sábado, 8 de abril de 2017

Marinha do Brasil apresenta o andamento do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)


Por: Anderson Gabino

A Marinha do Brasil, por meio de sua Coordenadoria Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN) e do Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM), realizaram um “Media Day” no dia de ontem 07/04 com a imprensa especializada nacional e internacional que se faziam presentes a LAAD, no Complexo de Naval de Itaguaí, onde foram visitadas a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) e as obras da futura Base Naval.

O intuito do evento foi poder apresentar e aproximar a imprensa em geral, de como está o andamento do projeto, não só na forma da construção do SBR-1, mas como também das instalações físicas. A visita teve-se início, com uma apresentação do Coordenador chefe do programa, o Alte de Esq (RM/1) Gilberto Max Roffé Hirschfeld, que fez uma explanação geral, desde como o projeto fora concebido chegando até os dias atuais, onde iremos ilustrar aqui com fotos, slides e vídeos, para uma maior compreensão de todos.

A Marinha do Brasil e o PROSUB – Alte de Esq (R/M) MAX


O PROSUB tem como objetivo final o projeto e a construção de um submarino com propulsão nuclear. Foi concebido por meio da parceria estratégica estabelecida entre o Brasil e a França, a partir de 23 de dezembro de 2008, quando foram firmados os seguintes acordos de nível Político e Técnico/Comercial: “Parceria Estratégica”, firmada pelos respectivos Presidentes da República; “Acordo de Cooperação”, firmado pelos respectivos Ministros da Defesa.

Os Ajuste Técnico, foram firmados pelos respectivos Comandantes da Marinha do Brasil (MB) e da Marinha Nacional da França (MNF); e o Contrato Principal celebrado entre a MB e o Consórcio Baía de Sepetiba (CBS), formado pela DCNS (Empresa Estatal francesa de Projeto e Construção Naval), Construtora Norberto Odebrecht (CNO) e Itaguaí Construções Navais (ICN).  A ICN é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) em que o Governo Federal é representado pela MB e possui uma ação simbólica - Golden Share - com poder de veto sobre eventuais decisões.


O PROSUB tem como objetivos a capacitação em projeto e construção de submarinos convencionais e com propulsão nuclear, tendo como base a Transferência de Tecnologia (ToT) em diversas áreas, exceto na área nuclear, a utilização expressiva da indústria brasileira e o aumento da geração de emprego. Permite ao País desenvolver de forma autônoma uma série de novas tecnologias, aliado à nacionalização de sistemas e equipamentos com significativo ganho para a indústria nacional.

A participação da indústria brasileira está sendo realizada em duas formas. A primeira refere-se aos itens cuja tecnologia é existente no País, como aqueles usados na construção da infraestrutura industrial, em que a utilização expressiva de materiais, sistemas, equipamentos, máquinas e insumos nacionais é o objetivo principal. A segunda refere-se aos itens em que há necessidade de transferência de tecnologia de empresas estrangeiras para as nacionais, como a nacionalização de sistemas e equipamentos dos submarinos convencionais e do submarino com propulsão nuclear.


Este esforço depende da capacidade da indústria nacional em receber a tecnologia e fabricar os itens dentro do cronograma de construção dos submarinos. No caso da geração de emprego, as atividades de projeto e construção da infraestrutura industrial e de apoio, a construção dos submarinos convencionais (S-BR), e o projeto e a construção do submarino com propulsão nuclear (SN-BR) impõem o envolvimento de elevado número de profissionais com capacitação e qualificação específica.

A Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), subordinada direta da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), é a principal condutora do PROSUB, com a responsabilidade pela execução do contrato principal e dos contratos subordinados correspondentes, bem como a adequada gestão dos recursos alocados ao Programa. O PROSUB compreende três Empreendimentos Modulares (EM): a construção de uma infraestrutura industrial e de apoio para construção, operação e manutenção dos submarinos (EM-18); o projeto e a construção do submarino com propulsão nuclear (EM-19); e a construção de quatro submarinos convencionais (EM-20). 

