sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Marinha do Brasil: Amazul e Invap iniciam em breve projeto detalhado do RMB

O diretor técnico-comercial da Amazul, engenheiro Luciano Pagano Junior na VIII Conferência Internacional Nuclear do Atlântico (INAC 2017) em Belo Horizonte (MG)
Por: Redação OD

A Amazul vai iniciar junto com a Argentina Invap, o projeto detalhado do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que será construído em Iperó (SP), em área adjacente ao Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA). O terreno, uma parte cedida pela Marinha do Brasil e outra desapropriada pelo governo de São Paulo, será entregue à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM), executora do empreendimento junto com a Amazul, em 1º de dezembro. A informação foi concedida no dia 24 de outubro pelo engenheiro Luciano Pagano Junior, diretor técnico e comercial da Amazul, durante mesa redonda sobre o Reator Multipropósito Brasileiro na VIII Conferência Internacional Nuclear do Atlântico (INAC 2017), que se realiza em Belo Horizonte até 27 de outubro.

O RMB visa produzir radioisótopos para a fabricação de radiofármacos, usados na prevenção e tratamento de doenças como o câncer. Com isso, o Brasil poderá alcançar a autossuficiência em radioisótopos, hoje comprados da França, Rússia e África do Sul. Mas o reator de pesquisa terá outras finalidades, como testes de materiais e aplicações na indústria, agricultura e meio ambiente, entre outras. Para o diretor da Amazul, o esforço conjunto de várias instituições é fundamental para o sucesso do empreendimento. Estão envolvidos, entre outros, os ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovação, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), a Sociedade Brasileira de Física, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e muitos outros órgãos públicos e instituições.

Como co-executora do empreendimento, a Amazul participa de várias fases decisivas, como desenvolvimento e revisão de projetos de engenharia, controle de qualidade dos serviços de consultorias contratadas, logística do site, prospecção de fornecedores de equipamentos nos mercados nacional e internacional, revisão do orçamento, suporte ao licenciamento do empreendimento etc. Segundo Isaac José Obadia, da CNEN, que participou da mesa redonda, a gestão do RMB estuda alternativas para enfrentar os riscos do empreendimento, relativos principalmente à falta de recursos, à situação econômica do país, ao modelo jurídico e à falta de pessoal.

FONTE: CCSM

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