terça-feira, 4 de outubro de 2016

Geração Jihad levará Europa à guerra civil, afirma estudioso



Por: Redação OD.


Gilles Kepel, um professor de ciência política da universidade francesa Sciences Po (Instituto Parisiense de Estudos Políticos), afirmou que a terceira geração de jovens muçulmanos está sendo cada vez mais radicalizada e pode levar o continente a uma guerra civil. Ele afirmou que uma geração inteira se tornou adepta dos movimentos salafistas e wahabistas, cujo objetivo não é o de apenas conquistar a Europa, mas também o de eliminar a oposição islâmica mais moderada.

Em entrevista ao Die Welt, Kepel prevê que o crescente número de muçulmanos, que estão formando o que ele chama de "Geração Jihad", provavelmente continuará a cometer atos de terror nas cidades europeias. Ele afirmou que o objetivo do terror não é o de apenas provocar uma mudança política, mas também o de incitar ódio do resto da sociedade contra os muçulmanos, o que levaria a uma radicalização ainda maior de muçulmanos, atingindo um ponto que levaria a Europa a uma guerra civil total.
O objetivo a longo prazo da Geração Jihad é destruir a Europa através da guerra civil e, em seguida, construir uma sociedade islâmica a partir das cinzas, disse Kepel.
Kepel diz que a maioria dos muçulmanos não participa ativamente do terrorismo nem está  envolvidos a grupos terroristas. Contudo, o crescimento do salafismo entre os jovens significa que a terceira geração de muçulmanos é muito mais propensa a participar de grupos radicais.
Afirma que o salafismo e o wahabismo são ideologias perigosas, ao pregarem, por exemplo, que os ocidentais são "incrédulos", e ao encorajarem um caminho para a violência.
Na entrevista, o Kepel menciona a questão dos "muçulmanos moderados", notadamente os intelectuais islâmicos, afirmando que eles não estão fazendo o suficiente para combater a ideologia salafista e wahabista.

O estudioso afirmou que os imãs tradicionais têm o dever de rejeitar os ensinamentos salafistas e wahabistas, porém, a grande maioria permanece em silêncio sobre o assunto.




Fonte:

Nenhum comentário: