Por: Redação OD
Primeira
classe de Contratorpedeiros construído no
Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras (A.M.I.C.), atual Arsenal de
Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), a partir de projeto e planos do
Contratorpedeiro americano classe CASSIN,
adquiridos da Marinha Norte Americana em 1937. Na
impossibilidade de aquisição de planos junto à Inglaterra,
recorreu-se ao Governo Americano que se prontificou a fornecer os
planos do contratorpedeiro classe CASSIN, o mais moderno à
época. As arquivos adquiridos mediante pagamento das despesas de
material de desenho e trabalho de copistas ao custo de 64.500,00
dólares (1.290 contos de réis), em lugar de 400.000 dólares
(8.000 contos de réis) caso os planos fossem adquiridos diretamente.
Concomitantemente abriu-se em Nova Iorque, um escritório da Marinha
para promover a aquisição de material para novas construções, o
mesmo que se transferiu para Washington, posteriormente, Comissão
Naval Brasileira.
A
construção dos novos navios foi atacada com entusiasmo, progredindo
regularmente, apesar de eventual falta de material, além das
dificuldades decorrentes da complexidade que apresentava este tipo de
navio, exigindo maquinismos apropriados e técnica especializada.
Contudo, a sua execução foi conduzida com particular empenho para
seu completo sucesso, o qual se deveu à aprendizagem do operariado
obtida nas construções dos monitores e dos navios mineiros. Na fase
áurea das construções de navios de guerra no Brasil, sobretudo
antes e depois da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, o
Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro já realizara inúmeros
lançamentos ao mar.
Dentre
estes, o contratorpedeiro em pauta, sofreu um pequeno fracasso, pelo
imprevisto de um detalhe que concorreu para que a técnica fosse
aperfeiçoada. É que na primeira tentativa de lançamento, o navio
parou no meio da carreira, por força de detalhe não previsto. Não
obstante todas as providências técnicas terem sido tomadas, até
mesmo com a cooperação de técnicos da Missão Naval Americana,
mais experientes e acostumados a esse tipo de manobra, não fora
previsto, porém, que o calor ambiente (380) fosse
responsável pelo fracasso momentâneo.
É
que acima de 220, o lubrificante empregado - graxa
especial - não resistiu e derreteu. Sem esse lubrificante, devido ao
atrito, o casco não deslizou sobre a carreira. Na segunda tentativa,
esta realizada sem cerimônia, tomadas as medidas para baixar a
temperatura na área de deslizamento, com congelamento, o navio
correu com sucesso. O programa de construção determinado pelo
Ministro da Marinha, Vice- Almirante Henrique Aristides Guilhem,
previa a construção dos Contratorpedeiros MARCÍLIO
DIAS, MARIZ E BARROS e
GREENHALGH,
cuja classe passou a ter a denominação do primeiro a ser
construído, o MARCÍLIO
DIAS. Esta classe ficou
conhecida como Classe"M", que marcaram uma nova era para o
Brasil, na construção naval.
No
dia 11 de junho de 1937, foram batidas as quilhas dos três
contratorpedeiros. O Contratorpedeiro MARIZ
E BARROS foi lançado ao
mar em 28 de dezembro de 1940 e incorporado à Armada pelo Aviso
Ministerial nº 2 041 de 29 de novembro de 1943, juntamente com os
demais contratorpedeiros da classe, com sua Mostra de Armamento sendo
passada no mesmo dia, em cerimônia solene realizada no Arsenal de
Marinha da Ilha das Cobras, com a presença do Presidente da
República, Dr. Getúlio Dornelles Vargas, do Ministro da Marinha e
demais autoridades civis e militares.
Segundo
navio da Marinha do Brasil a ostentar o nome MARIZ E BARRROS,
homenageia o Primeiro-Tenente Antônio Carlos de Mariz e
Barros, mortalmente ferido no combate de Itapirú, na Guerra do
Paraguai, em 27 de março de 1866, quando no comando do Encouraçado
TAMANDARÉ. O
primeiro, foi um Encouraçado construído na
Inglaterra, lançado ao mar com o nome de TRITON e comprado
pelo governo brasileiro em 1866. O navio foi construído em
aço macio galvanizado nas partes mais sujeitas à corrosão e de aço
macio comum nas demais partes. O sistema de construção era o
longitudinal com reforços transversais, com 190 cavernas e 4
conveses.
O
navio possuía as seguintes características principais: 1.526t de
deslocamento padrão; 1.762 ton de deslocamento normal; 2.167 ton de
deslocamento máximo; 104,0 mts de comprimento total; 101,80 mts de
comprimento entre perpendiculares; 6,29 mts de pontal a meia nau no
centro; 5,99 mts de pontal a meia nau nas bordas; 10,80 mts de boca máxima;
2,69 mts de calado à vante e 3,21 mts de calado à ré, com deslocamento
padrão; 3,09 mts de calado à vante e 3,42 mts de calado á ré com
deslocamento padrão; 3,67 mts de calado à vante e 3,89 mts de calado à
ré com deslocamento máximo. Seu armamento original era constituído
por quatro canhões de 120 mm, sete metralhadoras singelas antiaéreas
de 7 mm e duas calhas para lançamento de cargas de profundidade.
Em
1944, no Philadelphia Navy Yard nos Estados Unidos da América do
Norte, os canhões de 120 mm foram substituídos por quatro canhões
americanos de 127 mm, 38 calibres de duplo fim: superfície e
antiaéreo, H.H.M Safe Co. Hamilton, sendo dois Mark24, mod.10 e dois
Mark24, mod.9, com o canhão no1 dotado de barbeta,
instalados na linha longitudinal do navio, ficando dois à vante e
dois à ré; Foram instalados também dois canhões antiaéreos de
40mm Firestone Fire Ruber Co., Mark3 em plataforma situada à ré;
seis metralhadoras antiaéreas de 20 mm tipo Oerlinkon, montadas em
reparos Mark10 duas à vante, em plataforma própria.
Em
um plano superior ao da plataforma do canhão de 127mm no2,
foram colocadas duas a meia nau, uma em cada bordo e duas em
plataformas elevadas sobre o convés, na altura da chaminé de ré;
tubo lança torpedos em reparo quádruplo MK 12, Mod. 7, lançando
torpedos Bliss Leavitt, MK 8, Mod. 3D, colocado na linha axial do
navio entre as duas chaminés, com conteira hidráulica; duas calhas
para lançamento de bombas de profundidade na popa, levando cada uma
oito bombas ou por podendo o lançamento ser feito por meio de
dispositivo hidráulico e nas próprias calhas ou por quatro
morteiros de 152mm singelos montados dois de cada bordo no convés à
ré; dois geradores de fumaça, constituídos por dois grupos de 4
ampolas cada um, instalados na popa entre as duas calhas de bombas de
profundidade.
A
direção da artilharia era feita do tijupá onde se achava instalada
a alça diretora para canhões de 127mm. A direção dos torpedos
ficava passadiço, dotada de dois marcadores de alvo, um em cada
bordo; calculador para tiro de torpedos situado em compartimento por
ante a ré do abrigo do canhão de 127mm no2; direção de
lançamento de bombas de profundidade instalada no compartimento de
som. Em 1962, foram removidos os dois canhões de 127 mm,
permanecendo um à vante e outro `a ré, e todas as metralhadoras de
20mm; permaneceram dois reparos duplos de canhões de 40mm
localizados na superestrutura à ré, segundo a linha longitudinal do
navio; instalados dois lança bombas-granada por ante avante do
passadiço, no convés no2, um em cada bordo; instaladas
duas alças diretoras MK na superestrutura à ré, uma para
reparo de 40mm, instaladas na linha longitudinal do navio; dois
grupos geradores de fumaça.
Em
1970, o navio passou a ter apenas um canhão de 127mm em reparo
singelo, um reparo duplo de 40 mm, um lançador quádruplo de mísseis
SEA CAT, um tubo lança torpedos de 21" em reparo quádruplo,
dois lança bombas granada MK 10, Mod. 1, e duas calhas de bombas de
profundidade MK 3. Os paióis de munição não eram refrigerados e
sim borrifados com água, possuindo sistema próprio de alagamento.
Eram quatro de projetis e dois de pólvora para os canhões de 127mm,
sendo esses últimos, dotados de refrigeração. Sua
propulsão era garantida por meio de dois grupos de turbinas,
consistindo cada grupo de 3 turbinas a vapor, sendo uma de cruzeiro,
uma de alta pressão e uma de baixa pressão, fabricadas pela General
Electric Co., cuja potência máxima era de 42.800HP a 366 RPM,
movimentando dois eixos e dois hélices de três pás com 3.353m de
diâmetro, o que permitia desenvolver uma velocidade máxima de 36
nós. O vapor era fornecido por 4 caldeiras à óleo combustível,
Babcock and Wilcox, aquatubulares de tubos finos, tipo expresso,
instaladas em duas seções diferentes; grupo destilatório Griscon
Russel com capacidade de produzir 37.7t/24 horas.
A
energia elétrica era fornecida por dois turbo geradores de 250KW de
potência cada um, acoplados ao eixo, um grupo motor diesel gerador
para serviço de porto de 50 KW de potência e um pequeno grupo motor
diesel gerador de emergência. A energia elétrica era em corrente
contínua de 240 volts. O navio era equipado com dois compressores de
alta pressão Sullivan - WVA-2, 560dm3/hora acionados por
turbinas a vapor para suprimento de ar para os torpedos, localizados
na 2a seção de caldeiras e por um compressor de baixa
pressão Sullivan, 85m³, acionado por motor elétrico, para vários
serviços.
A
manobra do navio era garantida por duas estações de governo que
movimentavam dois lemes verticais eletrohidráulicos: a principal no
passadiço e a secundária na superestrutura à ré; para emergência,
existia uma estação de governo no compartimento da máquina do
leme, de onde o mesmo podia ser acionado agindo-se diretamente no
equipamento hidráulico em caso de avaria elétrica, ou à mão, em
caso de avaria hidráulica. Para navegação e defesa o navio era
dispunha de Centro de Informações de Combate (CIC) e era equipado
originalmente com radar de busca SFI, radiogoniômetro ADF-T-12/C,
ecosondador ET-SQN-1, fabricado pela Cia Brasileira de Elericidade,
sistema de escuta submarina projetado para fora do casco e rebatível
quando a velocidade ultrapassasse 15 nós; equipamento de comunicação
submarina (morse e voz) AN/UQC-1 no compartimento do sonar; agulha
giroscópica Sperry MK XIV. Mod. 5 e suas repetidoras espalhadas
pelos compartimentos do navio; sistema registrador de derrotas
associado a agulha giroscópica; agulhas magnética de 7-1/2"US
Buships MK1 equipada com compensador degaussing ; odômetro
de fundo Pitometer Log e um odômetro de superfície Walker’s
Trident MK 3.
O
navio possuía um sistema de escuta sonar instalado durante a 2ª
Guerra Mundial, que foi substituído, em 1962, por um sonar
AN-SQS-11A, com duas repetidoras e um plotador de ataque. O radar
antigo do navio, foi substituído por dois outros, sendo um de
superfície e um aéreo. Para as comunicações rádiotelegráficas o
navio estava dotado de 4 transmissores e 3 receptores, distribuídos
por duas estações rádio: principal e auxiliar. Posteriormente, a
partir de 1970, foram instalados equipamentos mais modernos, como
sistema de rádio teletipo em UHF, com um modulador de tom AN/SGC-1A
e teleimpressor TT-48J/UG ( na estação de rádio principal),
transceptor de UHF de 100W de saída AN/SRC-20 (no camarim de
cartas), novos transmissores e receptores de HF e transceptores de
VHF; repetidora de radar AN/SPA-8 A no CIC.
Para
as comunicações visuais o navio possuía bandeiras, escote na verga
do mastro principal, dois holofotes de 12 ” e dois holofotes de 24
”. Para salvamento o navio estava dotado com duas lanchas a motor
com capacidade para 22 homens cada uma, uma lancha fechada com
capacidade para 20 homens, uma lancha aberta com capacidade para 25
homens, 9 balsas com dispositivo de escape hidrostático - em caso
de afundamento do navio são liberadas a partir de determinada
profundidade - com 3,05m por 1,68m de boca com capacidade para 25
homens cada uma, 4 redes de salvamento, uma chalana, 173 coletes
salva vidas. A
sua tripulação inicial, aprovada em 1941, era composta por: 10
Oficiais, 9 Suboficiais, 41 Sargentos, 17 Cabos, 75 Marinheiros, 4
Grumetes e 17 Taifeiros. Em 1963 sua tripulçao era composta por 11
oficiais e 226 praças, sendo ela continuamente alterada para atender
as circunstâncias e necessidades do serviço.
Pelo
Aviso Ministerial nº 0705 de 11 de julho de 1972, foi determinada a
baixa do serviço ativo da Marinha do Brasil do Contratorpedeiro
MARIZ E BARROS, com a sua Mostra de Desarmamento
sendo passada em 22 de julho de 1972, em cerimônia solene realizada
no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro. Após a
cerimônia, o navio foi entregue ao AMRJ, para guarda e manutenção.
