domingo, 23 de janeiro de 2022

Entre militares da OTAN a grande maioria não quer guerra com a Rússia

 

Imagem ilustrativa com arte via redação OD Europe.

Por Yam Wanders.

Desde o ano passado, o assunto geopolítico que domina o mainstream europeu depois da crise sanitária em seu vai e vem é a crise da Ucrânia, que obviamente tem apenas a narrativa de interesse globalista/progressita divulgada em toda a intensidade merecida, devido aos investimentos e interesses internacionais envolvidos.

Como é bem óbvio, todos sabem que o centro da questão nessa nova guerra fria vai além da simples disputa de infliuência nos países do leste europeu entre ocidente e a nova Rússia de Vladmir Putin, mas também é o gigantesco comércio de gás natural e petróleo, entre outros... Os dados sobre esse gigantesco mercado são facilmente encontrados na internet, sugiro aos interessados que façam um pouco de pesquisas e tirem suas conclusões.

Tratando do que é a Ucrânia, todos na OTAN sabem que o atual governo foi eleito de formas questionáveis, e que o atual presidente Volodymyr Zelensky é de lisura tão duvidosa quanto seu antecessor Víktor Fédorovych Yanukóvytch, porém a diferança é que ele é um dos "queridinhos" do progressimo globalista e ainda explora sua ascendência judaica com conveniência oportunista, acusando de antisemitismo à todos que o criticam, sem falar de ligações suspeitas com o empresário Hunter Biden, filho do presidente Joe Biden e outros banqueiros internacionais inescrupulosos.

O que realmente é digno de preocupação são os comentários que são observados pela comunidade de estudiosos e especialistas militares e geopolíticos independentes da Europa, sejam civis ou militares da reserva, que tem acesso à um certo nível de informações extra-oficiais relevantes que vem através de open sources (OSINT) ou de bons contatos dignos de fiabilidade nos meios políticos e militares. E essas informações muito exclarecedoras das realidades atuais, acabam também sendo muito assutadoras quando a análise é feita com as informações colhidas e comparadas com eventos passados.

Não faltam motivos para que a Europa e principalmente os militares, não queiram uma guerra contra a Rússia. Porém, pior que encarar os exércitos de Putin é tentar desafiar o establishement e o mainstream na atual Europa dominada pelo globalismo progressita. Que o diga o General Piquemal, o General De Villiers, o General Lecointre e agora o Contra-Almirante Kay-Achim Schönbach, entre outros menos conhecidos...

E quero deixar claro que não seria algo ético criticar os militares que são obrigados a cumprir ordens no tabuleiro do xadrês internacional, mas é obigatório para qualquer homem de bom senso criticar os que lideram os militares de forma incompetente e corrupta para seus fins escusos, e, as "mídias especializadas" que apenas replicam o que o mainstream publica, sem fazer análises imparciais dos fatos...

Abaixo, os motivos pelos quais uma grande maioria dos militares europeus e políticos ligados à OTAN não quer uma guerra contra a Rússia, seja por qual país que for:

1°- O grande receio de lutar uma guerra conduzida pelos mesmos políticos que não conseguiram acabar com o ISIS no Oriente Médio, com DAESH na Africa e o Talebã no Afeganistão.

Entre os estudiosos da geopolítica e defesa, uma linha de pensamento é unânime; "Perde a guerra não o exército mais fraco, mas o que começar a tomar decisões políticas primeiro..." (Frase antiga de autor desconhecido, mas comumente atribuida ao General Westmoreland durante a guerra do Vietnãm). E entre os militares europeus a inconformidade dos acontecimentos na guerra contra o terror iniciada nos primeiros anos do século XXI é a melhor justificativa para que a OTAN pare agora de procurar novas guerras enquanto não acontecer uma reestruturação das lideranças políticas que comandam a aliança ocidental.

Das campanhas da OTAN no Afeganistão, Iraque, Africa e Síria, tudo foi conduzido da forma mais política possível, com o grande disparate de militares lutando bravamente dentro e fora do terreno, e, políticos fazendo negociatas com o inimigo nos bastidores (vide operação Timber Sycamore e outras). E isso está servido de justificativa para que não seja defendida uma ação militar contra a Rússia, a não ser que realmente aconteça uma invasão de algum país europeu que já faz parte da OTAN e que não possui problemáticas de fronteiras com países de fora da aliança ( termo que inclusive é usado como regra maior para a negação da entrada da Ucrânia na aliança).

Na França, a piada com fundo de verdade é que; "se o presidente Macron eventualmente conduzir a França em uma guerra contra a Rússia da mesma maneira que conduziu os militares franceses contra o terrorismo islâmico, seria melhor preparar um vagão de TGV para receber Vladmir Putin e assinar um outro vergonhoso armistício, pois as tropas russas e de seus eventuais aliados tomariam a França em metade do tempo que a Alemanha Nazista o fez, isso se a Rússia não destruír Paris com um ataque nuclear antes e não sombrar mais nada para defender..."

2°- As problemáticas com a imigração ilegal, terrorismo islâmico assimétrico/híbrido e os "territórios perdidos" da República*.

