Na Imagem: Parattacks, os Smokejumpers canadenses. Foto por #hlmphotography, CA/USA. Via Nargear USA. |
Por: Yam Wanders.
Nas últimas semanas assitimos pelas grandes mídias e redes sociais muito sobre os grandes incêndios que estão arrasando florestas inteiras na California praticamente todo o verão do hemisfério norte. Incêndios estes já com um saldo terrível de mais de 66 mortos, já com mais de 1000 (mil) desaparecidos, 11.862 residencias destruídas; entre casas de bairros inteiros, diversas outras edificações e dezenas de milhares de veículos.
Smokejumper em incêndio no estado de Washington. Foto por Cole Barash. Via The United States Forest Service (USFS) |
A fauna e a flora necessitarão de anos para atingir uma recuperação relativa, e mesmo quem não teve contato direto com os incêndios, sofre com problemas respiratórios causados pela fumaça e fuligem, que é levada pelo vento por longas distâncias.
Dentro desse cenário catastrófico, os Bombeiros da California-USA e do Canada - BC tem mais uma vez sua capacidade colocada à prova ao extrêmo, pois apesar de todo o apoio e extrutura do Governo dos USA e Canada, ainda assim esses Bombeiros são em número insuficiênte para atender a quantidade e intensidade dos incêndios, que são agravados pelo clima seco dessa época do ano e com a falta de chuvas, e, a característica natural da vegetação das florestas de coníferas (pinheiros) que possuem uma seiva altamente inflamável.
Os SMOKEJUMPERS
Nessa verdadeira guerra contra o fogo, existe uma variedade de "combatentes do fogo", que vão desde os voluntários mais básicos até os profissionais mais especializados; desde operadores de bombas, meteorologistas e pilotos de aeronaves especializadas, e, entre esses estão aqueles que podem ser considerados os "Paracommandos" dos Bombeiros Florestais dos USA, são eles os "Smokejumpers" e os "Helitacks", como assim são conhecidos esses Bombeiros especializados no combate ao fogo florestal à partir de operações aerotransportadas.
Foto via The United States Forest Service (USFS) |
A função principal desses "Paracommandos" do combate ao fogo é muito semelhante em quase tudo à atividade dos Paraquedistas de Combate e/ou Forças Especiais, com exceção que sua atividade inicial e final não inclui causar neutralização de oponentes e destruição contra tropas e instalações inimigas.
Atualmente os Smokejumpers são um total de 320 Bombeiros Florestais (homens e mulheres), locados em bases operacionais em sete locais nos USA; em McCall e Grangeville, Idaho; Redding, California; West Yellowstone e Missoula, Montana; Winthrop, Washington; e Redmond, Oregon. O Bureau of Land Management (BLM) também tem Smokejumpers em duas bases, uma em Boise, Idaho e outra em Fairbanks, Alaska.
Em todas essas bases são empregadas aeronaves Short Brothers C-23As; DHC-6 Twin Otters, e; Dornier D0228s. Já estão em curso os processos de aquisição para mais aeronaves, todas do modelo C23B+/SD3-60 Sherpa.
A vigilância das Lookout Cabins
Em quase todos os parques florestais dos USA existem postos de vigilância guarnecidos 24h por dia, os 365 dias do ano, com observadores treinados que reportam qualquer sinal de indício ou inicio de incêndio na floresta, e esses postos são sempre localizados em montanhas com visão privilegiada, com equipamento de telefonia e radiocomunicação, incluindo toda uma infraestrutura para a permanencia dos observadores com um mínimo de conforto nas chamadas "lookouts cabins" (cabines de observação).
Foto por U.S. Forest Service. (AP Photo/Ted S. Warren/ MANILA BULLETIN) |
Após localizado um foco de incêndio, a posição é triangulada visualmente por mais de um posto de observação ( LookOut Cabim) e, em seguida essa posição é avaliada quanto a sua acessibilidade por via terrestre, ai então é decidido pelos comandos de Bombeiros Florestais locais entre o envio de uma aeronave para efetuar um ataque direto de água com líquidos retardantes (líquidos na cor laranja ou vermelha) ou se é enviado uma equipe de combate ao fogo para o combate com metodos diversos.
O apoio dos HELITACKS
Os "Helitacks" são as equipes de apoio tático de quase todas as atividades dos Smokejumpers e de outros que precisem de seus serviços nas ações de combate ao fogo florestal.
