quarta-feira, 15 de agosto de 2018

“Vigilante Noturno” ou "Avião do Pesadelo" : Boeing E-4B que trouxe secretário de Defesa ao Brasil possui segredos nucleares


Por: Redação OD

O avião que trouxe ao Brasil o secretário de Defesa norte-americanoJames Mattis, transporta muitos segredos. Conhecido como “Vigilante Noturno” ou E-4B Nigthwatch, é um Boeing 747-200 convertido para abrigar, em qualquer tempo ou situação, o Centro Nacional de Comando Aerotransportado – uma espécie de sala de guerra aérea. De dentro dele, com seus principais consultores e muitos técnicos, Mattis pode acionar a gigantesca máquina de combate dos EUA; incluídos os 450 mísseis nucleares intercontinentais Minuteman, instalados em silos subterrâneos, e todos os Trident embarcados em submarinos nucleares. Tudo isso no caso, por exemplo, de um ataque que atinja e impeça a atuação do presidente e do vice.

A aeronave já teve outros nomes não oficiais, como Avião do Pesadelo e, depois Limite Final. Para os controladores de voo, ele se identifica como Edge Eleven (11). Embora haja configurações que permitam embarcar acima de 110 passageiros, a tripulação fixa não passa de 48 pessoas. O E-4B, tem a capacidade de ser reabastecido no ar e durante um teste, ele permaneceu 35 horas em voo contínuo, a uma altitude de até 14 mil metros. Em operação regular, o alcance da aeronave que mede 70 mts e pesa 360 tons é de 11 mil km. Quando voa sobre areas de risco, é escoltado por caças supersônicos F-15 Eagle, acionados a partir de unidades em terra, ou F/A-18 Super Hornet, saídos de porta-aviões. O vigilante não possui armas e sua defesa é feita por meio de sistemas eletrônicos de despistamento de mísseis eventualmente lançados contra a aeronave. 

Em Brasília, o E-4B ficou estacionado na Ala 1 – antes conhecida como Base Aérea de Brasília, junto ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, acompanhado de ao menos um imenso cargueiro C-17 Globemaster que transporta o veículo blindado usado pelo secretário nos deslocamentos em terra dentre outros carros e, às vezes, também um helicóptero Black Hawk, mais suprimentos e equipamentos especiais. Há quatro aeronaves E-4B em operação a partir de um esquadrão especializado da base de Offutt, em Nebraska. Um deles viaja sempre acompanhando o presidente dos EUA em visita a áreas de tensão. 


Nesses destinos, é mantido em um terminal alternativo ao do imponente e menos agressivo Air Force One, o Boeing 747 usado pela comitiva da Casa Branca, ligado a geradores e com todos os recursos eletrônicos funcionando. De acordo com um ex-engenheiro da Força Aérea americana, é “fundamentalmente um posto de comunicações com capacidade para atingir qualquer pessoa ou instituição em qualquer lugar do mundo”. É um equipamento caro, onde cada um dos quatro aviões teve um custo inicial de US$ 250 milhões em valores de 1998. Em 2005, a Boeing recebeu um contrato de US$ 2 bilhões para desenvolver um amplo programa de cinco anos para modernização da frota.

*Com informações do Jornal Estadão, Por Roberto Godoy

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