quinta-feira, 26 de julho de 2018

Marinha do Brasil recebe sua primeira lancha Raptor 888 que vai patrulhar o lago de Itaipu junto a tríplice fronteira

Unidade atuará no combate aos crimes transfronteiriços e na segurança de pontos estratégicos na região
(Foto: Divulgação )
Por: Redação OD

A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 8.º Distrito Naval (Com8DN) e da da Capitania Fluvial do Rio Paraná (CFRP), apresentou junto a comunidade do Oeste paranaense no último dia 23 de julho a sua mais nova aquisição, a Lancha 888 Raptor “Poraquê” de fabricação nacional pela empresa DGS Defense. A embarcação Multimissão de possui como características a: alta velocidade, a blindada, ser antichamas e com casco resistente à impactos, fora projetada e concebida para fornecer mobilidade tática com suporte de fogo em ambientes litorâneos e ribeirinhos às equipes nela embarcada. Esta lancha vai reforçar as ações de fiscalização do tráfego aquaviário e a presença do Estado brasileiro no Lago de Itaipu.

O Comandante do 8.º Distrito Naval (Com8DN), Vice-Almirante Antonio Carlos Soares Guerreiro, teve a honra e o privilégio de apresentar a lancha “Poraquê” durante a solenidade na Patromoria da CFRP em Foz do Iguaçu - cidade na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. O evento, que contou com a presença de autoridades militares e civis, principalmente de representantes de forças militares e policiais que devem operar em conjunto com os militares da Marinha do Brasil a nova lancha.  Entre estas instituições, destacam-se: o Exército Brasileiro, o Núcleo Especial de Polícia Marítima da Polícia Federal (NEPOM-PF), o Batalhão de Polícia de Fronteira da Polícia Militar do Paraná (BPFronPM-PR), e a Receita Federal. 

A Lancha Raptor 888 “Poraquê” será empregada prioritariamente no Lago de Itaipu, formado pela barragem da Usina Hidrelétrica da Itaipu Binacional com cerca de 170 Km de extensão e uma área de aproximadamente 1.350 Km² na fronteira entre Brasil e Paraguai. O investimento na unidade fora de cerca de R$ 1,5 milhão junto a DGS Defense, o qual foi realizado pelo Comando do 8.º Distrito Naval para assegurar a capacidade de projeção de poder nas águas interiores, e garantir meios operativos fluviais em permanente condição de pronto emprego para a defesa dos interesses do Brasil e de instalações de interesse nacional sensíveis, como a Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional.

Raptor 888 "Poraquê"

A Poraquê tem a capacidade de desenvolver velocidade de até 70 Km/h, tem uma a cabine totalmente blindada para a proteção de até quatro militares, e pode ser armada com uma metralhadora MAG calibre 7,62mm. O fabricante informa que o casco tem como matéria prima um composto termoplástico híbrido de alto peso e ultra-alto peso molecular. Segundo a DGS Defense, a embarcação conta com a propriedade de retardante de chamas, elevada flutuabilidade, baixo calado, e está preparada para absorver choques típicos da navegação ribeirinha, como pedras e galhos. 

A nova lancha é equipada ainda com radar e câmera térmica, além de ter sido desenvolvida com o objetivo de conferir furtividade à navegação a fim de contar com o elemento surpresa nas ações transfronteiriços no Lago de Itaipu, principalmente em patrulhamento no local e operações interagências para o combate aos crimes, como o contrabando e o tráfico de drogas e armas. O nome “Poraquê” é originado em um peixe fluvial popularmente conhecido como Enguia Elétrica ou Peixe Elétrico, o qual é carnívoro e habita rios e lagos de águas calmas da Bacia Amazônica e produz uma corrente elétrica de até 600 volts, carga suficiente para matar um cavalo adulto. 

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