Por: Redação OD
O Irã acabou com o mistério que vinha fazendo sobre o seu novo caça, assim nesta terça-feira (21) fora apresentado ao mundo o caça "Kowsar" durante um desfile militar em Teerã, em meio a crescentes tensões com os Estados Unidos e com rivais regionais devido a conflitos no Oriente Médio. O caça, 100% iraniano, usa a estrutura de caça F-5 F e está equipado com radares polivalentes. A aeronave foi aprovada nos voos de teste e, a princípio, fará um voo público na quarta-feira (22) Dia Nacional da Indústria de Defesa deste país, informou a agência de notícias local Tasnim.
Imagens exibidas pela televisão estatal mostraram o presidente iraniano, Hassan Rohani, dentro
do cockpit da
aeronave. Rouhani disse que a capacidade militar de Teerã é o que
impede Washington de atacar a República Islâmica, acrescentando que
sob o governo do presidente Donald Trump, os EUA estão se tornando
isolados até de seus próprios aliados. "Quando falo de nossa
capacidade de defesa, isto significa que buscamos uma paz duradoura",
afirmou Rohani em um discurso exibido na TV pública. "Alguns
pensam que quando se aumenta a força militar, você está buscando a
guerra. Mas nós buscamos a paz e não queremos a guerra",
declarou o presidente iraniano.
"Se
não tivermos meios de dissuasão, isto dará luz verde aos outros
para que entrem no país", disse Rohani. "Por que os
Estados Unidos não nos atacam? Por causa do nosso poder, porque
conhecem as consequências", disse. No sábado passado, o
ministro iraniano de Defesa, Amir Hatami, anunciou a apresentação
do novo avião, com o argumento de que o Irã buscava melhorar sua
capacidade balística para responder às "ameaças" de
Israel e dos EUA. "Nossos recursos são limitados, mas adaptamos
nossos mísseis em função das ameaças e ações de nossos
inimigos, como meio de dissuasão ou de resposta devastadora",
disse o ministro iraniano da Defesa.
Relações tensas
A relação entre os dois países, pouco amistosa desde a Revolução Islâmica de 1979, deterioraram-se após a chegada de Trump ao poder. Em maio, Trump retirou
o seu país do acordo nuclear multilateral
de 2015, firmado pelo seu antecessor, Barack Obama. O acordo previa
que o Irã se comprometeria a limitar suas atividades nucleares em
troca do alívio em sanções internacionais. O presidente americano,
que acusou o Irã de ser "o principal Estado patrocinador do
terrorismo", afirmou que o país trapaceava o acordo para
desenvolver seu programa nuclear e voltou
a impor sanções a Teerã.
As novas sanções, que entraram
em vigor em agosto,
tentam atingir os programas de mísseis balísticos e influência
regional do Irã - ameaçando prejudicar ainda mais a já maltratada
economia iraniana.
*Com informações de agência de notícias internacionais
*Com informações de agência de notícias internacionais
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