Por: Redação OD
Entre os dias 23 e 27 de outubro, foi realizada a segunda fase da Avaliação Operacional (AVOP) do helicóptero H-36 (H225M) Caracal da Força Aérea Brasileira (FAB). A operação foi sediada na Ala 12 (antes BASC), no Rio de Janeiro (RJ). A avaliação teve como objetivo testar o sistema de guerra eletrônica da aeronave que equipa não só a versão operacional da aeronave H-36 da FAB, mas também a do Exército Brasileiro (EB) e da Marinha do Brasil (MB). Os
helicópteros operacionais das três Forças contam com um sistema de
guerra eletrônica chamado Eletronic Warfare System (EWS).
O EWS é um sistema que detecta e identifica sinais advindos de
eventuais ameaças que utilizam energia direcionada de parte do
espectro eletromagnético. Assim, este sistema nega ao oponente a
vantagem no combate, uma vez que permite o aumento da consciência
situacional da tripulação e a utilização de contramedidas
eletrônicas para despistá-lo. “A
Avaliação Operacional é a parte do processo de compra de um meio
aéreo que testa as características da aeronave em um ambiente
simulado, visando a garantir a qualidade e operacionalidade do vetor.
Os resultados obtidos por meio desta avaliação apontarão as
discrepâncias que serão trabalhadas em parceria com o Consórcio
Airbus Helicopter e Helibras para melhorar as capacidades da
aeronave”, afirmou o Tenente-Coronel Engenheiro Ronaldo Vieira
Cruz, responsável pela Gerência Técnica do Projeto H-XBR.
Para testar o sistema, foi simulado um cenário com várias ameaças nas instalações do Centro de Avaliações do Exército Brasileiro (CAEX). Como ameaças, foram utilizados equipamentos do próprio Exército: o radar SABER M60 e o lançador de míssil RBS 70, ambos do 1º Grupo de Artilharia Antiaérea, além do carro de combate antiaéreo Gepard da Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea. Também foi utilizado o radar de uma aeronave F-5M do 1º Grupo de Aviação de Caça da FAB. O
planejamento e execução da avaliação foram realizados pelo
Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), com a supervisão da
Gerência Técnica do Projeto H-XBR do Departamento de Ciência e
tecnologia da Aeronáutica (DCTA). Os voos foram realizados com o
apoio de aeronaves e tripulação do 3º/8º GAV e com a ajuda de
outras unidades operadoras do H-225M: o 1º/8º GAV (FAB) e o 1º
Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx).
Neste
cenário, foi possível avaliar as capacidades do sistema instalado
no H-36 numa simulação de ambiente de guerra, com recepções
simultâneas em várias frequências e com a ejeção dos
despistadores de radar (Chaff) e de mísseis (Flare). A avaliação
foi realizada com esforço conjunto entre FAB e EB, que contou com o
apoio do Grupo de Ensaios e Avaliações do CAvEx (GEA – CAvEx)
para coordenar os meios do EB. Por parte da FAB, além dos meios já
citados, também foi realizado o acompanhamento das discrepâncias
por representantes do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial
(IFI) e o apoio logístico foi fornecido pela Ala 12, pelo Grupamento
de Apoio dos Afonsos (GAP-AF) e pelo Parque Aeronáutico de São
Paulo (PAMA-SP).
FONTE: CECOMSAER
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