1. Infraestrutura Industrial e de Apoio aos Submarinos


Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) e Estaleiros e Base Naval (EBN). A implantação da infraestrutura consiste no projeto e na construção da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), do Estaleiro de Construção (ESC), do Estaleiro de Manutenção (ESM) e da Base Naval (BN), de um Centro de Instrução e Adestramento para as tripulações dos submarinos, além de um Complexo Radiológico (CR), localizados no Município de Itaguaí - RJ.

As obras da UFEM, do Prédio Principal do ESC, do Pátio de Manobra de Submarinos e de alguns berços de atracação do cais principal e auxiliar já foram concluídas. A construção da UFEM e do EBN prevê, ao longo de seu cronograma, uma significativa geração de empregos, com 13.717 diretos e 6.469 indiretos. Os cortes orçamentários de 2015 resultaram na redução do ritmo de prontificação do ESM e da BN. Para não causar impacto no processo de construção dos S-BR, foi atribuída prioridade ao Estaleiro de Construção e ao Ship Lift (Elevador de Navios), de modo a que sua prontificação esteja adequada ao objetivo de lançamento ao mar do primeiro S-BR, o S. Riachuelo, em julho de 2018.


O ESC e o Elevador de Navios estarão operacionais em meados deste ano. Estão em construção, também, o prédio de ativação de baterias do Estaleiro de Manutenção e o prédio dos simuladores do Centro de Instrução e Adestramento. Até o momento foram realizadas cerca de 65% das obras.

2. Projeto e Construção de Quatro Submarinos Convencionais

Consiste na aquisição de pacotes de materiais e sistemas para os S-BR e tecnologia de construção. Inclui: o projeto de detalhamento da seção intermediária, com a participação de equipe brasileira; a obtenção de torpedos e despistadores para os S-BR; a nacionalização de materiais, equipamentos e sistemas; e a capacitação em tecnologia de projeto do sistema de combate, com independência e autonomia para sua manutenção corretiva, adaptativa e evolutiva.

No projeto de construção dos S-BR está inserido um Programa de Nacionalização (PN) que visa qualificar a Indústria Brasileira na produção e manutenção de equipamentos e sistemas desses submarinos. Este projeto inclui um “OFFSET” para capacitação - Transferência de Tecnologia (ToT) e Know-how (KoH) - de empresas e resultará em encomendas físicas no parque nacional. Iniciado em 2011, o PN tem como foco a independência e autonomia dos processos de fabricação pela indústria brasileira. Engloba 104 subprojetos que constituem sistemas, equipamentos ou itens que integram o pacote de material. 


A MB priorizou 64 subprojetos levando em consideração os seguintes aspectos estratégicos: conteúdo tecnológico a ser transferido à indústria nacional; barreiras tecnológicas a serem suplantadas; o tempo médio entre os serviços de manutenção de sistemas e equipamentos; e a criticidade do projeto para o S-BR. Até o momento, já foram visitadas mais de 200 empresas brasileiras para participarem do programa como fornecedoras. O processo construtivo simultâneo dos S-BR está em andamento e encontra-se nos seguintes estágios:
  • S-BR1 (S. Riachuelo)

Foram finalizadas todas as seções do casco resistente, na NUCLEP e transferidas para a UFEM, sob a responsabilidade da ICN. As etapas subsequentes consistem na fabricação das estruturas não resistentes, suportes e tubulações até a transferência das seções para o ESC, instalação responsável pelo acabamento, testes e lançamento ao mar, cuja previsão é julho de 2018. Após cerca de dois anos de testes de porto e de mar será transferido ao setor operativo da Marinha.
  • S-BR2 (S. Humaitá)


A fabricação das seções do casco resistente na NUCLEP foi finalizada, com a entrega da última à ICN, em dezembro de 2016. De forma similar ao primeiro S-BR a fabricação das estruturas não resistentes já está em curso. 
  • S-BR3 (S. Tonelero)

Sua construção teve início em janeiro de 2015, na NUCLEP. A primeira seção foi concluída em 17 de janeiro deste ano e as demais seções serão entregues até o final do ano.
  • S-BR4 (S. Angostura)

Sua construção em fevereiro de 2016, na NUCLEP, com o corte da primeira chapa que deu origem às primeiras cavernas da estrutura do casco resistente. 

