Por: Redação OD
As
Forças Armadas voltaram a
comunidade da Rocinha, na manhã
de hoje (11), em
apoio a Polícia Militar
no segundo dia de operações de buscas pela mata que
circunda a favela. A
favela vem sendo palco de confrontos entre grupos criminosos rivais,
que disputam o controle dos pontos de venda de drogas ilícitas na
Rocinha, desde meados de setembro. A
operação conjunta das Forças Armadas com a Polícia Militar, que
acontece desde a terça-feira na Favela da Rocinha, continuará por
tempo indeterminado. De acordo com o o subsecretário de Comando e
Controle, Rodrigo Alves, até o momento foram presas 53 pessoas e 11
menores foram detidos.
Além
disso, 16 pessoas morreram em confrontos com os policiais. Durante
coletiva no Centro de Comando e Controle da Secretaria de Segurança,
o subsecretário afirmou ainda que até o momento já foram
apreendidos 29 fuzis, cinco espingardas, 25 pistolas, 36 granadas.
Logo
que começaram os confrontos entre criminosos, a polícia passou a
reforçar a ocupação da Rocinha, com policiais de outros batalhões,
além da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). As Forças Armadas
ficaram uma semana na comunidade.
Em
entrevista
a
uma radio,
o ministro da Defesa, Raul Jungmann, reafirmou
que as Forças Armadas não irá
ficar de prontidão
na Rocinha. “Não
há a intenção de permanecer na Rocinha. Nós atuamos por demanda,
ajudamos a estabilizar a situação, fizemos cerco, não entramos em
combate. Se nós fossemos com as Forças Armadas combater o crime
organizado nós destruiríamos a Rocinha. Quem sobe com mandado de
busca e apreensão e de captura são as forças policiais. Forças
Armadas exercem papel de apoio”, disse.
Questionado
se não existiria uma falta de planejamento das ações das Forças
Armadas no Rio de Janeiro, o ministro se defendeu e disse que é o
governador Luiz Fernando Pezão quem solicita o contingente de
segurança. Segundo Jungmann, foi criada uma força de ação rápida
para, em até duas horas, atender emergências. “O ideal é que se
planeje antecipadamente, mas não tivemos tempo para isso”. Assim
como na terça, as Forças Armadas fazem uma ação de varredura em
localidades como Vila Verde. Segundo o Porta-Voz do CML, Coronel
Roberto Itamar, os militares estão equipados com detectores de
metais, aparelhos operados pelas equipes de engenharia militar.
Durante a madrugada desta quarta-feira, não houve registro de
confrontos nem tiroteios naquela região.
Senado aprova que Justiça Militar julgue militar que cometa crime contra civil
Uma
vitória importante recebida pelos militares no dia de ontem (10/10),
foi a aprovação pelos
senadores do
projeto
que coloca a Justiça Militar como responsável por julgar crimes de
militares contra civis em missões de GLO (Garantia da Lei e da
Ordem). Atualmente, esses casos vão para a Justiça Comum. Um
exemplo de missão desse tipo é a que as Forças Armadas estão
realizando
no Rio de Janeiro. Também estão incluídas situações em que o
militar esteja cumprindo tarefas ordenadas pelo presidente da
República ou pelo ministro da Defesa. Ainda, ações que envolvam a
segurança de instituição ou missão militar. A matéria vai
agora para sanção do presidente da República. No plenário da Casa
Alta, foi aprovado por 39 votos a 8.
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