Por: Alessandro Visacro
Muito embora seja incontestável a subordinação da guerra à política, na estrita acepção de Clausewitz, limitar seu entendimento apenas a essa relação de subordinação obscurece o fato de que, antes de ser um fenômeno político, a guerra é também um fenômeno social. Essa assertiva, aparentemente trivial, leva-nos à conclusão de que transformações na conduta da guerra são, antes de tudo, decorrentes de transformações sociais. No momento em que a humanidade deixa a era industrial para ingressar na era da informação, passando por rápidas e profundas alterações, há que se procurar entender, de forma objetiva, como essas mudanças afetam a natureza dos conflitos armados e impõem necessariamente uma redefinição e uma ampliação das agendas nacionais de segurança e defesa.