3. Projeto e Construção do Submarino com Propulsão Nuclear

Inclui a capacitação em projeto e construção do SN-BR; a aquisição de pacote de material para um submarino e respectivo sistema logístico; o gerenciamento do projeto e construção no Brasil; a construção da planta de propulsão nuclear com tecnologia exclusiva do Brasil, a cargo do CTMSP; e a capacitação em tecnologia de projeto do sistema de combate. Este Projeto prevê a obtenção pela MB da independência e autonomia para o projeto, construção e manutenção do submarino; e a nacionalização de materiais, equipamentos e sistemas.


O processo de ToT relacionado à obtenção do primeiro SN-BR gera condições para um expressivo arrasto tecnológico no País. Este processo desdobrar-se-á sobre um amplo espectro de atividades que incluem desde a nacionalização de sistemas e equipamentos, de no mínimo 100 milhões de Euros, a pesquisa e desenvolvimento, em parceria com universidades, passando pelas indústrias de alta tecnologia, chegando até mesmo ao campo da medicina nuclear.

Merece destaque o fato de que o processo em tela propiciará um expressivo incentivo ao desenvolvimento da Base Industrial de Defesa (BID) que engloba os setores da eletrônica; engenharia naval; computação (softwares); mecânica de precisão e pesada; optrônica; mecatrônica; eletromecânica; metalúrgica; química e nuclear. Além de desdobramentos indiretos para a Indústria Naval Brasileira e de offshore.

As empresas nacionais atuarão fornecendo diversos componentes, incluindo itens de alta tecnologia, e prestando serviços de engenharia e gerenciamento industrial em áreas que incluem, dentre outras: sistemas eletrônicos de controle e monitoramento; sensores de temperatura, pressão, vibração, fluxo neutrônico e radiação; componentes elétricos de potência (motores e geradores elétricos); componentes mecânicos de precisão; turbinas a vapor; trocadores de calor; sistemas pneumáticos; sistemas de absorção de gases e de monitoração de atmosfera confinada; e sistemas de geração de oxigênio, a partir da eletrólise da água. Cabe apontar que grande parte desses componentes possui aplicação dual em diversos ramos da indústria, inclusive de petróleo e hospitalar.


Especificamente, quanto à planta nuclear, as empresas nacionais atuarão no desenvolvimento e produção de todos os equipamentos e sistemas destinados à propulsão nuclear. A planta nuclear é um projeto inteiramente da MB. Dentre tais equipamentos destacam se condensadores, geradores de vapor, bombas de resfriamento, pressurizadores, estruturas mecânicas do elemento combustível, elementos combustíveis de urânio e o próprio vaso do Reator Nuclear; além dos sensores de fluxo neutrônico e sistemas de controle de potência.

O SN-BR, objeto precípuo deste complexo programa de desenvolvimento, teve a fase de concepção e exequibilidade completada em meados de 2013. Na sequência, o projeto básico foi concluído em janeiro deste ano. Ao longo de 2017 é previsto um período entre fases, onde são tomadas ações de preparação para o detalhamento e construção. Há uma previsão inicial de que a seção de qualificação do SN-BR se inicie em 2018, com o lançamento do submarino previsto para 2027 e, após a realização de uma série de testes, ser transferido para o setor operativo da MB em 2029.

No entanto, temos consciência dos obstáculos tecnológicos que surgirão e terão que ser vencidos em função da situação econômica do País. O cronograma passa constantemente por criteriosa análise de forma a se adequar ao orçamento disponível e refletir as perspectivas futuras da economia e a necessidade de vencer os diversos obstáculos que estão por vir. 

4. Responsabilidade Social e Gestão Ambiental


No âmbito socioambiental, desde o momento em que houve a decisão por parte da Marinha de instalar no Município de Itaguaí um Complexo Industrial-Militar, existiu o entendimento de que esse empreendimento, pelo seu grande vulto, elevada importância estratégica, tecnológica e econômica para o Brasil, deveria contribuir, também, para o desenvolvimento da região onde está inserido. 

Ao final do projeto, quando todo o empreendimento estiver pronto, existe a expectativa de cerca de 5.000 famílias de militares e funcionários civis para compor a força de trabalho no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), que fixarão residência na região. Cabe destacar que essa contribuição para a geração de riquezas já ocorre em outros municípios onde a Marinha possui bases navais instaladas. 

