Efetividade do sistema de armas do A-29 Super Tucano é testado durante o EXTEC |
Por: Redação OD
O silêncio da selva amazônica dá lugar ao som dos motores dos A-29 Super Tucano e das explosões dos armamentos lançados por eles. Foi assim que começou no dia 21 de maio o Exercício Técnico (EXTEC) Ar-solo 3° Grupo, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), localizado na Serra do Cachimbo, sul do Estado do Pará. Durante 45 dias, cerca de 250 militares e mais de 20 aeronaves dos esquadrões do 3° Grupo de Aviação realizam treinamento e qualificação em emprego de armamento aéreo contra alvos no solo. O exercício conta ainda com uma equipe do 7°/8° GAV (Esquadrão Harpia) que prestará o apoio para eventuais missões de Busca e Salvamento. Sediados, respectivamente, em Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS), os Esquadrões Escorpião (1°/3° GAV), Grifo (2°/3° GAV) e Flecha (3°/3° GAV), têm a oportunidade de verificar a efetividade dos pilotos e dos sistemas de armas das suas aeronaves A-29 Super Tucano, seja com armamento de exercício ou real.
Treinamento de forma sequencial permite ganho operacional e maior economia |
No
EXTEC, ainda realizam missões constantes no Curso de Formação de
Líderes de Esquadrilha de Caça (CFLEC) e mantém o adestramento do
pessoal de manutenção quanto à preparação e operação de
armamento real. Durante o dia ou à noite, com a utilização de
óculos de visão noturna, os pilotos realizam bombardeios de grandes
altitudes (acima de 3000m), de média altitude (entre 1500m e 3000m)
e rasantes (abaixo dos 1500m). Para isso, utilizam bombas de
exercício - apenas com sinalização do local do impacto -, inertes
e reais. Os participantes ainda lançam foguetes SBAT-70 e executam
tiro terrestre, utilizando metralhadoras municiadas com cartuchos
.50. Os militares também cumprem missões como Controladores Aéreos
Avançados (CAA), quando assumem missões de, exclusivamente,
detectar, localizar e identificar alvos visualmente no campo de
batalha e coordenam o ataque por aeronaves táticas contra estes
alvos.
Pilotos realizam bombardeios durante a noite com óculos de visão noturna |
O
Comandante da Ala 7, em Boa Vista (RR), e Diretor do Exercício,
Coronel Aviador Eric Breviglieri, explica que o treinamento dos
Esquadrões Aéreos de maneira sequencial permite um ganho
operacional e uma maior economia dos meios de logística do EXTEC.
"Esse conceito beneficia o uso de aeronaves de apoio, facilita o
planejamento de hospedagem nas dependências do CPBV e, ainda,
permite às equipagens realizar um número maior de surtidas",
afirma. Segundo o Coronel Breviglieri, o exercício também é uma
oportunidade para os militares especialistas em material bélico
manusearem e prepararem aeronaves para utilização de armamento real
e para os pilotos analisarem os resultados dos seus empregos em ações
de Força Aérea. "Essa é uma excelente conjuntura para avaliar
o desempenho do binômio homem-máquina", conclui o coronel.
Fonte: CECOMSAER - Fotos:
Tenente Renato / Ala 5
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