Durante
a sua permanência no serviço ativo da Marinha do Brasil, o
Contratorpedeiro MARIZ E BARROS navegou 237. 672,66 milhas
náuticas, com um total de 832,5 dias de mar. Neste período,
realizou inúmeras comissões de relevância não só escoteiro como
juntamente com os demais navios da Esquadra, destacando-se as
realizadas durante a Segunda Guerra Mundial, ocasião em que
participou efetivamente, de operações de guerra, tendo escoltado 8
comboios, incluindo o transporte da Força Expedicionária Brasileira
à Campanha da Itália. Além disso, efetuou 3 patrulhas oceânicas,
guarneceu e estações de salvamento e orientação de aeronaves no
Atlântico, participou do salvamento de 85 náufragos do NA VITAL
DE OLIVEIRA e Cruzador BAHIA. Em operações de guerra
navegou 66 853 milhas náuticas e fez 186 dias de mar.
Histórico
de Operaçãos do CT MARIZ E BARROS:
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08/jun/1944 - Recebeu visita do Presidente da República Getúlio Vargas, Ministros de Estado e autoridades navais para navegação de demonstração;
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15/jun/1944 - O navio foi incorporado ao Grupo Tarefa cosntituído pelos cruzadores americanos OMAHA e DE MARTS para realizar patrulhamento do Atlântico.
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08/jul/1944 - Escoltou, como capitânia, juntamente com os CTs MARCÍLIO DIAS e GREENHAlGH, o transporte americano GENERAL W. MANN, que transportou o Primeiro Destacamento das Forças Expedicionárias Brasileiras com destino à Itália. Navegou até 80 milhas de Recife quando foi rendido pelo cruzador americano OMAHA.
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05 a 09/jul/1944 - Escoltou de Recife ao Rio de Janeiro, o navio mercante PEDRO II do Lóide Brasileiro, que conduziu tropas para o Sul do país, tocando em Vitória, ES, onde deixou parte do destacamento.
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20/jul/1944 - Socorreu o Navio Auxiliar VITAL DE OLIVEIRA, torpedeado na noite anterior entre os cabos de São Tomé e Frio. Encontrou o Caça-Submarino JAVARI, que recolhera 74 homens e prosseguiu viagem em busca do Hiate GUANABARA, que havia recolhido 82 náufragos, localizando-o e fazendo o transbordo do pessoal, conduzindo-os ao Rio de Janeiro. Por estar com avaria nas bombas de circulação de óleo das turbinas, somente deu caça ao submarino atacante no dia 22 de julho, patrulhando a área até o dia 25.
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02/ago/1944 - Designado como capitânia da escolta do comboio JF-20, composto de navios mercantes brasileiros, com destino ao Porto de Santos.
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21/ago/a 06/nov/1944 - Partiu para o Arsenal de Filadélfia, USA, para instalação de novo armamento, novo aparelho de escuta e obras complementares, retornando no dia 09 de novembro;
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26/nov/1944 - Suspendeu de Recife, fazendo parte do Grupo Tarefa 41.1, juntamente com o Contratorpedeiro MARCÍLIO DIAS e o Cruzador OMAHA para escoltar o transporte americano M.C.MEIGS, que transportou para a Itália, o 3o Destacamento das Forças Expedicionárias Brasileiras, chegando no dia 04 de novembro e retornando ao Brasil no dia 07 de novembro, aportando em Recife no dia 15 do mesmo mês.
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18/dez/1944 - Suspendeu com destino a Natal, levando a bordo o Comandante da Força Naval do Nordeste para assistir a cerimônia de entrega pelas autoridades americanas dos Contratorpedeiros BENEVENTE e BAEPENDI.
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20/dez/1944 - Escoltou entre a Bahia e o Rio de Janeiro, o paquete nacional ITANAGÉ, transportando tropas.
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06/jan/1945 - Transportou para a Ilha de Trindade, destacamento do Corpo de Fuzileiros Navais.
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08/jan/1945 - Suspendeu do Porto do Rio de Janeiro, em comissão de guerra, como parte do Grupo Tarefa 41.4 constituído pelo Cruzador americano MARBLEHEAD e o Contratorpedeiro GREENHALGH, a fim de escoltar o transporte americano GENERAL MC MEIGS, que conduziu o 4o Destacamento da Força Expedicionária Brasileira com destino à Itália. Nas proximidades de Gibraltar o comboio foi apoiado por dois BLIMPS e esquadrilhas de aviões Catalina e Sunderland, em vista da possibilidade de encontro com submarinos inimigos, que nas vésperas haviam torpedeado quatro navios mercantes na área. Durante a viagem de retorno, no dia 1 de março, na posição de LAT 0o 25'N e LONG 300 15'W, o navio fez contato submarino, realizando ataque com bombas de profundidade com resultados ignorados.
