quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Exército Brasileiro: Aeronaves C-23B+ Sherpa deverão chegar a força em 2021


Por: Anderson Gabino
Desde aquele 20 de janeiro de 1941, que por decreto presidencial fora criado o então Ministério da Aeronáutica, e assim fez-se nascer a Força Aérea Brasileira, a qual ganhou a exclusividade da realização de estudos, serviços e/ou trabalhos relativos à atividade aérea nacional, onde na mesma data extinguiu-se o Corpo de Aviação da Marinha e a Aviação Militar, encerrando, assim, a fase inicial da Aviação do Exército, que o Exército Brasileiro sonha em poder a voltar ter suas próprias asas.


Parte deste sonho concretizou-se na década de 80, quando o Estado-Maior do Exército iniciou os estudos doutrinários do emprego de aeronaves de asas rotativas em proveito das forças de superfície. Estes estudos culminaram na criação da Diretoria de Material de Aviação do Exército (DMAvEx) e do 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx), em 1986. Fisicamente, a Aviação passou a tomar forma com a instalação do 1º BAvEx na cidade de Taubaté-SP, em janeiro de 1988. Mas ainda faltava algo ao Exército, mesmo com a grade parceria realizada com a Força Aérea Brasileira, a qual sempre esteve pronta aos apoios e demandas do EB.
Formatura de recebimento do 1º helicóptero (Esquilo HA-1) em 21 Abr 89

E assim, quase 80 anos depois, o Exército Brasileiro está prestes a voltar possuir suas próprias asas. Em Julho/2017 noticiamos com exclusividade e sustentado nas palavras do Centro de Comunicação Social do Exército, de que a Força Terrestre estaria muito perto da aquisição de 04 (quatro) aeronaves modelo Short C-23B+ SHERPA (clique aqui para ver a matéria), onde as quais foram oferecidas ao Exército Brasileiro pelo Governo Americano, via Foreign Military Sales (FMS), conforme Documento Nº 14-021/Congress Authorization. 


Em Agosto/217, também com exclusividade, noticiamos que o Comando Logístico do Exército (COLOG), por meio da PORTARIA No 067-COLOG, DE 4 DE AGOSTO DE 2017, teria aprovado a Diretriz de Iniciação do Projeto de Incorporação do Modal Aéreo na Logística Militar Terrestre na Região Amazônica - PROJETO MODAL AÉREO NA AMAZÔNIA (Clique aqui e veja a matéria).
Baseado nestas matérias, e querendo saber um pouco mais sobre o andamento da aquisição e implementação da Aviação de Asa Fixa no Exército Brasileiro, enviamos ao CComSEx alguma perguntas as quais pensamos ser, a de muitos de vocês nossos leitores, vem se fazendo sobre esta aquisição do Exército. Sendo assim segue abaixo na íntegra as perguntas e respostas feitas pela Orbis Defense ao Centro de Comunicação Social do Exército.
Oficiais do Exército Brasileiro, dentre eles o general Setembrino de Carvalho e o tenente Ricardo Kirk, em Porto União, região do Contestado.

OD - Como está o andamento do projeto, faça um resumo do que vem sendo feito.
EB - Após a publicação da Portaria Nr 67 do Comando Logístico (COLOG) foi realizada uma Visita Técnica na Base Estadunidense, na Cidade de Tucson, Arizona, local onde estão as aeronaves. A Equipe de Militares do Exército realizaram uma inspeção técnica nas aeronaves e reuniões com os representantes do Governo Americano, ligados à área do Foreign Military Sales (FMS). O Projeto segue seu calendário normal. Está previsto até março deste ano a publicação em Boletim do Exército da Portaria de Implantação, onde diversos novos dados serão divulgados ao público.
OD - As aeronaves Sherpa já foram escolhidas?
Sim, a Visita Técnica realizada por militares do Exército Brasileiro (EB) na Base Americana (AMARG), teve esse objetivo. Atualmente o EB já possui todos os dados das aeronaves, seu “status”, o potencial de cada avião e seus componentes. As aeronaves estão em excelente estado e muito bem preservadas.



Onde será feita a atualização destas aeronaves, aqui no Brasil ou em alguma empresa nos EUA mesmo?
O processo a ser conduzido pelo FMS e Governo Americano prevê uma licitação interna nos EUA, com os parâmetros identificados pelo Comando Logístico do EB. Assim, no decorrer do calendário do Projeto será identificada a empresa Americana que realizará a Modernização, Manutenção das aeronaves e o provimento de um Contrato de Suporte Logístico (CLS) no Brasil. O Projeto prevê que as aeronaves deverão estar operacionais a partir de Jan de 2021, não antes disso.
E onde os pilotos serão treinados?
Os Pilotos serão selecionados pelo Comando de Aviação de Exército (CAvEx) e realizarão o treinamento no Exército Americano, em data e local ainda ser definido.
A Força Aérea poderia ser um lugar?
Sim é possível. Porém a decisão pelo processo de formação inicial dos pilotos está a cargo do CAvEx, previsto no Projeto. A qualificação final já está definida e será realizada nos EUA.
Estes pilotos foram ou serão selecionados dentro da própria Aviação do Exército?
Sim, serão selecionados dentro da própria Aviação do Exército ( AvEx).

A base para a operação destas aeronaves, seria junto do 4º BAVEx?
O Projeto, desde sua origem, prevê o emprego das aeronaves junto ao 4º BAvEx e em proveito a toda a Região Amazônica.
Já existe uma nomenclatura para as aeronaves, ou elas serão C-23 Sherpa mesmo?
O Projeto, até o momento, não estabeleceu a mudança de nomenclatura das aeronaves, podendo vir a ser designada AC-1, mas o nome será mantido "SHERPA".
Qual será o nome do Esquadrão?
Até o presente momento, Esquadrão Sherpa, subordinado ao 4º BAvEx.
Após a aquisição destas aeronaves e as operações começarem a ser rotineiras, existe algum pensamento ou estudo de, em um futuro vir a ser adquirido algum KC 390 pelo EB?
Não existe nenhum estudo conduzido pelo Comando Logístico (COLOG) para aquisição do KC 390. Todo estudo operacional e logístico realizado mostrou que a operação, a partir de 2021, das aeronaves C-23B+ SHERPA atenderão, em muito boas condições, a logística (suprimento e pessoal) dos Pelotões de Fronteira (PEF) da Região Amazônica.Toda e qualquer outra aquisição de aeronave de Asa Fixa, considerando aeronaves novas, está sendo conduzida dentro do “Programa Aviação”, cujas informações estão disponíveis no Site do EPEx, onde temos: “AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DE TRANSPORTE LOGÍSTICO Adquirir aeronave de asa fixa para as missões de Pronta Resposta Tática, Comando e Controle e Sustentação Logística, particularmente na faixa de fronteira, para apoiar os Pelotões Especiais de Fronteira.”
Atenciosamente,

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO
EXÉRCITO BRASILEIRO
BRAÇO FORTE - MÃO AMIGA

Um comentário:

  1. Demorou muito para o nosso exército brasileiro ter suas próprias aeronaves de asas, em outros países os exércitos tem suas aeronaves para vigilância e deslocamento dos militares. Grande Vitória para segurança nacional.

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