quarta-feira, 20 de junho de 2018

Exército Brasileiro celebra os cinco anos de ativação do Comando Militar do Norte


Por: Redação OD

Na próxima terça-feira dia 26 de junho, o Comando Militar do Norte (CMN) comemora o seu quinto aniversário de ativação. O CMN foi criado para multiplicar as ações do Exército Brasileiro na Amazônia Oriental, com o objetivo de aumentar a capacidade operacional, o gerenciamento administrativo e proporcionar melhores condições de emprego da Força Terrestre, em face do espaço estratégico da foz do Rio Amazonas e das diversas Infraestruturas Estratégicas da Região. Durante décadas, a cidade de Belém sediava apenas o Comando da 8ª Região Militar, Grande Comando Logístico que era diretamente subordinado ao Comando Militar da Amazônia, com seu Quartel-General em Manaus-AM. Fruto do processo de reestruturação do Exército Brasileiro, somado ao cenário político e estratégico da Região Norte do País, o Comandante da Força resolveu dividir a região amazônica em Ocidental e Oriental.

Para a primeira, o já existente Comando Militar da Amazônia reduziu sua área de responsabilidade, ficando com os Estados do Acre, Rondônia, Roraima e Amazonas. Para fazer frente à Amazônia Oriental, criou-se o CMN, cuja área de atuação integra os Estados do Amapá, do Pará, do Maranhão e o norte do Tocantins. As mudanças que marcaram a história recente do país provocaram o estabelecimento de diferenças marcantes entre as realidades econômicas, sociais, ambientais, políticas e estratégicas das Amazônias Ocidental e Oriental. Em consequência, como reconhecimento da importância de Belém e de sua área de influência, ativa-se, nesta data, o Comando Militar do Norte. Rompem-se, portanto, os vínculos que por séculos identificaram e uniram toda a estrutura militar terrestre na Amazônia.” – Comandante do Exército, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, em 26 de junho de 2013.

Mesmo com essa divisão de atribuições, o desafio do mais novo Comando Militar de Área é grande. O CMN é responsável por cerca de 1,73 milhão de quilômetros quadrados (20% da área do País) e 1.890 quilômetros de fronteira terrestre com a Guiana, Suriname e Guiana Francesa, além de 2.200 quilômetros de costa. Além disso, essa área reúne um rico patrimônio ambiental, composto de inúmeras reservas minerais, de grande reserva hídrica, sem contar com as diversas Áreas de Proteção Ambiental e outras tantas reservas indígenas, em meio a dezenas de conflitos sociais. Soma-se, ainda, a gama de importantes Infraestruturas Estratégicas localizadas na região. Um bom exemplo disso é o farto complexo hidrelétrico instalado, responsável por quase 15% de toda a energia elétrica do País. Para enfrentar esse desafio, o CMN é comandado por um oficial general do último posto da escala hierárquica da Força - General de Exército - e integrante do Alto Comando do Exército. 

Para assessorá-lo, foi composto um Estado-Maior, chefiado por um General de Brigada, e oficiais superiores especialistas nas áreas de recursos humanos, inteligência, operações, logística, comunicação social e administração, entre outras assessorias. A extensão territorial sob a responsabilidade do CMN é maior que muitos países europeus. Para tanto, o CMN é integrado por duas Brigadas, a 23ª Brigada de Infantaria de Selva, sediada em Marabá-PA, e a recém criada 22ª Brigada de Infantaria de Selva, instalada em Macapá-AP. Para proporcionar o apoio logístico dessa estrutura, o CMN conta com a já conhecida 8ª Região Militar – Grande Comando Logístico que gerencia as funções logísticas de saúde, manutenção, suprimento, pessoal, transporte e fiscalização de produtos controlados. Ao todo, o CMN integra trinta Organizações Militares, totalizando cerca de 12 mil homens e mulheres.

Com essa nova organização, o CMN continua cumprindo sua missão constitucional lado a lado com a sociedade, sempre buscando cooperar com o desenvolvimento da região, por meio de suas ações subsidiárias. O atual Comandante, o General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, sempre sintetiza que temos duas missões: defender e proteger a Amazônia Oriental. O primeiro destaca nossa precípua tarefa constitucional – a defesa da pátria. Quanto ao verbo proteger, o Comandante tenta conjugar todas as ações que envolvem o apoio à população. A minha convicção é que, sem se descuidar de sua principal missão constitucional, o Exército deve sempre oferecer sua mão amiga quando a população assim necessitar. - Comandante Militar do Norte, General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, em 14 de maio de 2018.

Como parte do seu plano estratégico de implantação, em 2016, o CMN entregou à sociedade belenense o Colégio Militar de Belém (CMBEL), que atende a alunos a partir do sexto ano do ensino fundamental e aumenta a qualidade do ensino ofertado no Pará. Atualmente, 260 estudantes compõem o corpo escolar da Instituição e a previsão é de alcançar 900 alunos até 2022, quando estará funcionando até o terceiro ano do ensino médio. Ao longo desses últimos cinco anos, o CMN e a sociedade tem muito o que comemorar. Em conjunto com a Marinha, com a Força Aérea e com os diversos Órgãos Governamentais, o CMN participou de inúmeras operações na faixa de fronteira, principalmente no combate aos ilícitos transfronteiriços e ambientais. Cooperou ainda em várias ações de defesa civil, no socorro às vitimas de enchentes e catástrofes naturais. Além disso, o Exército contribuiu também em outras tantas campanhas humanitárias, como a operação de combate ao mosquito da dengue. A jornada do jovem Comando Militar do Norte está apenas começando, pois muitos desafios ainda surgirão no horizonte. O que importa, porém, é que os homens e mulheres que integram essa Força, herdeiros das tradições de Pedro Teixeira, se motivam a cada dia pela simples e mais nobre missão de suas vidas: SERVIR!

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