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05/mar/1945 - Desatracou do Porto de Recife com destino a Ilha de Trinidad (Antilhas), de onde retornou escoltando o USAT FLÓRIDA, que transportou feridos de guerra da Força Expedicionária Brasileira até Recife.
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23/mar/1945 - Desatracou do Porto de Recife, em missão de guerra, escoltando o USAT FLÓRIDA, com destino a Port of Spain na Ilha de Trinidad (Antilhas).
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Durante o Comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Antonio Alves Câmara, este navio realizou 19 comissões durante o período de guerra do Brasil contra a Alemanha percorrendo 49.242,1 milhas, fazendo 131 dias de mar.
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22/mai/1945 - Partiu do Rio de Janeiro em direção à Recife, para fazer parte do grupo-tarefa 27.10 para servir de apoio à estação metereológica para aviões norte-americanos vindos da África para Natal, via Ilha da Ascensão, guarnecendo a estação 14 (LAT 06O 30' S e LONG 28o30"W) , em substituição ao Contratorpedeiro BENEVENTE e passando a tarefa para o Contratorpedeiro GREENHALGH no dia 25.
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08/jul/1945 - Com a finalidade de se incorporar à Unidade Tarefa 27.1.1 na busca de náufragos do Cruzador BAHIA, demandou o ponto LAT 01o 20'S e LONG 32o 22'W. Às 16.30 do dia 09 de julho foi avistada uma balsa do Cruzador BAHIA na posição LAT01o 25'S e LONG 32o 13' W, com quatro tripulantes mortos. Após a identificação, os corpos foram amortalhados e lastrados, realizando-se o sepultamento no mar às 19:45h, segundo o que determinava os artigos 6-12-17 e 6-12-22 da Ordenança Geral do Serviço da Armada. Às 23:40 do mesmo dia incorporou-se à Unidade Tarefa 27.1.1 formada pelos Contratorpedeiros MARCÍLIO DIAS e GREENHALGH, tendo como capitânia o Cruzador americano OMAHA. No dia 14 de julho à 07:00 foi encontrada outra balsa, sendo recolhida a bordo.
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03/ago/1945 - Navegou com os Caça-Submarinos GUAPORÉ, GURUPI e JAGUARÃO, até a altura da Ilha Rasa onde encontrou o Navio Mercante PEDRO I, que trouxe um contingente da Força Expedicionária Brasileira de regresso da Itália, escoltando-o até o Porto do Rio de Janeiro.
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27/out/1945 - Largou do Porto de Recife para em conjunto com a Força Naval do Nordeste, para regresso ao Rio de Janeiro.
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08/nov/1945 - Permaneceu fundeado na enseada do Flamengo para cumprir programa estabelecido para os navios da Força Naval do Nordeste que haviam regressado de Recife em virtude da terminação da guerra;
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19/nov/1945 - Partiu como capitânia do grupo tarefa 01 para cumprir programa de visitas aos portos do Sul do país com a finalidade de divulgar os novos tipos de navios da Marinha do Brasil que participaram das operações de guerra. O grupo tarefa era composto pelos Contratorpedeiros BAEPENDI e BERTIOGA e Caças-Submarino JUTAÍ e JURUENA.
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21/jan/1946 - Navegou com destino a Ilha Grande para participar das homenagens aos náufragos do Encouraçado AQUIDABAN.
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28/mai/1946 - Partiu para Buenos Aires como capitânia da flotilha composta pelos Contratorpedeiros GREENHALGH e MARCÍLIO DIAS, em viagem de representação;
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31/jul/1946 - Prestou socorro na Navio Auxiliar DUQUE DE CAXIAS, avariado, escoltando-o até ao Rio de Janeiro
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22/nov/1946 - Partiu para Santos onde foi representar a Marinha do Brasil durante a estada do Cruzador argentino LA ARGENTINA. Conduziu a bordo o Capitão-de-Fragata Silvano Harriage, Adido Naval à Embaixada Argentina no Rio de Janeiro;
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05/dez/1946 - Escoltou do Cruzador sueco GOTLAND até a Ilha Grande, juntamente com os Contratorpedeiros BERTIOGA e BAEPENDI, para que fossem efetuados exercícios de artilharia antiaérea e torpedos. No regresso ao Rio de Janeiro conduziu a bordo o Sr. Ragnar Kunlim, Ministro da Suécia e mais oficiais de marinha, exército e aeronáutica que haviam embarcado no cruzador sueco para assistirem aos exercícios.
