Por: Redação OD
Criado
em 20 de janeiro de 1941, o então Ministério da Aeronáutica –
gérmen do atual Comando da Aeronáutica (COMAER) – agregou as
missões de Controlar, Defender e Integrar o País, ações que até
hoje compõem a identidade da Força Aérea Brasileira (FAB),
remetendo ao DNA da instituição, criada há 77 anos.
Defender
As
histórias da criação do Ministério da Aeronáutica e da
participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial se confundem.
Apenas três anos após o início do conflito entre o Eixo e os
Aliados - que foi de 1939 até 1945 - a instituição entrou na
guerra, culminando na criação do Primeiro Grupo de Aviação de
Caça (1º GAvCA). Comandado pelo então Major Nero Moura, em 1943, o
grupo realizou um treinamento preliminar de sete meses nos Estados
Unidos.
Com a aeronave escolhida, o P-47 Thunderbolt, os brasileiros desembarcaram na Itália em outubro de 1944 e começaram a combater no mês seguinte. Foram mais de 440 missões de guerra. Os militares que constituíam a unidade eram todos voluntários: esse foi o primeiro critério de Nero Moura para a seleção dos combatentes. O dia 22 de abril do ano seguinte marcou o maior número de missões realizadas em solo italiano por pilotos brasileiros no conflito: foram 44 missões em um só dia e, por isso, é relembrado até hoje como o Dia da Aviação de Caça.
Um
marco relevante na missão de Defender veio na segunda metade da
década de 1970, quando o País – por meio da Embraer – fechou
uma parceria com a Itália para o desenvolvimento de um caça
subsônico ítalo-brasileiro, o AMX. O acordo foi assinado em 1981 e
o avião voou pela primeira vez três anos depois, na Itália. No dia
16 de outubro de 1984, o primeiro protótipo brasileiro alçou voo em
São José dos Campos (SP) e, após incorporado aos esquadrões da
Força Aérea Brasileira (FAB), substituiu os AT-26 Xavante, nas
missões de ataque ao solo. Coexistindo com o AMX –
aeronave modernizada em 2013 e que na Força Aérea Brasileira também
é conhecido como A-1M – outro importante vetor de defesa aérea
foi o caça francês Mirage 2000.
Atualmente, além dos A-1M, as
aeronaves responsáveis diretamente na missão precípua de Defender
são os A-29 Super Tucano e os F-5M. De
olho no futuro, a Força Aérea se prepara para receber uma nova
aeronave de caça – o Gripen NG - em um projeto que envolve a
indústria nacional, coordenada pela Embraer, e a empresa sueca Saab,
que participam de um abrangente programa de transferência de
tecnologia. O futuro caça passará a fazer parte da Força Aérea Brasileira nas missões de Defender
o cenário de 22 milhões de quilômetros quadrados – a Dimensão
22.
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