quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Forças Armadas retornam a Rocinha em operação conjunta com a Polícia Militar


Por: Redação OD

As Forças Armadas voltaram a comunidade da Rocinha, na manhã de hoje (11), em apoio a Polícia Militar no segundo dia de operações de buscas pela mata que circunda a favela. A favela vem sendo palco de confrontos entre grupos criminosos rivais, que disputam o controle dos pontos de venda de drogas ilícitas na Rocinha, desde meados de setembro. A operação conjunta das Forças Armadas com a Polícia Militar, que acontece desde a terça-feira na Favela da Rocinha, continuará por tempo indeterminado. De acordo com o o subsecretário de Comando e Controle, Rodrigo Alves, até o momento foram presas 53 pessoas e 11 menores foram detidos.

Além disso, 16 pessoas morreram em confrontos com os policiais. Durante coletiva no Centro de Comando e Controle da Secretaria de Segurança, o subsecretário afirmou ainda que até o momento já foram apreendidos 29 fuzis, cinco espingardas, 25 pistolas, 36 granadas. Logo que começaram os confrontos entre criminosos, a polícia passou a reforçar a ocupação da Rocinha, com policiais de outros batalhões, além da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). As Forças Armadas ficaram uma semana na comunidade.


Em entrevista a uma radio, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, reafirmou que as Forças Armadas não irá ficar de prontidão na Rocinha. Não há a intenção de permanecer na Rocinha. Nós atuamos por demanda, ajudamos a estabilizar a situação, fizemos cerco, não entramos em combate. Se nós fossemos com as Forças Armadas combater o crime organizado nós destruiríamos a Rocinha. Quem sobe com mandado de busca e apreensão e de captura são as forças policiais. Forças Armadas exercem papel de apoio”, disse.

Questionado se não existiria uma falta de planejamento das ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro, o ministro se defendeu e disse que é o governador Luiz Fernando Pezão quem solicita o contingente de segurança. Segundo Jungmann, foi criada uma força de ação rápida para, em até duas horas, atender emergências. “O ideal é que se planeje antecipadamente, mas não tivemos tempo para isso”. Assim como na terça, as Forças Armadas fazem uma ação de varredura em localidades como Vila Verde. Segundo o Porta-Voz do CML, Coronel Roberto Itamar, os militares estão equipados com detectores de metais, aparelhos operados pelas equipes de engenharia militar. Durante a madrugada desta quarta-feira, não houve registro de confrontos nem tiroteios naquela região.

Senado aprova que Justiça Militar julgue militar que cometa crime contra civil


Uma vitória importante recebida pelos militares no dia de ontem (10/10), foi a aprovação pelos senadores do projeto que coloca a Justiça Militar como responsável por julgar crimes de militares contra civis em missões de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Atualmente, esses casos vão para a Justiça Comum. Um exemplo de missão desse tipo é a que as Forças Armadas estão realizando no Rio de Janeiro. Também estão incluídas situações em que o militar esteja cumprindo tarefas ordenadas pelo presidente da República ou pelo ministro da Defesa. Ainda, ações que envolvam a segurança de instituição ou missão militar. A matéria vai agora para sanção do presidente da República. No plenário da Casa Alta, foi aprovado por 39 votos a 8.

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