Por: Redação OD
No auge da Segunda Guerra Mundial e sob o Comando do Brigadeiro do Ar Nero Moura, aviadores brasileiros cumpriam missões de combate a bordo dos caças P-47 Thunderbolt contra alvos do Eixo no Norte da Itália. O esforço e a audácia dos militares do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), o Esquadrão Jambock, transformariam o dia 22 de abril de 1945 em uma data histórica para a FAB. Naquele dia, um grupo de apenas 22 pilotos realizou 44 voos lançando bombas em pontos estratégicos e metralhando alvos inimigos. O mês de abril marcaria ainda um recorde na campanha italiana: foram 135 missões de ataque realizadas em 30 dias.
“Eu
sempre gostei disso. Quando era criança, tinha coleção de
aviõezinhos e simulador de avião de caça no computador. Sempre
gostei desse desafio que as máquinas nos impõem. E o desafio na
aviação de caça é buscar a perfeição, é tentar melhorar,
aprendendo todos os dias e compartilhando conhecimento. O meu desafio
na profissão é sempre tentar fazer as coisas do jeito mais correto
possível e eu me orgulho muito disso, saber que sempre procuro
aprender um pouco mais, melhorar minhas técnicas de pilotagem, a
tomada de decisão, e acredito que seja esse o caminho.” Piloto
do Esquadrão Escorpião (1º/3º GAV)
“Decidi
ir para a aviação de caça porque tinha esse sonho desde criança e
também por ser algo muito desafiador. A gente vive, voa para manter
a paz, mas, se for necessário, podemos enfrentar a guerra e o piloto
de caça precisa estar preparado para atingir o objetivo, cumprir a
missão designada e voltar para casa. Eu sinto muito orgulho de
pertencer à aviação de caça, já que o piloto dá o melhor de si,
o que não quer dizer que seja melhor que os outros, mas isso eu levo
para a minha vida, independente de estar ou não na aviação.”
Capitão Nilson Rafael
Oliveira Gasparelo, piloto da Esquadrilha da Fumaça
O
FUTURO DA CAÇA
Para relembrar os feitos do combate na Itália, no dia 22 de abril, a FAB comemora o Dia da Aviação de Caça. Os ensinamentos deixados pelos pioneiros do Esquadrão Jambock ainda inspiram gerações de pilotos e impulsionam a Força Aérea Brasileira a se manter operacionalmente moderna. A FAB passa por um processo de reaparelhamento e modernização de aeronaves. Em outubro de 2014, a Instituição assinou um contrato com a empresa sueca SAAB para o desenvolvimento e aquisição de 36 aeronaves de caça do modelo F-39 Gripen NG. O primeiro voo do novo caça brasileiro, ainda como versão protótipo, aconteceu em junho de 2017, dando início à fase de ensaios, testes e certificações - etapas primordiais para o desenvolvimento e a consolidação do projeto.
A
primeira aeronave já está em linha de montagem e deve chegar aos
hangares da FAB em 2021. Até lá, pilotos e mantenedores serão
capacitados para a operação e a manutenção dos caças. “O
Gripen NG, por tratar-se de uma aeronave com conceitos e sistemas de
última geração, vai elevar o Brasil ao seleto grupo de operadores
de aeronaves de alta capacidade tecnológica. A aeronave, em
substituição aos atuais vetores, representa uma revolução na
nossa capacidade de combate centrada em rede, equiparando-a às das
Forças Aéreas de países de primeiro mundo”, afirma o Gerente do
Projeto F-X2, da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de
Combate (COPAC), Coronel Júlio César Cardoso Tavares.
Fonte: CECOMSAER
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