Photo by Lance Cheung. Via U.S. Department of Agriculture (USDA) U.S. Forest Service (USFS) National Helicopter Rappel Program’s Rappel Academy at Salmon Air Base. |
Inicialmente a função dos Helitacks é transportar os Bombeiros aos locais de incêndios que oferecem maiores facilidades para aproximação, seja para pouso no local ou seja para largar os Bombeiros por via de rapel, inclusive para atividades de resgates de aventureiros perdidos ou dos próprios Smokejumpers, quando a area de combate ao incendio se torna insegura.
Atualmente o contingente é de 275 Bombeiros especializados na atividade, fora pessoal de apoio, e empregam os helicopteros Fire's Bell 205A-1 que são uma frota própria do U.S. Forest Service.
Como é a seleção e admissão para ser um Smokejumper ou Helitack?
Apesar da atividade dos Bombeiros Florestais ser ligada à um orgão público federal do Governo dos Estados Unidos, a admissão é por processo seletivo comum, semelhante ao de empresas privadas, onde o candidato precisa apenas enviar seu currículo para a base mais proxima de sua cidade de residência.
As exigências iniciais são a idade acima de 18 anos para ingresso na carreira básica de funcionário florestal, aonde após a seleção e de acordo com sua formação mais a experiência profissional, o candidato será designado para a função mais adequada ao perfil do candidato, que vai desde funcionário administrativo, atividades técnicas de apoio operacional até ao caso dos Bombeiros Profissionais em seus diversos campos de atuação. Após a seleção dos candidatos que possuem o devido perfil para a atividade de Bombeiro Florestal é que ocorre o processo de treinamento especifico aos que são selecionados para as vagas de Smokejumpers.
Smokejumpers reunidos para um treinamento nos USA. Foto por Stuart Palle via Mashable In o the Fire. |
Entre as formações mais adequadas para a seleção e direcionamento para à atividade de Bombeiro Florestal, estão as formações das áreas técnicas e superior em ciências florestais, ambiêntais, geografia, agricultura e biologias, com exceção da área marinha.
No caso dos USA, existem ainda formações especificas em cursos profissionalizantes de nível técnico e superior para os que desejam investir na carreira de Bombeiro Profissional Florestal ( entre outra especializações), e esses sim podem ser selecionados diretamente para a função de Smokejumper ou Helitack após analise de seus currículos profissionais e perfis pessoais, e, obviamente os candidatos que possuem experiência militar na área de Operações Aerotransportadas tem vantagens nas seleções.
Na parte de condicionamento físico, as exigências são semelhantes às das Forças Armadas para o serviço militar básico.
Um dos processos iniciais de seleção, que segue uma sistematica simples mas eficiente para todos os candidatos para todas as areas. Foto por Lance Cheung. |
A curiosidade é que até 1973, para ingressar na carreira bastava ser funcionário do U.S. National Forest Service e possuir os requisitos mínimos de capacidade física semelhante aos da seleção para o serviço militar, para após essa seleção ser encaminhado ao treinamento. Candidatos que já possuíssem a experiência de atividades paraquedistas obtidas por formação militar eram contratados automaticamente após uma avaliação básica inicial.
Para ambos os caso existiam as opções de contratos temporários ou definitivos para quem desejasse seguir carreira, independente de sua formação escolar.
E sobre salario, a unica informação disponivel é que tanto Smokejumpers quanto Helittacks ganham 17 dolares por hora tanto nos USA quanto no Canada, o que faz aproximadamente 4mil dolares por mês para uma jornada de 8 horas por semana, e, não ha informações pùblicas sobre prêmios e/ou sobre beneficios extras ou adicionais. Para efeito de comparação, um Soldado do U.S. Army, U.S. Air Force, um Mariner ou Marinheiro ganha uma salario de US§ 1.514,00 dolares por mês.
O treinamento dos Smokejumpers e Helitacks
Apesar que a atividade final aparentemente possa ser algo considerado como quase um "trabalho braçal", em realidade é uma atividade especializada e regulamentada pelo Forest Service Fire Program Management Standard (FS-FPM).
Entre Smokejumpers e Helitacks a única diferença é o treinamento de salto operacional para Smokejumpers, e, descida em técnicas verticais (rappel) para os Helitacks.
Em sua formação inicial pós-seleção e contrato, é iniciada uma formação como Bombeiros especialistas em incêndios florestais para todos.
Helitacks em treinamento. Photo by Lance Cheung. |
No tocante a preparo físico, ambos são extremamente exijidos, existindo inclusive um certo nivelamento de exigências de capacidades físicas dos Smokejumpers semelhantes às exijidas para Paraquedistas Militares do Exército, e no caso dos Helitacks a semelhança de exigências de capacidades físicas é equivalente ao programa dos ParaRescue da U.S. Air Force.