Sendo assim, desde o início do PROSUB a Marinha, em parceria com as empresas envolvidas (Construtora Norberto Odebrecht e Itaguaí Construções Navais), vem empreendendo diversas ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população de Itaguaí e arredores, as quais passamos a detalhar.    

4.1. Programas de Capacitação de Mão de Obra


O Acreditar é um programa de qualificação profissional continuada, que visa a formar mão de obra tanto para o PROSUB quanto para outros empreendimentos locais. No programa foram qualificadas 774 pessoas, das quais, 302 foram integradas ao quadro funcional das empresas envolvidas. Por meio do Programa Jovem Aprendiz, foram ou estão sendo formados, até agora, 659 jovens da região, em cursos de auxiliar de logística, assistente administrativo, mecânico, eletricista, construtor de edificações, operador de computadores e auxiliar de logística, tendo sido contratados 127 aprendizes até o momento.

Dentro do Projeto Cisne Branco, foram conduzidos os programas “Caia na Rede” e “Inglês num Clic”, com cursos de informática e inglês, tendo sido formadas 407 pessoas no módulo básico de Excel e Word e 101 pessoas nos módulos básico e intermediário de inglês. Foi promovido, ainda, um curso de Moço de Convés, para pescadores artesanais da Ilha da Madeira. Concluíram o curso 30 pescadores, que passaram a ser aquaviários, com novas oportunidades de emprego.

4.2. Emprego da mão de obra local

Uma das principais contribuições do PROSUB para a economia do Brasil e da Região é a geração de emprego de alta qualificação, tanto para a construção dos submarinos quanto para a construção do EBN-UFEM. No que se refere especificamente às obras de construção destes últimos, ao longo do seu cronograma, está prevista a geração de 13.717 empregos diretos e 6.469 empregos indiretos. Tendo como compromisso o aproveitamento e o desenvolvimento da mão de obra local, o empreendimento PROSUB-EBN firmou parceria com o Centro de Oportunidades de Itaguaí - RJ, a fim de promover a divulgação e captação de profissionais da Região para emprego na obra.

4.3. Obtenções em Itaguaí


Na medida do possível, respeitando-se a legislação que versa sobre a contratação na Administração Pública Federal, tem-se buscado privilegiar as aquisições de materiais e serviços em empresas sediadas no entorno do Município de Itaguaí.

4.4. Tributos recolhidos à Prefeitura Municipal de Itaguaí

Um dos maiores benefícios trazido pelo PROSUB para a economia do Município de Itaguaí é o aumento da arrecadação proveniente do recolhimento de impostos. Até 2016 foram recolhidos R$ 316 milhões. 

4.5. Programa de Agricultura Familiar

O Programa de Apoio à Produção e Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar é uma iniciativa que visa, a partir de ações de estruturação do sistema de produção de alimentos, contribuir para a permanência das famílias nas suas propriedades e oferecer aos agricultores uma possibilidade de fonte de renda baseada no cultivo sustentável, a partir do apoio à organização da agricultura familiar.

No âmbito desse programa, é realizada a compra direta dos produtores, sem a participação do atravessador, com mais de 35 tipos de produtos cultivados e cerca de 115 toneladas de alimentos adquiridos. Até o momento, foram atendidos 43 produtores e houve um aumento de cerca de 90% na emissão de Declaração de Aptidão ao PRONAF - DAP, documento que dá acesso às políticas públicas para o setor agrícola. A renda média mensal alcançada pelos agricultores do programa gira em torno de três salários mínimos.


Dentro das ações promovidas pelo Programa, foram inseridas cinco famílias no Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE) de 2014 para fornecimento à Secretaria de Educação do Município de Itaguaí. Essa medida representou uma receita de cerca de R$ 20 mil para cada família. Já no PNAE 2015 esse número saltou para 15 famílias, com uma expectativa de renda de R$ 300 mil para todo o grupo. Número mantido em 2016.

