Por: redação OD
Com a designação do 17º Batalhão de Fronteira (17º B Fron) como organização militar de emprego peculiar, de acordo com a Portaria Ministerial nº 423, de 16 de junho de 1997, houve a necessidade de especializar militares a operar em ambiente com a característica do Pantanal sul mato-grossense. Em 1998, a organização militar, com toda a sua infraestrutura, foi considerada base de instrução e apoio aos Estágios de Operações no Pantanal (EOPan). Desse modo, seu armamento, equipamento, viaturas, embarcações, pessoal e instalações foram disponibilizadas para essas finalidades. Como
o Núcleo de Operações no Pantanal ainda não estava concluído, as
instalações do sistema de embarcação da organização militar
foram adaptadas para alojamento, reserva de material, sala de
instrução e administração, tudo voltado exclusivamente para os
estagiários.
A
partir de 1999, o Núcleo passou a se denominar “Seção de
Instrução de Operações no Pantanal” (SIOP), que, em 2011, com a
Portaria nº 187-EME, passou a ser chamada de Centro de Instrução
de Operações no Pantanal, funcionando como parte da estrutura
organizacional do 17º B Fron. O
CIOpPan tem por incumbência adestrar oficiais e sargentos do Comando
Militar do Oeste a operar no complexo ambiente do Pantanal, aplicando
as técnicas de sobrevivência e técnicas especiais, executando
operações contra forças regulares e irregulares, de forma a
aprimorar o conhecimento da doutrina de emprego da tropa em ambiente
pantaneiro. Dentre
os objetivos, destaca-se o de especializar militares na execução de
operações com eficácia no Pantanal, a fim de contribuir no
desempenho dos cargos referentes à respectiva função, de forma a
difundir os conhecimentos adquiridos. O CIOpPan tem como finalidade
capacitar militares a:
- sobreviver no Pantanal mantendo a higidez;
- dominar técnicas natatórias de emprego militar no meio aquático do Pantanal;
- conhecer e aplicar as técnicas de orientação e navegação no Pantanal;
- conhecer e empregar o material e o equipamento utilizados nas operações no Pantanal;
- planejar e comandar ações de patrulha em nível Pelotão e Grupo de Combate;
- reagir de pronta-resposta, seja pelo fogo ou corpo a corpo, diante de ações fortuitas e aproximadas do inimigo;
- resistir a esforços físicos, orgânicos e psicológicos de forma intensa e prolongada;
- executar operações no contexto de defesa externa na região do Pantanal;
- executar operações específicas na região do Pantanal, no contexto de intensificação da presença da Força na faixa de fronteira;
- avaliar, prioritariamente, atributos da área afetiva como coragem, decisão, iniciativa e liderança.
O
Estágio de Operação no Pantanal é divido em três fases
distintas. A primeira, denominada “Vida no Pantanal”, tem as
instruções voltadas para a sobrevivência em ambiente pantaneiro; a
segunda, de “Técnicas Especiais”, em que são ministradas
instruções de comunicações, orientação e técnicas fluviais e
aeromóveis; e, por fim, a terceira destina-se às Operações em
Ambiente Pantaneiro, na qual os estagiários são avaliados no
planejamento e execução da infiltração, bem como no cumprimento
da missão e retraimento à base de operações. Essas fases têm a
duração de quatro semanas, divididas em 572 horas de instrução. O
adestramento da Força Terrestre é um dos componentes do poder
combativo da tropa, sendo este uma resultante da união de diversos
fatores, dentro dos quais destacam-se o homem com seus valores morais
e sua capacitação técnico-profissional, além do material com suas
possibilidades e limitações.
Fonte: 17º Batalhão de Fronteira (17º B Fron), Via Agência Verde-Oliva
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