Treinamento de salto simulado à 35 ft para todos os Smokepumpers mesmo para quem ja tem experiência. Foto de Matt Mills McKnight. |
Entre todos os testes e treinamentos físicos, o mais efetuado é a marcha de 6KM, com mochila de equipamento com 20 kilos no menor tempo possível, porém o tempo mínimo para admissão inicial é de 45 minutos. Obviamente a média geral dos candidatos às vagas disponíveis é sempre muito superior ao exigido, o que obriga os candidatos à elevarem seus desempenhos.
Foto por Stuart Palle via Mashable In o the Fire. |
Após a sua formação inicial basica, existem pelo menos 3 áreas nas quais o Bombeiro Florestal Paraquedista/Smokejumper e/ou Helitack pode se especializar, que são elas; Fire Support (operações de apoio), Fire Operations (operações de combate ao fogo) e Fire Management (gerenciamento administrativo e logística).
O equipamento pessoal de "combate" do Smokejumper e Helitacs
Os Smokejumpers utilizam um macacão especial de salto muito mais reforçado que os utilizados por paraquedistas comuns, que é confeccionado em um tecido especial resistênte à chamas (capaz de suportar até 2000 graus centígrados por 4 segundos), com proteção térmica semelhante aos dos trajes de aproximação dos Bombeiros, porém com reforços diversos para suportar eventuais choques contra as galhadas de árvores durante o pouso na floresta, ação essa que nem sempre pode ser controlada devido às fortes correntes de ar e ao peso do equipamento carregado pelo Smokejumper.
Organizaçao e cheklist de EPI pessoal. Foto por Stuart Palle via Mashable In o the Fire. |
Enganchado ao arnês do para-quedas, os Smokejumpers levam um "mini-container" com equipamentos e acessórios que permitem sua permanência por 48 horas no local do combate ao fogo, e nesse container há; água, rações alimentares, kit pessoal de 1os socorros, ferramentas básicas e uma mini barraca com proteção térmica e equipamento de radicomunicação e localização pessoal (PLB).
Cheklist de EPI pessoal. Foto por Stuart Palle via Mashable In o the Fire. |
Outros equipamentos suplementares são lançados em "packs" (geralmente contendo mais ferramentas e acessórios) separados e recuperados depois da reorganização do grupo de ataque no solo.
No caso específico dos Helitacks, o peso e a quantidade de equipamentos é menor pois o acesso as áreas de resgate ou combate ao fogo é feita com técnicas de rappel. Em caso de necessidade de mais equipamentos ou suprimentos, existe sempre a disponibilidade de "packs" prontos para serem lançados de para-quedas ou depositados por outros helicópteros de apoio.
Smokejumpers Training Center (Ready Room – b), Missoula, MT. Foto por Dick Debbie. |
A generelidade dos casos de acionamento dos Helitacks é quase sempre para resgate e apoio aos Smokejumpers, ou, resgate de civis nas regiões de risco ou outros casos de acidentados.
O Salto operacional
Smokejumper em incêncdio no estado de Washington. Foto Via The United States Forest Service (USFS) |
O salto é efetuado à uma altitude nunca superior à 1.500FT/ pés (aproximadamente 500 metros) de altitude acima do nivel do solo, e somente após uma zona segura ser localizada em região onde o vento predominante é contra as chamas do incêndio. Essa posição segura é inicialmente localizada pelos planejadores do ataque antes do vôo, mas somente é determinada pelos "Spotters" embarcados na aeronave após o sobrevôo da area de salto quantas vezes forem necessárias para tal decisão, mas geralmente bastam de 3 a 7 sobrevôos para a decisão segura do salto na zona escolhida.
Foto por Stuart Palle via Mashable In o the Fire. |
O salto é sempre um "salto enganchado", ou, o Smokejumper não comanda a abertura de seu paraquedas, sendo este acionado pela tensão de um cabo estatico da mesma maneira que ocorre com os Paraquedistas Militares. Em caso de pane de não abertura do equipamento apos o salto da aeronave, ai sim o Smokejumper pode comandar a desconecção do cabo principal de comando e acionar manualmente seu para-quedas reserva.
Foto por Stuart Palle via Mashable In o the Fire. |
Durante o salto, todos tem a doutrina e/ou obrigação de manter contato visual com seu respectivo grupo ou colega de salto de linha de frente, e após o pouso, efeturarem o reagrupamento com seu equipamento básico pessoal e estabelecer sua rota de fuga do terreno em caso de mudança do vento que conduz as chamas do incêndio, para depois sim, iniciar qualquer ação de combate ao fogo.
