sexta-feira, 22 de junho de 2018

Centro de Instrução de Operações no Pantanal onde conhece-se o significado da palavra "Sobreviver"


Por: redação OD

Com a designação do 17º Batalhão de Fronteira (17º B Fron) como organização militar de emprego peculiar, de acordo com a Portaria Ministerial nº 423, de 16 de junho de 1997, houve a necessidade de especializar militares a operar em ambiente com a característica do Pantanal sul mato-grossense. Em 1998, a organização militar, com toda a sua infraestrutura, foi considerada base de instrução e apoio aos Estágios de Operações no Pantanal (EOPan). Desse modo, seu armamento, equipamento, viaturas, embarcações, pessoal e instalações foram disponibilizadas para essas finalidades. Como o Núcleo de Operações no Pantanal ainda não estava concluído, as instalações do sistema de embarcação da organização militar foram adaptadas para alojamento, reserva de material, sala de instrução e administração, tudo voltado exclusivamente para os estagiários.

A partir de 1999, o Núcleo passou a se denominar “Seção de Instrução de Operações no Pantanal” (SIOP), que, em 2011, com a Portaria nº 187-EME, passou a ser chamada de Centro de Instrução de Operações no Pantanal, funcionando como parte da estrutura organizacional do 17º B Fron. O CIOpPan tem por incumbência adestrar oficiais e sargentos do Comando Militar do Oeste a operar no complexo ambiente do Pantanal, aplicando as técnicas de sobrevivência e técnicas especiais, executando operações contra forças regulares e irregulares, de forma a aprimorar o conhecimento da doutrina de emprego da tropa em ambiente pantaneiro. Dentre os objetivos, destaca-se o de especializar militares na execução de operações com eficácia no Pantanal, a fim de contribuir no desempenho dos cargos referentes à respectiva função, de forma a difundir os conhecimentos adquiridos. O CIOpPan tem como finalidade capacitar militares a:

  • sobreviver no Pantanal mantendo a higidez;
  • dominar técnicas natatórias de emprego militar no meio aquático do Pantanal;
  • conhecer e aplicar as técnicas de orientação e navegação no Pantanal;
  • conhecer e empregar o material e o equipamento utilizados nas operações no Pantanal;
  • planejar e comandar ações de patrulha em nível Pelotão e Grupo de Combate;
  • reagir de pronta-resposta, seja pelo fogo ou corpo a corpo, diante de ações fortuitas e aproximadas do inimigo;
  • resistir a esforços físicos, orgânicos e psicológicos de forma intensa e prolongada;
  • executar operações no contexto de defesa externa na região do Pantanal;
  • executar operações específicas na região do Pantanal, no contexto de intensificação da presença da Força na faixa de fronteira;
  • avaliar, prioritariamente, atributos da área afetiva como coragem, decisão, iniciativa e liderança.


O Estágio de Operação no Pantanal é divido em três fases distintas. A primeira, denominada “Vida no Pantanal”, tem as instruções voltadas para a sobrevivência em ambiente pantaneiro; a segunda, de “Técnicas Especiais”, em que são ministradas instruções de comunicações, orientação e técnicas fluviais e aeromóveis; e, por fim, a terceira destina-se às Operações em Ambiente Pantaneiro, na qual os estagiários são avaliados no planejamento e execução da infiltração, bem como no cumprimento da missão e retraimento à base de operações. Essas fases têm a duração de quatro semanas, divididas em 572 horas de instrução. O adestramento da Força Terrestre é um dos componentes do poder combativo da tropa, sendo este uma resultante da união de diversos fatores, dentro dos quais destacam-se o homem com seus valores morais e sua capacitação técnico-profissional, além do material com suas possibilidades e limitações.











Fonte: 17º Batalhão de Fronteira (17º B Fron), Via Agência Verde-Oliva

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