sexta-feira, 28 de abril de 2017

Fuzileiros Navais realizam em Itaóca o exercício "Adest Batalhão de Proteção I - 2017" visando a preparação do 26º contigente ao Haiti


Por: Redação OD

Entre 19 e 30 de abril acontece em Itaóca, no Espírito Santo, o exercício Adest Batalhão de Proteção I - 2017, o treinamento final dos 175 componentes do 26º Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), nos procedimentos pertinentes a uma Força de Paz da ONU. Este será o último grupamento a ser enviado ao País.

O treinamento é realizado em duas etapas: uma fase de oficinas e uma fase tática, que envolve simulações, a fim de tornar o exercício o mais próximo da realidade que será vivenciada na missão. Nos dias 27 e 28 de abril os militares realizarão a maior parte dos adestramentos da fase tática, com ações de cerco e vasculha mento, controle de distúrbios e patrulhamentos a pé, mecanizado e motorizado. 


No dia 28 de abril uma comitiva composta por integrantes do Ministério da Defesa (MD) e um coronel paquistanês da ONU iriam visitar a área de exercícios, com o propósito de observar as capacidades brasileiras que podem ser disponibilizadas em missões de paz, porém, o mau tempo do RJ e ES impossibilitaram a visita, uma vez que o deslocamento se daria por helicóptero. Essa visita faria parte de um calendário de visitações propostas pelo MD, portanto eles farão outras visitações, mas no âmbito do Exército.

A atuação da Marinha Brasileira no Haiti

A MINUSTAH, foi estabelecida pela Resolução n° 1.542, de 30 de abril de 2004, por um período inicial de seis meses, para aplicação militar de um contingente de, aproximadamente, 6.200 militares e 1.400 policiais civis, visando garantir um ambiente seguro e estável no Haiti, a fim de contribuir com as demais ações humanitárias, civis e políticas da ONU. 


Em 1º de junho de 2004, a Marinha do Brasil, por intermédio da Força de Fuzileiros da Esquadra, completou o primeiro embarque de meios e pessoal, por um período aproximado de seis meses. O Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais-Haiti do 1º Contingente, nucleado em torno do Batalhão Paissandu, totalizou um efetivo de 234 militares. Até setembro de 2005, o Brasil foi o país que contribuiu com o maior efetivo a serviço da MINUSTAH. 

Os Fuzileiros Navais instalaram-se em uma base própria, denominada Acadêmica Raquel de Queiroz, localizada em área adjacente ao aeroporto de Porto Príncipe. A partir do 6º contingente, o Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais no Haiti passou a controlar setor Norte da capital haitiana, ficando o centro e o sul de Porto Príncipe a cargo do Exército Brasileiro. Em 2014, a resolução 2180 do Conselho de Segurança da ONU reduziu em mais de 2200 componentes o efetivo da MINUSTAH. Contudo, foi mantido o Contingente Brasileiro, ratificando o excelente trabalho que o Brasil realizou no País.


Duas catástrofes naturais atingiram o Haiti ao longo dos 13 anos de atuação das Forças Armadas brasileiras. No dia 12 de janeiro de 2010, um terremoto causou a morte de mais de 200 mil pessoas. O GptOpFuzNav-Haiti, 11º Contingente, que estava no fim de sua missão, prestou o apoio necessário para a manutenção de um ambiente estável, de maneira que pudesse ser prestada toda a Ajuda Humanitária possível. Em quatro de outubro de 2016 o País foi atingido pelo furacão Matthew, que causou inundações e deixou várias famílias desabrigadas no sul do país. 

Devido a sua capacidade expedicionária, os Fuzileiros Navais do 24º Contingente, atuando em conjunto com a Companhia de Engenharia do Exército Brasileiro, receberam a missão de se encaminhar até a região mais atingida, trabalhando noite e dia na desobstrução de estradas para a chegada de assistência. No dia sete de outubro um pelotão de Fuzileiros Navais foi a primeira tropa a conseguir chegar, por terra, à cidade de Jeremy, a mais afetada pela catástrofe.


Os integrantes do 26º Contingente começarão a seguir para o Haiti em 16 de maio. Os militares continuarão o excelente trabalho que os Fuzileiros Navais da “Força que vem do Mar” vêm realizando no local há mais de 12 anos, ficando também responsáveis pela desmobilização da Base de Fuzileiros Navais Acadêmica Rachel de Queiroz.

FONTE: Força de Fuzileiros da Esquadra/ Fotos: Sub Oficial (FN-MO) Marcílio

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