A doutrina básica de pouso/reagrupamento/ataque/avanço e/ou retirada é identica às doutrinas de quase todas as Forças Paraquedistas Militares em todo o mundo.
Breve historia dos Smokejumpers
A idéia de lançar Bombeiros e Brigadistas florestais em combate à incêndios foi proposta pela 1a vez em 1934 por funcionários do então serviço do "U.S. Forest Service Intermountain Regional Forester", mas reinterada depois de um incêndio em 1937 na Shoshone National Forest (Wyoming) que queimou por dois dias antes de ser descoberto e que se tornou um incêndio de grandes proproções, e em seguida trasformou-se em uma verdadeira "tempestade de fogo", que acabou por vitimar fatalmente 15 Bombeiros e feriu gravemente outros 38 que participaram do ataque ao incêndio.
Rufus Robinson and Earl Cooley que trabalhavam na Nez Perce National Forest em um orgão do U.S. Agriculture Department, e que finalizaram a implantação do projeto |
Mas foram dois funcionarios do "United States Forest Service" em 1940; eram eles Rufus Robinson e Earl Cooley que trabalhavam na Nez Perce National Forest em um orgão do U.S. Agriculture Department, e que finalizaram a implantação do projeto. A idéia deles adveio da obvia necessidade de combater o fogo florestal em seu principio, pois na época não existiam aviões especializados para o combate ao fogo, nem tão pouco os caminhões auto-tanques que conhecemos hoje. Inicialmente eram lançados apenas material para o combate ao fogo e alguns Bombeiros para estabelecer as linhas de ataque com técnicas diversas.
O primeiro lançamento operacional real de Bombeiros Paraquedistas ocorreu em um incêndio em Martin Creek no dia 12 de julho de 1940, quando Rufus Robinson e Earl Cooley foram os primeiros a efetuarem o salto operacional para combater o incêndio florestal que havia se iniciado naquele verão. Em 1941 os Smokejumpers já tinha sua própria base operacional em Moose Creek Ranger Station.
Foto provavel de uma das 1as equipes de Bombeiros Florestais "Smokejumpers" nos anos 40. Imagem de autor desconhecido via U.S. Forest Service photograph/Courtesy of Montana Historical Society.
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Outro fator que ajudou muito no treinamento e aperfeiçamento dos Smokejumpers foi dado pelo incentivo do então Major "William C. Lee" do U.S. Army, que ajudou na determinção governamental para que todo o treinamento dos Bombeiros Paraquedistas fosse realizado em conjunto à recém criada "101st Airborne Division". Porém o que poucos sabem é que a propria "101st Airborne" foi criada inspirada nos Smokejumpers, logo após uma visita do Major Willian C. Lee à uma das primeiras demonstrações operacionais destes Bombeiros Paraquedistas em 1940 para conferir pessoalmente como seria a utilização dos equipamentos cedidos ao U.S. National Forest de Nez Perce para a formação dos primeiros grupos de Smokejumpers.
Mais uma foto atribuida ao 1o grupo de Smokejumpers organizado por Rufus Robinson e Earl Cooley no começo dos anos 40. Imagem via U.S. Forest Service (USFS) Autor desconhecido. |
Outro motivo para a incrementação das unidades de Smokejumpers ainda durante a 2a Guerra era devido à ameaça da "Operation Firefly", uma ação de ataque das forças armadas japonesas contra o territorio americano da costa oeste, que, consistia no uso de balões transportando cargas de bombas incendiárias que, seriam levadas pelas correntes de ar e teoricamente poderiam atingir as florestas e cidades do Alaska e dos estados de Washington e da California. Durante essa época chegou a ser constituido um batalhão do U.S. Army exclusivamente para o combate a incêndios seguindo a doutrina Smokejumper, o 555th Parachute Infantry Battalion (curiosamente, a única unidade paraquedista do U.S. Army formada apenas por militares negros).
Foto de um dos treinamentos na fase de implantação nos anos 40. Foto de autor desconhecido via U.S. Forest Service (USFS) |
Durante o envolvimento dos USA na 2a Guerra não houve um recrudescimento da atividade, mas logo após o fim da guerra, ocorreu a grande oferta a preços simbólicos de equipamentos e aeronaves, bem como a grande quantidade de homens já treinados na atividade de salto com o para-quedas T-10, o mais fabricado e usado até então, o que possibilitou seu aperfeiçamento em todos os sentidos.
