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CV-17 Shandong, considerado pr muitos como um "navio-escola"... Imagem ilustrativa via CCTV. |
Por Yam Wanders.
Introdução
O crescimento militar da China realmente deve ser encarado com um mixto de admiração e reservas; no sentido da imparcialidade é admirável ver como a engenharia reversa funciona quando existe a vontade política aliada a recursos abundantes (sem se atentar em que "regime" os recursos humanos são "empregados"), e no campo da reserva, todos sabem que a China não nega o fato que esse crescimento militar será usado para sua expansão territorial marítima, a revelia de toda e qualquer lei internacional vigente e respeitada por todos os seus vizinhos.
Mas para a tranquilidade da geopolítica marítima do Mar do Sul da China, a realidade é que o crescimento naval chinês pode ser comparado a fábula do "tigre de papel" (tradução literal da expressão chinesa "zhǐ lǎohǔ" - 紙老虎) designa algo que é aparentemente ameaçador mas, na realidade, é inofensivo. Expressão essa que Mao Tse-tung usou para menosprezar o ocidente, em especial os EUA, hoje bem se aplica à Marinha de Guerra chinesa.
Mesmo com todo o evidente e/ou inegável crescimento chinês em diversos aspectos, todos indubitáveis, à exceção de alguns que vão desde a realidade interna precária para a grande maioria da população do interior, que ainda vive nos anos 50 e de que sua industria e capacidade naval não pode se igualar com a capacidade ocidental em todos os sentidos. Muitos se esquecem ou ignoram a natureza "atlântica dos eurodescendentes" americanos, e nesse campo específico da operação de porta-aviões, a China ainda terá muitas dificuldades em alcançar os mais de 80 anos de experiência em operações aeronavais dos EUA e de seus aliados atlânticos e até mesmo dos seus vizinhos asiáticos sob a égide dos EUA que também já operam seus "porta-aviões de bolso", como é o exemplo do Japão e Coréia do Sul, e em muito breve, uma "ilha porta-aviões" bem no extrêmo sul do Japão...