro pessoas foram presas. Os suspeitos, que não tiveram a identidade revelada, moravam em Niterói, Jacarepaguá e na Baixada Fluminense. Dois deles eram responsáveis pelo recebimento e distribuição das armas. Já os outros dois ficavam responsáveis pelo desembaraço aduaneiro e pelo transporte do aeroporto até o galpão da organização criminosa, respectivamente. A polícia também apreendeu mais de 60 armas de guerra, entre elas: 45 AK47, 14 AR10 e 1 G3. 

'Calamidade pública'


Durante a coletiva de imprensa sobre o caso, o Secretário de Segurança, Roberto Sá, afirmou que vivemos em um Estado de calamidade pública. "Estou tomado pela emoção e pela indignação, mas tenho que parabenizar a Polícia Civil. Preciso ressaltar que a gente está em Estado de calamidade pública, que esses policiais estão sem décimo terceiro, metas, RAS... Fato esse que não nos impediu, de por amor e vocação, todos os dias darmos respostas a criminalidade", disse. 

De acordo com Roberto Sá, em 150 dias 250 fuzis foram apreendidos. Além disso, ainda segundo o secretário, o estado do Rio de Janeiro tem 60 mil mortos por ano, 80% deles por arma de fogo. "Quantas pessoa vão deixar de morrer com a apreensão desses fuzis? Isso é medida estruturante. Me sinto enxugando gelo, mas ai da sociedade se a gente não enxugasse gelo dia após dia (...)Que país nós queremos? Não adianta achar que a Polícia todo dia vai fazer uma operação como essa. É preciso um pacto Nacional (...). Do jeito que está a legislação, os criminosos não ficam presos muito tempo e voltam a delinquir", finalizou. 



FONTE: Jornais Extra e O Dia

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