Em 1973 o programa the Grangeville Smokejumper iniciou a formação de seus Bombeiros Paraquedistas de maneira independente em instalações próprias, o que permitiu que mais de 9 mil Smokejumpers fossem formados e empregados desde então.
Os Smokejumpers de outras nações
Atualmente, o unico pais a utilizar Bombeiros Florestais Paraquedistas é o Canada e a Russia, porém no caso da Russia as unidades geralmente são compostas de paraquedistas do Exército Russo e não de Bombeiros Florestais. Ja foram feitas diversas ações em muitas ocasiões com o lançamento de Bombeiros Florestais no combate à incêndios florestais, porém a informação é quase inexistente, salvo raros videos e citações da impresa européia quando ocorrem incêndios por là.
Smokejumpers Russos, em imagem dos anos 80. Foto de autor desconhecido via Russian Federal Forest Agency. |
Na Europa ocidental poucas experiências foram feitas com o emprego desse tipo de Bombeiro Florestal especializado, mesmo com a incidência de grandes incêndios na França, Italia, Espanha Grécia e Portugal. Em todas a Europa ocidental e oriental a doutrina ainda é o ataque por terra com caminhôes auto-tanques quando existe acessso facil ao local,e, ataque com aeronaves especializadas do tipo Canadair 418, Dash-8 Firetanker, Grummam S2-T Firecat ou Beriev BE-200 Tanker. Em alguns caso são usadas também aeronaves C-130 Hércules com tanques adaptados no compartimento de carga.
Os "Parattacks", os Bombeiros Paraquedistas Canadenses
No caso do Canada, existem os "Parattacks", que desempenham praticamente as mesmas missões que seus homologos americanos, e, são os segundos mais antigos na historia dos Bombeiros Florestais Aerotransportados.
Sua historia começa em 1949, e que praticamente acompanhou a mesma doutrina dos Smokejumpers dos USA até 1967, quando o serviço começou a ser mobilizado somente quando a necessidade fosse mais evidente, inclusive com a ativação de bases intinerantes de acordo com a incidência dos incêndios.
Foto via Canadian Smokejumpers. |
Apos 1974 começou a ocorrer um aumento da necessidade para a prevenção, e, assim começou um programa de contratação de Bombeiros Florestais Paraquedistas (Parattacks) por 3 anos nos territorios do norte canadense. Em Yukon foi aonde o serviço operou por mais tempo, com uma base de grande porte instalada em 1984, completando 12 ano de serviço até a desativação em 1996.
Em 1998 uma base definitiva foi instalada em Smithers no estado da Columbia Britânica (Noroeste canadense) mas depois transferida para Fort St.Jhon no ano 2000. Durante esse periodo, o governo canadense optou por seguir a doutrina americana e manter a estrutura dos "Parattacks" em definitivo, e, devido a isso se incuira a instalação de mais uma base operacional de "Parattacks" em Mackenzie, também na Columbia Britânica.
Foto via Canadian Smokejumpers. |
O Canada é um dos poucos paises que graças a proximidade pode contar com o reforço dos Smokejumpers americanos quando necessarios e quando estes não estão empenhados em incêndios no territorio americano.
A seleção e o treinamento seguem processos idênticos aos do "U.S. National Forest" dentro do Forest Service Fire Program Management Standard (FS-FPM).
Foto via Canadian Smokejumpers. |
As aeronaves empregadas são apenas duas, sendo um "The DeHavilland DHC-6 Twin Otter", e também apenas um Douglas DC-3 "Turboprop", a versão modernizada com motores Pratt and Whitney PT6A-67R, porém quando necessario são requisitadas mais aeronaves para a Real Força Aérea Canadense.
Galeria de imagens:
(Drop Aircraft) Douglas PT6A Turbo DC-3 (N142Z) (USFS) US Forest Service - Smoke Jumpers Aircraft . |
No Canada existem muitas mulheres entre os Parattacks, Foto via Canadian Smokejumpers. |
Photograph by Mark Thiessen, from "Russian Smokejumpers" © National Geographic |
Photo by Lance Cheung. |
Photo by Lance Cheung. |
Operadora Helitack que atua tanto como Bombeiro Florestal ou como operadora logistica em alternancias de tarefas. Photo by Lance Cheung. |
Foto por Stuart Palle via Mashable In o the Fire. |
Foto por Stuart Palle via Mashable In o the Fire. |
Referências bibliográficas:
U.S. Department of Interior / Bureau of land management
U.S. Forest Service
National Smokejumpers Association
The Canadian Smokejumpers
Images via Spotfire Images:
Cole Barash Photographer
Stuart Palley in to the Fire
Russian Federal Forest Agency
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