Por: Redação OD
As Indústrias Nucleares do
Brasil (INB) estão se preparando para entrar na 2ª fase do enriquecimento
isotópico de urânio. Atualmente, a usina de enriquecimento da INB, localizada
em Resende, RJ, possui seis cascatas de ultracentrífugas em operação, atendendo
cerca de 40% das necessidades de Angra 1. Após concluída a fase atual de
implantação da Usina – primeira etapa –, com a construção e entrada em operação
de mais três cascatas, serão atendidas 100% das necessidades de urânio
enriquecido da usina de Angra 1 e 20% de Angra 2.
Os
detalhes desta 2ª Fase do enriquecimento
isotópico de urânio no Brasil vão ser detalhados pelo próprio presidente da
INB, João Carlos Derzi Tupinambá, durante sua participação no VII Seminário Internacional de Energia
Nuclear (SIEN 2016), que acontece nos próximos dias 20 e 21 de setembro, no
Centro Cultural FGV, no Rio de Janeiro. O presidente da INB participa de um
painel que vai debater o tema“Combustível nuclear – como gerar novos negócios e
oportunidades para o Brasil”.
Recentemente,
a INB anunciou a exportação, pela primeira vez, de urânio enriquecido para a
Argentina. O contrato, assinado com a empresa estatal argentina Combustibles
Nucleares Argentinos S.A. (Conuar), prevê a exportação de quatro toneladas de
pó de dióxido de urânio (UO2) para serem
utilizadas na carga inicial de combustíveis do reator modular argentino Carem. Além do Brasil, apenas outros 11 países dominam o ciclo de enriquecimento do
urânio.
A tecnologia utilizada na
unidade da INB em Resende é a de ultracentrifugação para enriquecimento
isotópico do urânio, que foi desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em
São Paulo (CTMSP), em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e
Nucleares (IPEN/CNEN). Segundo João Carlos Derzi Tupinambá, esse primeiro
fornecimento ao país vizinho, “além de ser um marco nas relações
Brasil-Argentina, consolida a presença da INB, e portanto do Brasil, no cenário
internacional do enriquecimento de urânio para fins pacíficos”.
SIEN2016 debate novo modelo
Os
temas de vários painéis e palestras do Seminário Internacional de Energia
Nuclear – SIEN 2016 já estão definidos. O SIEN 2016 terá como tema central “Um
Novo Modelo de Financiamento para o Negócio Nuclear no Brasil”. Através de
painéis e palestras, o Seminário irá trazer discussões sobre a política nuclear
no Brasil, os desafios para o desenvolvimento e gestão do setor no país, novas
tecnologias e soluções para construção e operação de usinas nucleares, bem como
os diversos usos da radiação para fins pacíficos.
O
SIEN 2016 tem por objetivo
dinamizar o debate e apresentar soluções e novas tecnologias para o
desenvolvimento nuclear, criando um espaço importante para a discussão e
intercâmbio técnico-profissional, além de um ambiente favorável para a realização
de negócios. O Seminário chega à
sétima edição como uma referência na discussão nuclear, reunindo empresas
brasileiras e internacionais, autoridades do governo, agências internacionais,
técnicos e gestores da cadeia industrial do setor, universidades, institutos de
pesquisa, associações técnicas, profissionais e empresariais, entre outros
segmentos. O evento, promovido
anualmente pela Planeja & Informa Comunicação e Casa Viva Eventos, contará
este ano com a parceria da FGV Energia, Centro de Estudos e Pesquisas da
Fundação Getúlio Vargas.
No painel que debaterá o
tema principal do SIEN 2016 estarão, entre outros, o especialista Otávio
Mielnik, da Fundação Getúlio Vargas; Leonam dos Santos Guimarães, Diretor de
Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear; Luiz Alberto da Cunha
Bustamante, consultor legislativo do Senado Federal para a área de Minas e
Energia, e Antonio Ferreira Muller, presidente da Associação Brasileira para
Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN).
As discussões sobre “Experiências e modelos de parcerias para gestão,
construção e operação no setor nuclear” contarão com a participação de Orpet
Peixoto, diretor da AF Consult, empresa que atua em 80 países e está presente
no Brasil desde 2012 na atividade de engenharia consultiva com foco nas áreas automotiva, de celulose e de
energia nuclear. O painel terá também um representante da estatal russa de
energia nuclear Rosatom e da francesa Areva / Atmea, líder global em energia
nuclear e renovável.
O
Vice-Almirante Ney Zanella dos Santos e o Contra-Almirante Luciano Pagano,
respectivamente diretor presidente e diretor comercial da Amazul, apresentarão
as atividades de projetos de instalações nucleares da empresa, criada em 2013 com o objetivo de promover,
desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades do
Programa Nuclear da Marinha (PNM), do Programa de Desenvolvimento de Submarinos
(PROSUB) e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB). Vale lembrar que a tradicional
visita técnica que encerra o SIEN será este ano ao Estaleiro e Base Naval de
Submarinos (EBN) da Marinha do Brasil, em Itaguaí, região metropolitana do Rio,
onde está sendo implementado o Prosub.
As inscrições para o SIEN
2016 podem ser feitas pelo e-mail inscricao.planeja@gmail, www. sienbrasil.
com e telefones (5521) 2215-2245 / 2244-6211. As empresas interessadas em
participar do evento e da EXPONUCLEAR como patrocinadoras ou trazendo suas
tecnologias para a mesa de debates, podem entrar em contato com a Planeja
e Informa Comunicação e Marketing através do e-mail informacoes@sienbrasil.com-
telefone: (55 21) 2215-2245. Sócios da Associação Brasileira de Energia Nuclear
(Aben), da ABDAN, da FEBRAE e do Instituto de Engenharia, da ABCE, da ABRAGET e
da ANACE têm 10% de desconto na inscrição. Já estudantes contam com 50% de
desconto.
FONTE: Primeira Linha Comunicações
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