Por: Yam Wanders.
IMAGENS EXCLUSIVAS - O NDM "Bahia" agora está com sua homologação operacional de vôo "plena" após uma semana de intensas operações aéreas diurnas e noturnas em alto mar, na região entre São Paulo e Rio de Janeiro, visando o exercício de suas capacidades operacionais com aeronaves de diferentes portes e modelos, para com isso obter a certificação da Vistoria de Segurança da Aviação (VSA) pela Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do Comando da Força de Superfície.
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Já ao largo da costa do Rio de Janeiro, logo após a saída da Baia de Guanabara, chegaram as aeronaves. |
Nas operações diurnas e noturnas foram empregadas aeronaves UH-15 Super Cougar (N-7201) do Esquadrão HU-2 e SH-16 Seahawk (N-3032) do Esquadrão HS-1, pois assim se demonstra a sua capacidade de operar aeronaves para diferentes tarefas e finalidades.
O NDM “Bahia” possui dois convoos e um hangar, sendo capaz de lançar e recolher até três aeronaves simultaneamente. Sua aprovação na VSA no ano passado representou o primeiro passo na busca da operação do navio no limite de suas possibilidades, o que levará a um expressivo incremento na capacidade de operações aéreas da Esquadra através de sua homologação para operações noturnas com mais de uma aeronave.
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Oficial de Lançamento e Pouso, figura indispensável na coordenação de convôo. |
Inspeções e vistorias de segurança de vôo são tarefas de grande complexidade para leigos em geral, pois demandam enormes requisitos de segurança que visam não só a preservação da segurança operacional das atividades ligadas direta e indiretamente às operações aéreas como também as que interagem com as operações navais da embarcação em questão.
Muitos dos requisitos e ítens são assunto restritos ao âmbito operacional da Marinha, mas muitos outros fazem parte de requisitos de homologação que seguem padrões internacionais regidos pela OACI e OMI, em seus respectivos "rolls" de legislações de segurança operacional.
Dentre os muitos ítens que compõe tais vistorias de segurança de vôo, são inspecionados principalmente os ítens que são indispensáveis para operações em qualquer ambiênte aeronáutico em terra, elevados em edificações ou plataformas/embarcações de grande porte, tais como sistemas de combate à incêndios, estanqueamentos de combustíveis de aviação, rotas de saídas de emergência para pessoal de convôo, movimentação de convôo, tempo de resposta de equipes de CAv, resitência de pisos e compartimentos, bem como toda a profeciência profissional das equipes de postos de vôo e tripulantes envolvidos.
Para os que desejarem saber em mais detalhes sobre as normas específicas, sugerimos uma consulta ao capítulo 06 da NORMAM 01/DPC, que é a legislação específica para embarcações de emprego em mar aberto.
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Quem não está em ação ajuda efetuando registros em imagens para os debriefings posteriores. |
Sobre a Segurança de Vôo na Marinha
Poucos sabem mas a Marinha foi a pioneira na operação de aeronaves militares no Brasil e sendo assim possui uma doutrina de segurança de vôo também muito antiga.
Sendo assim, em 18 de outubro de 1972, através da Ordem do Dia n° 0013, da Diretoria de Aeronáutica da Marinha, foi criado o Núcleo do Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Marinha.Em 18 de outubro de 1974, o Ministro da Marinha, em consonância com o Decreto 70.050 de 25 de janeiro de 1972, que aprovou o regulamento do SIPAER, e de acordo com a Diretriz Interministerial 01/74, aprovou as Instruções Reguladoras para o Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Marinha (SIPAAerM), com as tarefas de organizar, orientar e supervisionar as atividades de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos na Marinha, por meio do Ofício n° 1330.
À partir de então, inserido na estrutura Organizacional da Diretoria de Aeronáutica da Marinha, o SIPAAerM passou a atuar plenamente, ao mesmo tempo em que procurava implantar e difundir uma mentalidade de segurança de aviação nas unidades envolvidas nas operações aéreas na Marinha.
Vejam mais imagens dessa operação na galeria de imagens abaixo:
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A inspeção de F.O.D. (foreing objects damage) ou, objetos estranhos que podem causar danos para aeronaves ou pessoal de operações. Não importa se é uma pena de ave ou cascalho que veio pelo calçado de algum visitante, nada pode "contaminar" a área de pouso e decolagem. |
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A saída, sempre pela lateral para evitar consequ~encias de "jet blasts" ou outros efeitos aerodinamicos dos rotores dos helicópteros no convôo. |
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Fiel de aeronave, o braço direito de pilotos em todas as manobras. |
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Eficiência através da dedicação, estudos e treinamento constante. |
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Mais uma fase da preparação para movimentação no convôo já com o push-back conectado à aeronave. |
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O hangar do G-40 Bahia, que pode tranquilamente abrigar dois helicópteros com toda a segurança necessária. |
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Tudo é verificado, não importa aonde, check é check bem feito "olhando tudo com as mãos" para a segurança de todos. |
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Tudo "OK" vamos voar! |
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A prevenção é sempre presente, o preparo é constante. |
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Um hangar com todos os requisitos de segurança operacional, de equipamentos de primeiros socorros à mão até sistemas de chuveiros automáticos de combate ao fogo com espuma AFFF. |
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Mesmo no hangar, a segurança com a fixação das aeronaves não é relaxada. São fixadas na mesma maneira como se estivessem no exterior. |
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Aeronaves diferentes, missões específicas, mas todos do mesmo time, o time da Marinha do Brasil. |
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A volta para casa, com a missão cumprida, BRAVO ZULU! |
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