Na Europa toda mas em especial na França, os problemas com a imigração ilegal e o terrorismo islâmico assimétrico/híbrido criou o já previsível surgimento dos "territórios perdidos". De Londres, passando por Paris e chegando a Berlim, quase todas as grandes cidades européias tem suas "No Go Zones", ou grandes bairros habitados por uma maioria de oriundos do Oriente Médio e Africa, onde a circulação de cidadãos europeus nativos não é aconselhada, a segurança é feita por "empresas" ligadas ao crime organizado, a Polícia não entra e os Bombeiros entram apenas com autorização dos chefes das gangues locais.

A França é o país da Europa que mais sofre com essa situação, e atualmente é considerado o país mais violênto da Europa Ocidental, com níveis de criminalidade urbana e terrorismo assimétrico/híbrido próximos aos de cidades da América Latina (dentro de suas devidas proporções).

No caso dos territórios perdidos, a França é recordista em quantidade e áreas abrangidas dos chamados "territórios perdidos da república" (termo criado pelo escritor Emmanuel Brenner em 2002 e reempregado pelo ex-ministro do interior francês Gérard Collomb).

Para os militares franceses, empregar tropas para outra aventura militar seja contra quem for, sem antes resolver os problemas internos e reais ameaças externas que colocam a segurança imediata da população francesa em risco é um diparate que condenará o futuro da vida civilizada na França e na Europa.

3° - O surgimento de potências emergêntes com sede de expansionismo político e territorial no Mediterrâneo.

Esse é outro assunto pouco ou nunca exibido pelas grandes mídias, exceto quando se tratar de tentar convencer o grande público da aceitação dos fluxos de migrantes ilegais que tentam "fugir" de seus países problemáticos.

O que os militares franceses e europeus em geral tem muito mais receio do que com a Rússia, com especial atenção para a Grécia, Itália, Malta, Chipre e Espanha é o eventual expansionismo de potências regionais emergentes que abertamente são expansionistas e beligerantes contra a Europa, como é o caso da Turquia (essa integrante da OTAN), da Argélia (uma das principais protetoras do Daesh na região do Sahel) e a problemática Líbia, esta última que pode se tornar um proxie da Turquia ou da primeira potência islâmica que entrar com mais dinheiro, ou tropas...

O muito bem armado (e armado pelo ocidente) Egito, também é digno das desconfianças européias, mas por enquanto estão sob controle, sabendo que sem uma boa relação com o ocidente a pobreza será certa...

Existe também a região da ex-Iugoslávia, com suas micro-nações que vivem em constante possibilidades de atritos sérios que podem sim a qualquer momento se transformar em guerra aberta e atrair o oportunismo de nações do mundo islâmico, devido a presença de minorias muçulmanas na região e também aos eslavos apoiados pela Rússia na região da Sérvia.

Todas essas regiões estão com uma grande falta de observação da União Européia e da OTAN, e consequentemente poderão gerar problemas para a Europa se não forem devidamente gerenciadas pela "diplomacia" do bloco europeu, preveninco assim mais conflitos desnecessários nas fronteiras continentais e marítimas européias.

Conclusões

Qualquer um tem todas as razões para desconfiar de Vladmir Putin, realmente ele não é nenhum santo. Mas pior que um "inimigo declarado" são os traidores disfarçados de aliados (leia-se globalistas/progressitas/socialistas), e isso infelizmente temos sobrando no ocidente.

A grosso modo de comparação, as ligações entre o atual presidente Biden e seu filho Hunter Biden com os empresários ucranianos do setor de gáz e petróleo são comparáveis às dos sheiks sauditas e kuwaitianos com os familiares do ex-presidente George W. Bush, os quais conhecidamente orquestraram a 2a Guerra do Golfo sob pretexto de "guerra contra o terror" e de busca e destruição de armas químicas que nunca existiram. A diferença é que dessa vez estão procurando encrenca com o "Urso errado..."

No final a grande problemática é que o ocidente continua a acreditar cegamente no mesmo mainstream, nas grandes mídias de TV e Internet, que recentemente nos venderam uma crise sanitária bem duvidosa, que estamos descobrindo aos poucos que foi apenas mais um dos grandes (senão o maior) golpes de manipulação midiática e política de todos os tempos, sob direção e patrocínio de uma grandiosa potência oriental comunista...

E então? Estão prontos para "comprar" a idéia de uma invasão russa iminente contra um país problemático da ex URSS, e provavelmente começar a terceira guerra mundial?


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Liberdade de expressão é apanágio da natureza racional do indivíduo[1] e é o direito de qualquer um manifestar, livremente, opiniões, ideias e pensamentos pessoais sem medo de retaliação ou censura por parte do governo ou de outros membros da sociedade. É um conceito fundamental nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral.

A liberdade de expressão é um direito humano, protegido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, e pelas constituições de vários países democráticos.

Segundo o artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos:

“ "Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras".

  • Por Yam Wanders, jornalista e analista geopolítico independente em Genebra/Suíça.

*https://www.assemblee-nationale.fr/dyn/15/dossiers/reconquete_des_territoires_perdus_de_la_republique

 

 

 

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