Desde aquele 20 de janeiro de 1941, que por decreto presidencial fora criado o então Ministério da Aeronáutica, e assim fez-se nascer a Força Aérea Brasileira, a qual ganhou a exclusividade da realização de estudos, serviços e/ou trabalhos relativos à atividade aérea nacional, onde na mesma data extinguiu-se o Corpo de Aviação da Marinha e a Aviação Militar, encerrando, assim, a fase inicial da Aviação do Exército, que o Exército Brasileiro sonha em poder a voltar ter suas próprias asas.
Formatura de recebimento do 1º helicóptero (Esquilo HA-1) em 21 Abr 89
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Em Agosto/217, também com exclusividade, noticiamos que o Comando Logístico do Exército (COLOG), por meio da PORTARIA No 067-COLOG, DE 4 DE AGOSTO DE 2017, teria aprovado a Diretriz de Iniciação do Projeto de Incorporação do Modal Aéreo na Logística Militar Terrestre na Região Amazônica - PROJETO MODAL AÉREO NA AMAZÔNIA (Clique aqui e veja a matéria).
Baseado nestas matérias, e querendo saber um pouco mais sobre o andamento da aquisição e implementação da Aviação de Asa Fixa no Exército Brasileiro, enviamos ao CComSEx alguma perguntas as quais pensamos ser, a de muitos de vocês nossos leitores, vem se fazendo sobre esta aquisição do Exército. Sendo assim segue abaixo na íntegra as perguntas e respostas feitas pela Orbis Defense ao Centro de Comunicação Social do Exército.
Oficiais do Exército Brasileiro, dentre eles o general Setembrino de Carvalho e o tenente Ricardo Kirk, em Porto União, região do Contestado. |
EB - Após a publicação da Portaria Nr 67 do Comando Logístico (COLOG) foi realizada uma Visita Técnica na Base Estadunidense, na Cidade de Tucson, Arizona, local onde estão as aeronaves. A Equipe de Militares do Exército realizaram uma inspeção técnica nas aeronaves e reuniões com os representantes do Governo Americano, ligados à área do Foreign Military Sales (FMS). O Projeto segue seu calendário normal. Está previsto até março deste ano a publicação em Boletim do Exército da Portaria de Implantação, onde diversos novos dados serão divulgados ao público.
OD - As aeronaves Sherpa já foram escolhidas?
Sim, a Visita Técnica realizada por militares do Exército Brasileiro (EB) na Base Americana (AMARG), teve esse objetivo. Atualmente o EB já possui todos os dados das aeronaves, seu “status”, o potencial de cada avião e seus componentes. As aeronaves estão em excelente estado e muito bem preservadas.
Onde será feita a atualização destas aeronaves, aqui no Brasil ou em alguma empresa nos EUA mesmo?
Onde será feita a atualização destas aeronaves, aqui no Brasil ou em alguma empresa nos EUA mesmo?
O processo a ser conduzido pelo FMS e Governo Americano prevê uma licitação interna nos EUA, com os parâmetros identificados pelo Comando Logístico do EB. Assim, no decorrer do calendário do Projeto será identificada a empresa Americana que realizará a Modernização, Manutenção das aeronaves e o provimento de um Contrato de Suporte Logístico (CLS) no Brasil. O Projeto prevê que as aeronaves deverão estar operacionais a partir de Jan de 2021, não antes disso.
E onde os pilotos serão treinados?
Os Pilotos serão selecionados pelo Comando de Aviação de Exército (CAvEx) e realizarão o treinamento no Exército Americano, em data e local ainda ser definido.
A Força Aérea poderia ser um lugar?
Sim é possível. Porém a decisão pelo processo de formação inicial dos pilotos está a cargo do CAvEx, previsto no Projeto. A qualificação final já está definida e será realizada nos EUA.
Estes pilotos foram ou serão selecionados dentro da própria Aviação do Exército?
Sim, serão selecionados dentro da própria Aviação do Exército ( AvEx).
O Projeto, desde sua origem, prevê o emprego das aeronaves junto ao 4º BAvEx e em proveito a toda a Região Amazônica.
Já existe uma nomenclatura para as aeronaves, ou elas serão C-23 Sherpa mesmo?
O Projeto, até o momento, não estabeleceu a mudança de nomenclatura das aeronaves, podendo vir a ser designada AC-1, mas o nome será mantido "SHERPA".
Qual será o nome do Esquadrão?
Até o presente momento, Esquadrão Sherpa, subordinado ao 4º BAvEx.
Após a aquisição destas aeronaves e as operações começarem a ser rotineiras, existe algum pensamento ou estudo de, em um futuro vir a ser adquirido algum KC 390 pelo EB?
Não existe nenhum estudo conduzido pelo Comando Logístico (COLOG) para aquisição do KC 390. Todo estudo operacional e logístico realizado mostrou que a operação, a partir de 2021, das aeronaves C-23B+ SHERPA atenderão, em muito boas condições, a logística (suprimento e pessoal) dos Pelotões de Fronteira (PEF) da Região Amazônica.Toda e qualquer outra aquisição de aeronave de Asa Fixa, considerando aeronaves novas, está sendo conduzida dentro do “Programa Aviação”, cujas informações estão disponíveis no Site do EPEx, onde temos: “AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DE TRANSPORTE LOGÍSTICO - Adquirir aeronave de asa fixa para as missões de Pronta Resposta Tática, Comando e Controle e Sustentação Logística, particularmente na faixa de fronteira, para apoiar os Pelotões Especiais de Fronteira.”
Atenciosamente,
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO
EXÉRCITO BRASILEIRO
BRAÇO FORTE - MÃO AMIGA
Um comentário:
Demorou muito para o nosso exército brasileiro ter suas próprias aeronaves de asas, em outros países os exércitos tem suas aeronaves para vigilância e deslocamento dos militares. Grande Vitória para segurança nacional.
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