Com
a missão de formar pilotos e mecânicos da Aviação de Asas
Rotativas para a Força Aérea Brasileira (FAB), o Esquadrão Gavião
(1º/11º GAV), sediado na Ala 10, em Natal (RN), celebrou 50 anos de
operação. Criado em 8 de setembro de 1967, no Destacamento da Base
Aérea de Santos (DBAST), como Centro de Instrução e Emprego de
Helicópteros (CIEH), foi incumbido de ministrar instrução aérea e
formar pilotos operacionais de helicóptero da FAB.
A
Unidade evoluiu para Centro de Instrução de Helicópteros (CIH), em
20 de janeiro de 1970, quando passou a ministrar somente instrução
de voo em aeronaves de Asas Rotativas, até que o CIH foi
transformado, juntamente com o DBAST, em Ala-435, em 30 de abril de
1973, mantendo suas atribuições. Já o Decreto nº 83.538, de 4 de
junho de 1979, criou o 1º/11º GAV Grupo de Aviação, unidade aérea
sediada na Base Aérea de Santos (criada em substituição a
Ala-435). Desde então, o 1º/11º GAV é referência na formação
de pilotos de helicópteros.
Ao
falar sobre a missão, o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel
Alexandre de Carvalho Ribeiro, afirma que os conhecimentos
transmitidos aos pilotos permitem que os esquadrões aéreos recebam
recursos humanos com grande potencial para serem empregados. Recursos
que podem ser usados nas diversas ações demandadas pela sociedade
brasileira, como exemplo: nas interceptações de aeronaves de baixa
performance; nas medidas de controle de solo; no apoio às vítimas
das diversas enchentes; e no serviço de busca e salvamento.
“Combatentes
da máquina mais versátil do campo de batalha, nossos valorosos
estagiários, ao final do curso, são capazes de decolar de prédios,
pousar em áreas restritas, navegar a baixa altura, em ponto avançado
de armamento e reabastecimento, ingressar em navegação entre
obstáculos, combater com foguetes e metralhadoras calibre .50 e
juntar-se a uma escolta com quatro helicópteros voando em formação
tática para realizar um resgate em terreno inimigo”, explica o
Tenente-Coronel Alexandre.
Em
1979, o 1º/11º GAV contava com uma frota de 40 aeronaves do tipo
Bell OH-13H, destinadas à instrução primária. No decorrer da
história, operavam nos precursores da Unidade os helicópteros Bell
H-13H, Sikorsky SH-19D, Bell OH-4 Jet Ranger e Bell UH-1D Huey. A
partir de 1981, foram utilizados os Bell UH-1H para instrução
avançada, que operaram até 1986, quando foram recebidas as
aeronaves Helibras H-50 Esquilo, que compõem a atual frota do
Gavião.
Para
o Comandante, a história de sucesso do Esquadrão é fruto da
dedicação, profissionalismo e coragem de todas as gerações de
oficiais e praças que deixaram um legado. “Voltado para excelência
e segurança em todas as ações, o time do 1º/11º GAV aproveita os
ensinamentos do passado para aperfeiçoar-se no presente com o olhar
sempre voltado para o futuro, na visão de capacitar, com atividades
e habilidades operacionais, os aspirantes aviadores. Vida longa ao
curso de especialização operacional em Asas Rotativas!”,
ressalta.
A
Esquadrilha Gavião
Com o objetivo de divulgar a
versatilidade das aeronaves e as habilidades dos pilotos, em 1983, o
1º/11º GAV criou uma Esquadrilha de Demonstrações Aéreas com
helicópteros, denominada Esquadrilha Gavião, que era composta por
cinco Bell H-13H.“As demonstrações eram algo impressionante, pois
a versatilidade do helicóptero era explorada em seu limite, o que
encantava a todos que assistiam”, afirma o Coronel da Reserva
Aparecido Camazano Alamino. A
Esquadrilha Gavião realizou inúmeras demonstrações, no entanto,
operou somente em 1983, encerrando uma fase áurea da atuação do
Bell H-13H na FAB.
Operações
Apesar de
atuar como uma unidade de instrução, o Esquadrão Gavião também
já foi acionado para missões de Busca e Salvamento. “A história
que mais marcou, na minha opinião, foi o incêndio do Edifício
Joelma, em 1974, na cidade de São Paulo. Naquela tragédia de
enormes proporções, os helicópteros da FAB foram decisivos para
que muitas vidas fossem salvas”, especifica o Chefe da Subseção
de Facilidades do 1º/11º GAV, Capitão Aviador Thiago de Barros
Ferraz. “Até hoje, os instrutores do Esquadrão, além de
ministrar instrução aérea aos aspirantes, concorrem a uma
escala de Alerta SAR, para atender a qualquer ocorrência que envolva
outras aeronaves”, complementa.
Outras
missões ficaram marcadas na história do Esquadrão, como as
Operações Pernambuco, em 2010; e a Serrana, no Rio de Janeiro, em
2011. “Foram engajadas aeronaves H-50, que realizaram missões de
levantamento das áreas afetadas, resgate de vítimas ilhadas, envio
de mantimentos e materiais de doação aos locais onde o acesso
terrestre foi destruído, bem como vacinação na população
afetada”, relata o Chefe da Subseção de Apoio da Ala 10, Capitão
Aviador Ivan Fontes de Carvalho Júnior, que participou das duas
missões.
FONTE: CECOMSAER
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