O
Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) é a
organização militar, responsável por coordenar a área
operativa do Corpo de Fuzileiros Navais. Conhecida como "A Força
que vem do mar", teve origem em 1957 pelo decreto 40.862 de 06
de fevereiro, onde sua criação fora inspirada no sucesso dos
desembarques anfíbios realizados durante a Segunda Guerra Mundial. A
FFE tem como missão; preparar os Grupamentos Operativos de
Fuzileiros Navais para área Anfíbias, Operações Ribeirinhas e
Operações Terrestres de caráter navais.
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Imagem cedida pela Força de Fuzileiros da Esquadra |
De
acordo com a Estratégia Nacional de Defesa (END), os Fuzileiros
Navais devem estar "em permanente condição de pronto emprego". Para isso, as tropas da FFE seguem um rigoroso Ciclo
de Adestramento anual que permitem sua prontidão para
atuarem em diversos conflitos, desde os armados até em
operações de caráter humanitário e de paz, como os
realizados no Haiti. O Corpo de
Fuzileiros Navais é descrito pela END como "a força de
caráter expedicionário por excelência", assim sendo
este caráter expedicionário permite o emprego da força
para cumprir uma missão por tempo limitado e em
área operacional distante de suas bases
terrestres. Portanto, as atividades operativas da FFE
buscam atender sua vocação anfíbia, sua
prontidão operativa e o seu caráter expedicionário.
A
Operação Dragão
O
ano de 2016 marcou, após 15 anos a retomada da Operação Dragão, a qual é uma
operação de caráter eminentemente de guerra naval. Bastante
complexa, ela é uma operação lançada do mar sobre uma
região litorânea hostil ou potencialmente hostil,
que assegura à Marinha sua capacidade de projeção
do poder sobre terra. Baseado
nesta voga, a Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) e o Comando em
Chefe da Esquadra realizaram entre os dias 30/11 e 09/12 a XXXVIII -
Operação Dragão.
O inicio da operação ocorre no mar, com o
deslocamento de uma Força-Tarefa. Comandada pelo
Contra-Almirante Paulo César Colmenero Lopes, Comandante da 1ª
Divisão da Esquadra (ComDiv-1), e sendo composta pelos seguintes
meios: Navio Doca Multipropósito "Bahia" (G40), Navio de
Desembarque de Carros de Combate "Almirante Saboia" (G25),
Fragata “Liberal” (F43), Fragata “União” (F45), Fragata
"Greenhalgh" (F46), Rebocador de Alto Mar "Almirante
Guillobel" (R25), os Navios Patrulha "Macaé" (P70) e
"Gurupá" (P46), os Navios Varredores "Atalaia"
(M17) e "Albardão" (M20), as Embarcações de Desembarque
“Camboriú” (L12), “Marambaia” (L20), e as Embarcações de
Desembarque de Viaturas “Cagarras” (807) e “Cataguazes”
(808), além das aeronaves AF-1 Skyhawk, SH-16 Seahawk, UH-15 Super
Cougar e UH-12 Esquilo.
Um
dia antes do “Dia D" (desembarque de meios e pessoal)
em Itaóca, a FT realizou um ensaio para o desembarque na região de
Cabo Frio, como preparação dos meios anfíbios. Ainda no
deslocamento até o Espírito Santo, vários exercícios a bordo
foram realizados pela tripulações, tais como de simulação de
ataque de superfície (onde uma embarcação suspeita adentra na
cobertura radar da FT e a mesma não responde aos chamados dos
navios), ameaça aérea, evacuação aeromédica (EVAM) e postos de
combate. Após os aprontamentos e adestramentos da tripulação, é chegada a hora de por em prática o planejado. O exercício contou
com a participação de cerca de 2200 militares. Na madrugada do dia
05 para o dia 06 os navios da Força Tarefa fundearam a mais ou menos 10 milhas (+/- 16 Km) da costa, e ao amanhecer do dia 6, na “Hora H” (5h48), ocorreu a abicagem na Praia de Itaóca (ES) da primeira
vaga de assalto, a qual foi composta por Carros Lagartas Anfíbios
(Clanf). Na sequencia começou o movimento navio para terra (MN1),
quando os navios começaram a lançar ao mar as Embarcações de
Desembarque de Viaturas e Materiais (EDVM) e as Embarcações de
Desembarque de Carga Geral (EDCG), em apoio as primeiras levas que já
se encontravam em terra.
O
exercício simula a tomada de uma parte do território inimigo por
meio de um Assalto Anfíbio. Após o desembarque as tropas e os meios
enviados, seguiram em direção ao interior para a conquista dos
demais objetivos do exercício. A Operação Dragão é importante
para a Marinha do Brasil e principalmente para o Corpo de Fuzileiros
Navais por incluir todas as fases de uma Operação Anfíbia, que
são: planejamento, embarque, ensaio, travessia e o assalto. As
Operações Anfíbios são consideradas a razão se ser dos
Fuzileiros Navais, e simbolizam o ápice do seu adestramento
operativo. O Comandante da Marinha, o
Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, foi recebido na Base de Apoio
Administrativa do Corpo de Fuzileiros Navais, em Itaóca (ES) pelo Comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra, o
Vice-Almirante (FN) César Lopes Loureiro que o aguardava para uma visita de inspeção
pela base e aos pontos mais ao interior, onde puderam observar o
avanço das tropas no terreno.
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