No palanque, Jungmann iniciou discurso onde destacou a participação da Força Naval nas Olímpiadas |
Por: Redação OD
Na cerimônia pelos 100 anos da Aviação Naval o ministro da Defesa, Raul
Jungmann, prestou homenagem, nesta sexta-feira (26), ao capitão-de-corveta Igor
Bastos, desaparecido após acidente na Base Naval de São Pedro da Aldeia (RJ).
Jungmann também destacou o trabalho de cerca de 8 mil militares da Marinha
durante a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016. “Faço uma sincera e emocionada homenagem ao Capitão-de-Corveta Igor
Bastos, ainda desaparecido no mar após acidente ocorrido em treinamento.
Estendo meus sentimentos a seus familiares e irmãos de farda”, disse o
ministro.
Segundo Jungmann, “essa lembrança traz a mim o dever de agradecer e
cumprimentar enfaticamente todos tripulantes aeronavais brasileiros por seus
sacrifícios, por seu profissionalismo, por sua abnegação e dedicação à Pátria.
Parabéns a todos os aviadores que protegem, do ar, a nossa soberania no mar”.
Aviação naval
O ministro Raul Jungmann e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas (EMCFA), almirante Ademir Sobrinho, seguiram no início da manhã para a
base naval, na região dos Lagos do estado do Rio. No desembarque, a comitiva
foi recebida pelo comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal
Ferreira, e o comandante de Operações Navais, almirante Sergio Roberto
Fernandes dos Santos.
Ministro Jungmann passou em revista as tropas em homenagem aos 100 anos da Aviação Naval |
Depois, deslocou-se para o início do dispositivo onde passou em revista
as tropas. No palanque, Jungmann iniciou discurso onde destacou a participação
da Força Naval nas Olímpiadas. “A Marinha colocou à disposição dos jogos
8 mil homens e mulheres e não poderia deixar de me referir ao comandante da
Marinha, almirante Leal Ferreira, ao chefe do EMCFA, almirante Ademir, e ao
comandante do 1º Distrito Naval, almirante Leonardo Puntel, que estiveram ombro
a ombro enfrentando aquele desafio”, destacou o ministro.
Em seguida, Jungmann falou sobre a cerimônia que transcorria na base
naval: “A Aviação Naval no Brasil começou com a criação da Escola de Aviação
Naval na Ilha das Enxadas, no Rio de Janeiro, em 1916. Ainda não se haviam
passado 10 anos desde que o 14 Bis de Santos Dumont levantara voo em Paris, em
1907, quando o pioneirismo e o entusiasmo de outro brasileiro, o
primeiro-tenente Jorge Henrique Möller, impulsionaram o surgimento da aviação
militar no Brasil”, destacou o ministro.
“A Aviação Naval é fundamental para a Esquadra, para o desenvolvimento
de nosso País e para a defesa da Amazônia Azul. Somadas aos recursos pesqueiros
de nossas águas, as riquezas localizadas na Amazônia Azul elevam o Brasil a um
novo patamar de reservas e produção de petróleo e gás natural. É no marco da
proteção desses recursos que a Marinha do Brasil vem aprofundando seus projetos
estratégicos, notadamente aqueles que se baseiam no desenvolvimento de
tecnologias e produtos de defesa nacionais. Mas a Marinha do futuro precisa,
sempre, lembrar e louvar o seu passado”, disse Jungmann.
Em sua mensagem lida durante a cerimônia, o almirante Leal Ferreira
também deu ênfase sobre a importância da aviação da Marinha. Na ordem do dia, o
comandante Força Aero Naval, almirante Sérgio Nathan Marinha Goldstein,
apresentou o histórico da aviação. “O sonho dos pioneiros de criarmos um braço
aéreo em apoio a nossa Marinha escreveu belos e valorosos capítulos de
superação, com a perda de companheiros que sacrificaram a própria vida em prol
de um ideal”, ressaltou o almirante.
“Porém, a nossa história é de contínua evolução. Ao olharmos o futuro
perceberemos a necessidade de nos atualizar, com a renovação de nossos meios.
Assim é que a Marinha adquiriu os novos helicópeteros SH-16 “Seahawk” e UH-15
“Super Cougar”, iniciou a modernização dos AH-11ª “Super Lynx” e dos AF 1ª/B
“Skyhawk”, bem como planeja substituir os valorosos UH-12/13e o IH-6B, haja
vista o término de vida útil”, afirmou o almirante.
Selos, medalhas e livros
Durante a cerimônia também ocorreu a entrega de Diploma do Mérito Naval.
Num parceria com o Correios, foi feito o lançamento de selo comemorativo aos
100 anos da Aviação Naval. Coube a Casa da Moeda apresentar e lançar a medalha
em ouro e em prata também alusiva à data. Já a Fundação Getúlio Vargas (FGV) produziu um livro comemorativo aos
100 anos da Aviação da Marinha. O evento foi encerrado com desfile das tropas
da base naval e o sobrevoo de helicópteros e um caça AF-1 do Esquadrão VF Uno.
O comando da Força Aeronaval tem hoje 62 helicópteros e 22 aviões.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom), Por Roberto Cordeiro | FOTOS: Tereza Sobreira
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