sábado, 26 de agosto de 2017

O Longo "braço" estratégico dos EUA fora do seu território


Por: Redação OD
Kim Jong-un, ameaça desferir um ataque com mísseis balísticos contra instalações militares dos EUA, caso o Pentágono continue ampliando sua presença militar na Coreia do Sul. Sendo assim, especula-se muito sobre se, o líder norte-coreano irá de fato se atrever à atacar uma base ou um aliado norte-americano e qual será a resposta americana, caso tais ameaças tornem-se reais. Notícias vindas de Pyongyang, afirmam que os preparativos para um ataque de mísseis contra as bases americanas, estão terminados e acertados, tal afirmativa fora feita no início da semana por, Zin Jeong Hep, representante interino para assuntos de Negócios Internacionais. 

O alvo escolhido para um ataque potencial é a ilha de Guam, onde abriga-se uma das mais potentes e equipadas bases dos Estados Unidos fora do território americano e, caso - em uma situação hipotética – ela seja destruída, o equilíbrio de forças na região pode se modificar drasticamente. Porém, existe uma longa lista de instalações militares americanas com grande importância estratégica, onde  iremos exemplificar algumas:
Guam

São duas importantes instalações militares na Ilha de Guam: a Base Aérea de Andersen e a Base Naval de Apra Harbour. As duas têm uma localização estratégica, sendo assim pode-se dizer que são seus principais "músculos" no Pacífico. A primeira, está em poder dos EUA desde o final da década de 70 e concentra os bombardeiros de longo alcance, capazes de carregar armas nucleares. 
A base abrigar aviões de vários modelos, desde os bombardeiros estratégicos B-52, B-1 Lancer e indo até os B-2 Spirit, assim como caças, aviões de alerta antecipado, entre outros tipos. A partir da Base Aérea de Andersen a USAF pode realizar ataques de mísseis e bombardeios contra os alvos localizados na costa do Pacífico. Hoje, o principal alvo potencial dos "estrategistas" é a Coreia do Norte. Contudo, estas bases podem representar uma ameaça potencial para outras nações na região, como a Russia e a China.

Já a Base Naval de Apra Harbour, situada na parte oeste da ilha, é a segunda maior, perde somente para Pearl Harbour, sendo uma das duas maiores instalações da US Navy no Oceano Pacífico. Possui uma doca flutuante para reparar grandes embarcações de superfície, inclusive os navios de assalto multifuncionais da classe Tarawa. Além disso, está previsto o envio futuro de cerca de 20 mil fuzileiros navais de Okinawa. Não há dados exatos sobre os navios estacionados em Apra, mas segundo a mídia, é sabido que em 2016 o submarino estratégico nuclear Pennsylvania aportou em Guam. Ademais, a base conta com cerca de quatro submarinos multifuncionais da classe Los Angeles, que patrulham regularmente o Pacífico.
Base Aérea de Ramstein

Na Alemanha é a sede da USAFE (Força Aérea dos EUA na Europa) e a maior instalação militar americana na União Europeia, sendo também o Centro do Comando da Defesa Antiaérea dos países da OTAN. Cerca de 40 mil homens (35 mil militares e cinco mil especialistas civis) trabalham aqui. A Base Aérea de Ramstein é o principal ponto de passagem para o transporte de cargas e de efetivos dos EUA na Europa. 16 esquadrilhas de aviões de transporte militar do 86º grupo aéreo, são sediadas na base. E daqui que tropas e materiais utilizados, ultimamente nas manobras militares no Leste da Europa e nos países Bálticos, em conjunto com seus aliados da OTAN, tem sido despachados.

Base Aérea de Al Udeid

Desde 2001, Al Udeid, localizada ao sul de Doha, capital do Qatar, tem sido a principal base americana no Oriente Médio. Aqui encontra-se o posto avançado do Comando Central das Forças Armadas dos EUA (CENTCOM), bem como o Estado-Maior de toda a aviação de combate junto ao CENTCOM. Nos idos dos anos 2000 foram mobilizados nesta base, 300 CC’s Abrams, 400 veículos de combate de infantaria Bradley, vários sistemas de mísseis Patriot, para a Operação Tempestade do Deserto II.


Suas pistas de pouso, com um comprimento de mais de 4 Km, podem receber todo o tipo de aeronave, desde transportes pesados até os caças. A base teve um papel crucial durante as campanhas no Iraque e no Afeganistão. De momento há cerca de 10 mil militares efetivos americanos, e ela é a mais importante das 35 instalações dos EUA na região, pois através dela que estão sendo coordenadas as operações da coalizão antiterrorista liderada pelos EUA na Síria e no Iraque.

Bases no Japão

No total, no território japonês existem mais de 90 instalações militares dos EUA, que integram o comando regional United States Forces Japan (USFJ), com sede na base aérea de Yokota, a leste de Tóquio, onde mais de 14 mil militares e especialistas civis trabalham. A base serve como ponto de passagem importante para os contingentes americanos que vêm para fazer serviço no Japão em regime rotativo. Além disso devem ser mencionadas as 11 infraestruturas do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA na ilha de Okinawa. 


Essas instalações compreendem campos, complexos de treinamento, aeródromos, centros de logística, arsenais, entre outros. No aeródromo de Kadena, está destacado o 18º grupo aéreo – um dos maiores da Força Aérea dos EUA. Ademais, merece especial destaque a base aérea de Misawa, ao norte de Tóquio. Esse é um dos poucos aeródromos situados fora do território dos EUA para onde os americanos enviaram os caças de 5ª geração F-22 Raptor. Levando em conta o número e a composição das bases militares americanas no Japão, se pode deduzir que o Pentágono considera esse país como o cabeça-de-ponte para fazer frente à China, Russia e Coreia do Norte.

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