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21/jan/1947 - Partiu para Jacuecanga, conduzindo a bordo representantes das autoridades navais, para render homenagens à vítimas da catástrofe do Encouraçado AQUIDABAN;
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31/mar/1947 - Partiu para Santos, onde foi representar a Marinha do Brasil naquele Porto durante a estadia do Cruzador SHEFFIELD da Marinha Britânica;
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26/mai/1947 - Cruzeiro de intrução com guardas-marinha;
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08/jun/1947 - Cruzeiro de instrução com guardas-marinha;
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27/ago/1947 - Escoltou de Cabo Frio ao Rio de Janeiro, juntamente com o Contratorpedeiro GREENHALGH, o Encouraçado norte-americano MISSOURI e Contratorpedeiros E.G.SMALl e DYESS que conduziram ao Brasil o Presidente dos Estados Unidos da América Harry Truman e comitiva;
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06/set/1947 - Escoltou, juntamente com os Contratorpedeiros MARCÍLIO DIAS e GREENHALGH , até Cabo Frio os mesmo navios que regressaram aos Estados Unidos;
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10/nov/1948 - Suspendeu, juntamente com os Contratorpedeiros MARCÍLIO DIAS (capitânia) com destino ao Rio Grande para fazer parte da Força Naval Norte Americana, constituída pelos USS HUNTINGTON e USS D.H. FOX. Navegaram para o Rio de Janeiro e Recife sob o comando tático do Contra-Almirante James Foskett da marinha americana;
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15 a 17/mai/1949 - Partiu do Rio de Janeiro para prestar socorro ao Navio Mercante LOURIVAL LISBOA, a matroca , na posição estimada Lat 100 08'OS, Long 380 57'W. O navio permaneceu no local até a chegada do Rebocador TRIUNFO.
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03/nov/1949 - Transladou para Salvador a urna com os restos mortais do Conselheiro Rui Barbosa, representando a Marinha do Brasil nas comemorações do centenário daquela personalidade.
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29/jan/1957 - Escoltou de Santos ao Rio de Janeiro, o Cruzador BARROSO que conduziu a bordo o Presidente da República;
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16/abr/1957 - Escoltou os submarinos RIACHUELO e HUMAITÁ, recem adquiridos, em sua chegada ao Rio de Janeiro;
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28/jan a 15/fev/1967 - Partiu para Buenos Aires como Capitânia, juntamente com o Contratorpedeiro ACRE do GT 11.4 para representar o Brasil na Revista Naval realizada em Mar del Plata, Argentina.
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22 a 24/fev/1967 - Participou, na área de Cabo Frio-São Sebastião, de adestramento com missil SEACAT e alvo teledirigido com a presença de representantes da Diretoria de Armamento , Comench e Diretoria de Aeronáutica.
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02/mar/1967 - Adestramento com míssil SEACAT e alvo teledirigido, com a presença de representantes do EMA, DEM, e Diretoria de Aeronáutica da Marinha e elementos da imprensa;
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18/set/ a 18out/1967 - Participação na Operação UNITAS VIII;
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23 a 04/set/1968 - Manobras conjuntas com navios da Armada Americana, Venezuelana e Colombiana, aportando em San Juan, Cartágena e La Guaíra;
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08 a 15/set/1968 - Manobras conjuntas com navios da Armada Portuguesa no rumo Salvador/Rio;
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19 a 29.nov/1968 - Fazendo parte do GT17.7 constituído pelos Cruzadores TAMANDARÉ, ACRE, AMAZONAS e MARIZ E BARROS, partiu para Buenos Aires em viagem de adestramento;
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01 a 06/dez/1968 - Realizou manobras conjuntas com navios da Armada Argentina;
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07/dez/1968 - Participou de missão de demonstração e relações públicas para professores e alunos das Escolas de Santos, SP;
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03 a 29/mar/1968 - Realizou manobras conjuntas com navios da Armada Americana, Operação VERITAS II e SPRINGBORD-69, na área do Caribe.
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08 a 31/out/1969 - Operação UNITAS X
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27/jun a 15/set/1970 - Operação UNITAS XI
Referência Bibliográfica: Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha
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