4.6. Ações de Fortalecimento da Pesca Artesanal

No âmbito do PROSUB, foi realizado o pagamento de 15 salários mínimos a 46 pescadores artesanais, que tiveram a rota de navegação de seus caíques prolongada durante o período de dragagem na área do empreendimento.  Tem sido prestado, também, apoio para estruturação e desenvolvimento do fornecimento de pescado, por meio da Associação dos Pescadores da Ilha da Madeira (APESCA).

4.7. Programas Ambientais 

No âmbito do PROSUB a preocupação com o meio ambiente é constante. São conduzidos diversos monitoramentos ambientais, tais como: Qualidade do Ar e da Água; Biota Aquática, Fauna, Ruídos e Correntes Marítimas. Foi realizada, também, dragagem para retirada de 298.165 m3 de material contaminado do fundo do mar (cádmio, chumbo, cobre, níquel e zinco), deixados pela antiga Indústria Ingá.

4.8. Doações à Prefeitura Municipal de Itaguaí


Foram doados, em 2015, à Secretaria Municipal de Saúde de Itaguaí, dentro das medidas mitigadoras estabelecidas pelo IBAMA, os seguintes equipamentos: uma ambulância básica; dois divãs clínicos; uma cama hospitalar elétrica; uma bomba de infusão; um desfibrilador; e duas cadeiras de transporte de obeso. Estão previstos, ainda, a doação de mais duas ambulâncias, sendo uma com CTI; e um mamógrafo digital. Está prevista, também como medida mitigadora, a doação de uma viatura “Van Literária” (Biblioteca Volante) e a reforma da Casa de Cultura, ouvida a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Itaguaí. 

4.9. Obras de infraestrutura no entorno do empreendimento

Como decorrência das obras construção do PROSUB-EBN, estão sendo realizadas algumas obras de infraestrutura na região, que irão beneficiar a população local:

Via litorânea - via moderna para acesso aos moradores da Ilha da Madeira, a qual contará com uma ciclovia; e Elevatória e adutora da CEDAE - que irão melhorar o fornecimento de água para a Ilha da Madeira.

4.10. Ocupação hoteleira

As obras do empreendimento proporcionaram o incremento da ocupação dos hotéis na região de Itaguaí e Mangaratiba, em função da instalação de funcionários da obra e de fornecedores diversos. 

4.11. Projeto de Comunicação Social


Como forma de contribuir para a saúde, o bem-estar e a formação cidadã da população de Itaguaí, várias ações têm sido desenvolvidas por profissionais de diversas áreas, tanto da Marinha como das empresas envolvidas no PROSUB, abrangendo palestras educativas, apoio a ações comunitárias, e eventos de assistência social, médica e dentária. Ademais, foi instalado um Centro de Atendimento ao Público, com o objetivo de estabelecer um canal de comunicação com a população local, a fim de coletar sugestões, registrar reclamações e prestar informações aos moradores com o intuito de orientar ações preventivas e corretivas. Até janeiro de 2017 foram realizados cerca de 7.500 atendimentos.

5. Considerações adicionais

A construção e a operação de um submarino com propulsão nuclear, desenvolvido com tecnologia altamente sensível, são dominadas por poucos países. Atualmente, apenas China, Estados Unidos da América, França, Reino Unido, Rússia e Índia detêm esse domínio tecnológico. Com o PROSUB, o Brasil passará a integrar esse seleto grupo, fruto do salto tecnológico a ser vivido pelo País.


Esse progresso será decorrente de um grande processo de transferência de tecnologia, do fortalecimento da indústria nacional e da melhoria da qualificação técnica de profissionais brasileiros. Por fim, o PROSUB permitirá ao Brasil ter a capacidade de desenvolver e construir seus próprios submarinos, de forma independente. 




  
Nota do Editor: Gostaria de agradecer imensamente ao Alte de Esq Max e ao CMG Lindgren, pela recepção calorosa a mim e aos colegas da imprensa que estiveram juntos no dia de ontem no Complexo Naval de Itaguaí, e pela explanação simples e objetiva sobre o andamento do PROSUB. Ao Centro de comunicação da Marinha, na pessoa do CA Rocha pelo convite que foi feito para estarmos presente ao evento, e aos CF Fábio Candido e CC Henrique Afonso, pelo apoio prestado para a realização desta matéria.

Nenhum comentário: