O diretor técnico-comercial da Amazul, engenheiro Luciano Pagano Junior na VIII Conferência Internacional Nuclear do Atlântico (INAC 2017) em Belo Horizonte (MG) |
Por: Redação OD
A
Amazul vai iniciar junto com a Argentina Invap, o projeto detalhado
do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que será construído em
Iperó (SP), em área adjacente ao Centro Industrial Nuclear de
Aramar (CINA). O terreno, uma parte cedida pela Marinha do Brasil e
outra desapropriada pelo governo de São Paulo, será entregue à
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM), executora do
empreendimento junto com a Amazul, em 1º de dezembro. A
informação foi concedida no dia 24 de outubro pelo engenheiro
Luciano Pagano Junior, diretor técnico e comercial da Amazul,
durante mesa redonda sobre o Reator Multipropósito Brasileiro na
VIII Conferência Internacional Nuclear do Atlântico (INAC 2017),
que se realiza em Belo Horizonte até 27 de outubro.
O
RMB visa produzir radioisótopos para a fabricação de
radiofármacos, usados na prevenção e tratamento de doenças como o
câncer. Com isso, o Brasil poderá alcançar a autossuficiência em
radioisótopos, hoje comprados da França, Rússia e África do Sul.
Mas o reator de pesquisa terá outras finalidades, como testes de
materiais e aplicações na indústria, agricultura e meio ambiente,
entre outras. Para
o diretor da Amazul, o esforço conjunto de várias instituições é
fundamental para o sucesso do empreendimento. Estão envolvidos,
entre outros, os ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e
Inovação, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a
Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), a Sociedade
Brasileira de Física, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e
muitos outros órgãos públicos e instituições.
Como
co-executora do empreendimento, a Amazul participa de várias fases
decisivas, como desenvolvimento e revisão de projetos de engenharia,
controle de qualidade dos serviços de consultorias contratadas,
logística do site, prospecção de fornecedores de equipamentos nos
mercados nacional e internacional, revisão do orçamento, suporte ao
licenciamento do empreendimento etc. Segundo
Isaac José Obadia, da CNEN, que participou da mesa redonda, a gestão
do RMB estuda alternativas para enfrentar os riscos do
empreendimento, relativos principalmente à falta de recursos, à
situação econômica do país, ao modelo jurídico e à falta de
pessoal.
FONTE: CCSM
Nenhum comentário:
Postar um comentário